domingo, 30 de novembro de 2014

Portugal – Congresso PS: SOCRÁTICOS EM PESO NO SECRETARIADO



Carla Soares e Nuno Melo Ropio – Jornal de Notícias

O secretariado Nacional que, tal como a Comissão Nacional e a Comissão Política, será eleito ainda este domingo, fruto de uma norma transitória, reflete uma total mudança de protagonistas. Ninguém se manteve. Porém, em simultâneo, a lista de 15 nomes dos dirigentes mais próximos de Costa fica marcada pela recuperação de socialistas que ocuparam cargos de governação com Sócrates. Sem receios ou pruridos devido à prisão do antigo primeiro-ministro.

O novo Secretariado, a que o JN teve acesso, integra Bernardo Trindade, antigo secretário de Estado do Turismo no Executivo socrático, e Fernando Rocha Andrade, que foi subsecretário de Estado de António Costa na Administração Interna. Luís Patrão, ex-chefe de gabinete de Sócrates e de António Guterres, é outra aposta do novo líder.

De resto, figuram na nova equipa os ex-secretários de Estado Fernando Medina e Manuel Pizarro e outros apoiantes de Costa da primeira linha, como João Galamba e Sérgio Sousa Pinto.

Jorge Gomes (que foi governador civil de Bragança), Maria do Céu Albuquerque, presidente da Câmara de Abrantes, o constitucionalista Pedro Bacelar e a sindicalista Wanda Guimarães também assumirão o lugar de secretário nacional, numa lista que fica completa com Graça Fonseca, Isilda Gomes, Maria da Luz Rosinha e Porfírio Silva.

A Comissão Política e o Secretariado vão ser eleitos antes da sessão de encerramento para encurtar o calendário interno. Ao contrário do Secretariado, que é um órgão da responsabilidade pessoal do líder, a Comissão Nacional, que será eleita ao início da manhã, assegura o peso eleitoral dos seguristas, fruto do acordo feito com o dirigente Álvaro Beleza, que lhes dá 30%. Entretanto, fica a promessa de Costa de criar um secretário-geral-adjunto para que o PS continue "ativo" se for eleito primeiro-ministro.

"É fundamental que a vida de um partido prossiga para além da ação governativa", defendeu Costa, para justificar a criação do cargo.

Foto: Mário Cruz / Lusa

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