Pequim,
11 nov (Lusa) - O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, apelou à continuação
de esforços comuns do Japão e da China para tentar ultrapassar a hostilidade
dos últimos dois anos, defendendo que os dois países "precisam um do
outro".
Japão
e China "precisam um do outro" e "são ambos responsáveis pela
paz e prosperidade na região e no mundo", disse Abe aos jornalistas no
final da 22.ª Cimeira anual da APEC (Cooperação Económica Ásia-Pacífico), em
Pequim.
Durante
a cimeira, que reuniu líderes de 21 países e regiões do anel do Pacífico, Abe
encontrou-se com o presidente chinês, Xi Jinping, na primeira reunião do género
em mais de dois anos.
Pelas
imagens difundidas na televisão chinesa, o aperto de mão entre os dois foi frio
e o presidente chinês mostrou-se sempre de semblante carregado.
"Muitos
países do mundo esperam assistir a uma melhoria das relações entre o Japão e a
China", afirmou Abe.
China
e Japão divergem acerca da soberania das ilhas Diaoyu (Senkaku, em japonês), um
minúsculo e desabitado arquipélago do Mar da China Oriental, potencialmente
rico em recursos naturais.
A
decisão do governo japonês de nacionalizar aquelas ilhas, no verão de 2012,
suscitou exaltadas manifestações de protesto em dezenas de cidades chinesas, e
reavivou a memória da ocupação japonesa (1937-45), que segundo a China, causou
cerca de 35 milhões de mortos.
Mas
China e Japão são também as duas maiores economias do mundo, a seguir aos
Estados Unidos, e mantêm estreitas relações comerciais.
"Estamos
inevitavelmente ligados um ao outro", disse Shinzo Abe.
AC
// APN
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