quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Primeiro-ministro japonês defende que Japão e China "precisam um do outro"




Pequim, 11 nov (Lusa) - O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, apelou à continuação de esforços comuns do Japão e da China para tentar ultrapassar a hostilidade dos últimos dois anos, defendendo que os dois países "precisam um do outro".

Japão e China "precisam um do outro" e "são ambos responsáveis pela paz e prosperidade na região e no mundo", disse Abe aos jornalistas no final da 22.ª Cimeira anual da APEC (Cooperação Económica Ásia-Pacífico), em Pequim.

Durante a cimeira, que reuniu líderes de 21 países e regiões do anel do Pacífico, Abe encontrou-se com o presidente chinês, Xi Jinping, na primeira reunião do género em mais de dois anos.

Pelas imagens difundidas na televisão chinesa, o aperto de mão entre os dois foi frio e o presidente chinês mostrou-se sempre de semblante carregado.

"Muitos países do mundo esperam assistir a uma melhoria das relações entre o Japão e a China", afirmou Abe.

China e Japão divergem acerca da soberania das ilhas Diaoyu (Senkaku, em japonês), um minúsculo e desabitado arquipélago do Mar da China Oriental, potencialmente rico em recursos naturais.

A decisão do governo japonês de nacionalizar aquelas ilhas, no verão de 2012, suscitou exaltadas manifestações de protesto em dezenas de cidades chinesas, e reavivou a memória da ocupação japonesa (1937-45), que segundo a China, causou cerca de 35 milhões de mortos.

Mas China e Japão são também as duas maiores economias do mundo, a seguir aos Estados Unidos, e mantêm estreitas relações comerciais.

"Estamos inevitavelmente ligados um ao outro", disse Shinzo Abe.

AC // APN

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