Emigrantes
da Guiné-Bissau, que se encontram de férias no país, queixaram-se hoje ao
ministro guineense dos Negócios Estrangeiros, Mário da Rosa, de falta de apoio
das autoridades quando chegam à terra natal.
O
Governo realizou hoje o primeiro encontro de confraternização com emigrantes,
juntando cerca de cem pessoas num clube da capital e ouvindo a realidade com
que são confrontados nos países onde vivem e também as dificuldades que sentem
quando chegam à Guiné-Bissau.
Falando
em nome da Associação dos Emigrantes, Yotelma Jumpe disse que todos os
emigrantes guineenses se deparam com "vários problemas".
Ouviram-se
queixas relacionadas com os serviços de alfândegas, "que cobram taxas
elevadas" pela retirada dos pertences dos emigrantes, com dificuldades
para o acesso a terrenos para construção de habitações e com "uma fraca
cobertura diplomática" nos países de acolhimento.
"O
emigrante tem uma importância transcendente na economia do país através da sua
remessa", defendeu a porta-voz dos emigrantes.
Segundo
Yotelma Jumpe, há mais de 270 mil guineenses residentes no estrangeiro, para os
quais "é preciso uma política coerente" que passa pela escolha
"criteriosa de representantes do país" nas embaixadas que devem ser
abertas em pontos de maior representatividade dos cidadãos.
A
porta-voz dos emigrantes disse que a Guiné-Bissau "podia ganhar
muito" se aproveitasse a "grande bagagem cultural" que os
cidadãos residentes fora do país possuem.
Em
resposta, o ministro guineense dos Negócios Estrangeiros, Mário da Rosa, disse
compreender as queixas e prometeu "dias melhores" para aqueles que
vivem e trabalham fora do país.
Mário
da Rosa disse que o Governo coloca os emigrantes "num lugar-chave" na
sua estratégia de relançamento da vida politica e económica da Guiné-Bissau.
O
governante prometeu, para "muito breve", mudanças no relacionamento e
na resposta às demandas dos guineenses espalhados pelo mundo.
O
diretor-geral das comunidades guineenses no estrangeiro, Luís Barros, afirmou
que vai se reunir com a Direção-Geral das Alfândegas para identificar as
dificuldades que os emigrantes têm tido para tirar daqueles serviços os seus
pertences.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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