sábado, 10 de janeiro de 2015

Angola: AUTÁRQUICAS ESTÃO NA AGENDA



Josina de Carvalho – Jornal de Angola

O vice-presidente do MPLA disse ontem que o partido perspectiva para este ano a preparação das linhas orientadoras para a realização dos trabalhos iniciais ligados às eleições autárquicas e das gerais de 2017.

Roberto de Almeida, que fez o anúncio na cerimónia de cumprimentos de Ano Novo aos membros do bureau político, deputados e quadros do partido, afirmou que o MPLA começa também este ano os preparativos do VI Congresso Ordinário, previsto para 2016, e a consolidar e aperfeiçoar o trabalho de revitalização das estruturas de base, além de manter devidamente controlado o movimento de participação de militantes nestas estruturas e vincular todos os dirigentes e quadros.

“Estas são tarefas importantes. Muitas mais teremos pela frente e anunciadas por altura da divulgação da agenda política do partido para o corrente ano”, referiu. 

Roberto de Almeida pediu aos militantes “determinação e dedicação ao trabalho e entrega aos ideais do partido” e que sejam sempre fiéis às orientações traçadas pelo MPLA e pelo seu presidente, José Eduardo dos Santos.Também apelou a uma maior colaboração para se conseguirem vencer as dificuldades decorrentes da redução do preço de petróleo no mercado internacional. O ano de 2014, sublinhou, foi satisfatório pelo facto de o MPLA ter realizado com êxito o V Congresso extraordinário e por Angola ter realizado o Censo Geral da População e Habitação, que vai permitir perspectiva melhor o futuro do país. 

“O partido teve um papel muito importante na mobilização dos militantes e de todos os cidadãos deste país”, disse. Em Dezembro, durante a realização do V Congresso Extraordinário do partido, o presidente do MPLA reafirmou a determinação daquele partido na defesa dos interesses do povo, “levantando sempre a bandeira da liberdade, do progresso e do bem-estar das populações”. 

“Essa é a nossa responsabilidade como militantes perante a História”, referiu. “O MPLA continua a ser o principal instrumento de acção política nacional e é por seu intermédio que milhões de angolanos participam na vida política do país, expressando os seus anseios e opiniões, que são depois convertidos nos programas de Governo e submetidos à vontade popular nos diferentes pleitos eleitorais”, acentuou.

O líder do MPLA defendeu, igualmente, maior e mais consistente inserção do partido na sociedade, que é um dos desideratos desta formação política, pela revitalização das estruturas de base.

É nas bases, disse, que o militante discute a política do partido, analisa a realidade da sua área de actuação e colabora na elaboração dos planos de acção. “É nas suas bases que o partido pode estabelecer uma relação orgânica com a sociedade em geral”, frisou.

O presidente do MPLA referiu também na altura serem “bastante animadores” os resultados do processo de revitalização dos comités de acção do partido, que teve como objectivo, no essencial, a vinculação e o controlo nominal dos militantes e o desdobramento dos comités de acção política nas áreas urbanas, periurbanas e rurais, “cumprindo o princípio da territorialidade”.

O líder do MPLA revelou aos delegados e convidados a intenção de ver materializada a ideia dos comités de acção de sector, estruturas representativa dos militantes enquadrados nos diferentes comités de acção política, que vão contribuir para o incremento da actividade do partido nos bairros, povoações e aldeias.

“Convém não ignorar que hoje já se afirma que nos encontramos às portas de uma nova era da democracia, a ‘democracia directa electrónica’, que há-de permitir garantir maior participação e representatividade, já que os cidadãos podem ser consultados de forma imediata e regular na aprovação e adopção das grandes decisões nacionais”, afirmou.

Foto: Santos Pedro


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