quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Campanha anticorrupção na China atingiu dois membros da Comissão Central de Disciplina




Pequim, 14 jan (Lusa) - Dois membros do organismo que lidera a campanha anticorrupção em curso na China foram expulsos do Partido Comunista Chinês por "graves violações da lei e da disciplina", anunciou hoje a Comissão Central de Disciplina do PCC.

A expulsão de Shen Weichen e de Liang Bin foi confirmada durante a reunião plenária anual da Comissão, que decorre desde segunda-feira em Pequim e durante a qual o Presidente Xi Jinping prometeu "manter a espada da anticorrupção bem afiada".

Shen Weichen, ex-secretário do PCC e vice-presidente executivo na Associação Chinesa para a Ciência e Tecnologia, "aproveitou-se do seu cargo para beneficiar outros e aceitou "uma grande quantidade de subornos", concluiu a Comissão.

Liang Bin, antigo membro do Comité Permanente do PCC na província de Hebei, norte da China, é suspeito de "graves violações da disciplina do Partido e da lei", indicou a mesma fonte.

A Comissão Central de Disciplina do PCC, eleita no XVIII Congresso do partido, em novembro de 2012, é constituída por 180 membros.

O secretário da Comissão, o antigo vice-primeiro-ministro Wang Qishan, é também um dos sete membros do Comité Permanente do Politburo do PCC, a cúpula do poder na China.

Dezenas de quadros dirigentes com a categoria de vice-ministro, entre os quais o ex-chefe da Segurança Zhou Yongkang, foram presos desde que o atual presidente, Xi Jinping, assumiu a chefia do PCC, há cerca de dois anos.

Trata-se da mais drástica e persistente campanha anticorrupção das ultimas décadas, mas segundo Xi Jinping afirmou na referida reunião, "ainda tem muitos desafios pela frente".

Xi Jinping qualificou o combate à corrupção como "uma questão de vida ou de morte para o Partido Comunista e a nação".

AC // APN

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