Pequim,
14 jan (Lusa) - Dois membros do organismo que lidera a campanha anticorrupção
em curso na China foram expulsos do Partido Comunista Chinês por "graves
violações da lei e da disciplina", anunciou hoje a Comissão Central de
Disciplina do PCC.
A
expulsão de Shen Weichen e de Liang Bin foi confirmada durante a reunião
plenária anual da Comissão, que decorre desde segunda-feira em Pequim e durante
a qual o Presidente Xi Jinping prometeu "manter a espada da anticorrupção
bem afiada".
Shen
Weichen, ex-secretário do PCC e vice-presidente executivo na Associação Chinesa
para a Ciência e Tecnologia, "aproveitou-se do seu cargo para beneficiar
outros e aceitou "uma grande quantidade de subornos", concluiu a
Comissão.
Liang
Bin, antigo membro do Comité Permanente do PCC na província de Hebei, norte da
China, é suspeito de "graves violações da disciplina do Partido e da
lei", indicou a mesma fonte.
A
Comissão Central de Disciplina do PCC, eleita no XVIII Congresso do partido, em
novembro de 2012, é constituída por 180 membros.
O
secretário da Comissão, o antigo vice-primeiro-ministro Wang Qishan, é também
um dos sete membros do Comité Permanente do Politburo do PCC, a cúpula do poder
na China.
Dezenas
de quadros dirigentes com a categoria de vice-ministro, entre os quais o
ex-chefe da Segurança Zhou Yongkang, foram presos desde que o atual presidente,
Xi Jinping, assumiu a chefia do PCC, há cerca de dois anos.
Trata-se
da mais drástica e persistente campanha anticorrupção das ultimas décadas, mas
segundo Xi Jinping afirmou na referida reunião, "ainda tem muitos desafios
pela frente".
Xi
Jinping qualificou o combate à corrupção como "uma questão de vida ou de
morte para o Partido Comunista e a nação".
AC
// APN
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