terça-feira, 24 de março de 2015

Angola: Governo de Luanda adverte com medidas punitivas transgressores




Luanda - O Governo da Província de Luanda vai continuar a sensibilizar os cidadãos para deixarem de construir em zonas de risco, mas está prevista a aplicação de medidas punitivas para se persuadir essa prática, afirmou hoje, terça-feira, o titular da pasta, Graciano Domingos.

Em declarações à imprensa, em Viana, após fazer a entrega de um donativo para as vítimas das fortes chuvas na circunscrição, o governador avançou que as referidas medidas punitivas vão incidir sobre os chefes de família, porque são eles que têm a responsabilidade de construir em zonas seguras, evitando o risco para os seus parentes.

Por outro lado, adiantou que pretendem realizar um trabalho de recenseamento dessas famílias e procurar entender qual é a sua vocação produtiva, porque nas cidades as pessoas estão mais vocacionadas para o comércio, serviços ou indústria.

“Se assim não for, temos de encaminhar essas pessoas para actividades que as tornem úteis para a sociedade e não transformar Luanda, sobretudo a parte urbana, num local de ociosidade”, referiu.

Graciano Domingos defende que Luanda não pode ser um espaço que promova a ociosidade, “todos devem trabalhar”, enfatizou.

Na sua óptica, uma vez que existe o campo nos arredores da cidade, que carece de braços para trabalhar, não se justifica as pessoas optarem por viver num regime de ociosidade, criando problemas para o Estado, os governos provinciais e administrações municipais.

Advogou a necessidade de reflexão colectiva  para procurar enquadrar-se as famílias numa actividade produtiva e evitar-se o actual quadro.

“ Temos um programa de realojamento das famílias sinistradas e queremos que ele seja desconcentrado ao nível dos municípios, mas também entendemos que não basta realojar as famílias, é necessário enquadrá-las economicamente, porque não basta dar casa, sem que essas famílias possam trabalhar e garantir o autossustento, pois estaremos a produzir um ciclo de pobreza que pode no futuro criar problemas sociais graves”, considerou.

Questionado sobre a situação das pessoas que vivem em tendas no Zango, provenientes da Ilha de Luanda, Graciano Domingos disse que o realojamento é um programa contínuo, mas nem sempre os recursos acompanham as necessidades.

Contudo, no quadro do programa de realojamento, essas famílias vão ser enquadradas, dando-se casas segundo o cadastramento que foi feito, garantiu.

Angop

Leia mais em Angop
Batalha de Cuito Cuanavale: Festa à vitória contra o Apartheid

Sem comentários:

Mais lidas da semana