Luanda
- O Governo da Província de Luanda vai continuar a sensibilizar os cidadãos
para deixarem de construir em zonas de risco, mas está prevista a aplicação de
medidas punitivas para se persuadir essa prática, afirmou hoje, terça-feira, o
titular da pasta, Graciano Domingos.
Em
declarações à imprensa, em Viana, após fazer a entrega de um donativo para as
vítimas das fortes chuvas na circunscrição, o governador avançou que as
referidas medidas punitivas vão incidir sobre os chefes de família, porque são
eles que têm a responsabilidade de construir em zonas seguras, evitando o risco
para os seus parentes.
Por
outro lado, adiantou que pretendem realizar um trabalho de recenseamento dessas
famílias e procurar entender qual é a sua vocação produtiva, porque nas cidades
as pessoas estão mais vocacionadas para o comércio, serviços ou indústria.
“Se
assim não for, temos de encaminhar essas pessoas para actividades que as tornem
úteis para a sociedade e não transformar Luanda, sobretudo a parte urbana, num
local de ociosidade”, referiu.
Graciano
Domingos defende que Luanda não pode ser um espaço que promova a ociosidade,
“todos devem trabalhar”, enfatizou.
Na
sua óptica, uma vez que existe o campo nos arredores da cidade, que carece de
braços para trabalhar, não se justifica as pessoas optarem por viver num regime
de ociosidade, criando problemas para o Estado, os governos provinciais e
administrações municipais.
Advogou
a necessidade de reflexão colectiva para procurar enquadrar-se as
famílias numa actividade produtiva e evitar-se o actual quadro.
“
Temos um programa de realojamento das famílias sinistradas e queremos que ele
seja desconcentrado ao nível dos municípios, mas também entendemos que não
basta realojar as famílias, é necessário enquadrá-las economicamente, porque
não basta dar casa, sem que essas famílias possam trabalhar e garantir o
autossustento, pois estaremos a produzir um ciclo de pobreza que pode no futuro
criar problemas sociais graves”, considerou.
Questionado
sobre a situação das pessoas que vivem em tendas no Zango, provenientes da Ilha
de Luanda, Graciano Domingos disse que o realojamento é um programa contínuo,
mas nem sempre os recursos acompanham as necessidades.
Contudo,
no quadro do programa de realojamento, essas famílias vão ser enquadradas,
dando-se casas segundo o cadastramento que foi feito, garantiu.
Angop
Leia
mais em Angop
Batalha
de Cuito Cuanavale: Festa
à vitória contra o Apartheid
Sem comentários:
Enviar um comentário