terça-feira, 24 de março de 2015

Banco Asiático de Desenvolvimento prevê crescimento económico de 6,3% para a região em 2015




Hong Kong, China, 24 mar (Lusa) - O Banco Asiático de Desenvolvimento prevê um crescimento da economia na Ásia de 6,3% durante 2015 e 2016 e que a desaceleração da China será compensada com um maior protagonismo da Índia, segundo um relatório hoje divulgado.

De acordo com o relatório anual hoje apresentado pelo banco Asiático do Desenvolvimento (BAD) em Hong Kong, as reformas fiscais levadas a cabo na Ásia, a fase de recuperação das principais economias industrializadas e a redução dos preços das matérias-primas ajudam ao crescimento da economia asiática no seu conjunto, pelo menos até ao próximo ano.

Na sua análise detalhada sobre a situação macroeconómica em 48 países da região Ásia-Pacífico, a instituição assinalou que a possibilidade de uma subida das taxas de juro nos Estados Unidos ainda este ano, que poderia reverter os fluxos de capital na região, poderia compensar este crescimento.

O BAD prevê um crescimento económico de 7,2% na China para 2015 (o que traduziria uma redução de duas décimas face ao crescimento verificado em 2014) e de 7% em 2016.

A profunda transformação da estrutura económica que atravessa o gigante asiático, motivada principalmente pela diminuição e encarecimento da mão-de-obra o aumento da dívida local e da recessão imobiliária, tornam patente a desaceleração no ritmo de crescimento da China.

O relatório é, contudo, mais otimista com a Índia, país para o qual prevê um crescimento económico de 7,8% em 2015, quatro décimas acima do crescimento real em 2014, e de 8,2% em 2016, devido a fatores como o apoio da procura externa.

O crescimento previsto para a Índia, como o da maioria das economias do sudeste asiático, compensará a desaceleração do crescimento económico que experimenta a China, permitindo equilibrar a situação macroeconómica na região, acrescenta o BAD.

A Ásia-Pacifico representou cerca de três quintos do crescimento do PIB anual mundial desde a crise financeira global de 2008.
JCS // ARA

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