quinta-feira, 26 de março de 2015

UM VALENTE MATA-BICHO PORTUGUÊS ANTES DO EXPRESSO CURTO. BOM DIA




Pela nossa parte em vez de um expresso curto quentinho preferimos um mata-bicho à portuguesa. Uma malga de vinho verde fresquinho, uma broa de milho e uns grandes nacos de presunto. Já agora também umas azeitonas a saltear. Isso não invalida que a seguir não tome o Expresso Curto, do Expresso, servido por Martim Silva, editor executivo daquele jornal que é o menino dos olhos do tio Balsemão do Bilderberg – que é uma coisa do tipo “não sabemos”, porque é secreto.

No Página Global vai encontrar abordagens a Angola, Moçambique e Timor-Leste, entre outros países CPLP. Também a China está lá mais para baixo (aqui no PG). E Macau, a zona especial. Mas também China. Timor-Leste está mesmo por aí ao virar da esquina. Naquela ilha tudo vai bem. A ver vamos. Damos 100 dias ao novo PM para mostrar que é diferente e melhor que Xanana. Está a usufruir do benefício da dúvida. Para além disso há aqui Martinho Júnior, que de Luanda nos oferece uma parte do ano da grande viragem para Angola. Também sobre África, mais recente, Rui Peralta disserta com a conclusão do artigo que vem de ontem, sobre a nova cultura política africana.

Em Portugal… Hoje não nos apetece mencionar aqui Portugal. Não. Depois do mata-bicho supimpa faz lembrar-nos os imensos portugueses que passam fome, assim como os indiferentes “soberanos” Cavaco Silva, Passos Coelho, Paulo Portas e os seus correlegionários. Uns mamões que estão a encher os alforges com medo que o mundo acabe amanhã. Basta de mencionar aqui tristezas e revoltas sentidas.

Vá lá tomar o Expresso Curto. Tenha um bom dia e porte-se mal se puder.

Redação PG
  
Bom dia, este é o seu Expresso Curto

Martim Silva, editor executivo

A Lista é VIP. Os governantes nem por isso...

Bom dia!

A Lista VIP volta a atacar. 

A Visão dá destaque de capa na sua edição de hoje a novas revelações sobre a lista que o Governo jurou que não existia de contribuintes com direito a segurança reforçada para evitar a violação dos seus dados fiscais. Os documentos comprovam que a lista existia mesmo. E dela, afirma o DN, só constavam quatro nomes:Cavaco, Passos, Portas e… Paulo Núncio. Este caso já levou à queda do diretor geral da Autoridade Tributária e do seu número dois: A lista, além de negada, foi feita sem suporte legal. 

O secretário de Estado Núncio aguentou-se (até ver). E Maria Luís foge do assunto como Maomé do toucinho. Passos atravessou-se ao jurar no Parlamento que não havia lista nenhuma. E agora, em que ficamos?

Se a ministra das Finanças da Lista VIP nada diz, sobre a polémica Espírito Santo falou para apresentar uma nova versão da posição do Governo em relação à atuação do Governador do Banco de Portugal, Carlos Costa. A maioria PSD/CDS já o defendeu, já o atacou, já o absolveu e já o envolveu. É como uma maré que vai e vem. Polémica que não está resolvida é a do pagamento do papel comercial do Grupo Espírito Santo. Aqui, a ministra evitou comprometer-se, admitindo que o assunto é muito delicado. Pela notícia do Expresso Diário percebe-se porquê. Em causa podem estar6 mil milhões de euros. Quem parece ter-se atirado para fora de pé, como bem explica o Henrique Monteiro, foi o presidente do PS, que disse que era tudo para pagar.

Tema incontornável da atualidade noticiosa é o do avião que se despenhou nos Alpes franceses. À medida que o tempo passa,adensa-se o mistério em torno do que aconteceu no voo que vitimou 150 pessoas. Na última noite, e alegadamente de acordo com os primeiros dados obtidos a partir das gravações de uma das caixas negras, o NYT revelou que um dos pilotos saiu da cabine e quando tentou voltar já não conseguiu. A porta estava fechada por dentro. A chave do mistério parece estar em 60 segundos, entre as 10.30 e as 10.31 da manhã de terça-feira, minutos antes do desastre. À SIC Notícias, o Presidente da NAV, Luís Coimbra, falou na possibilidade de suicídio do piloto que ficou na cabine  como explicação para o desastre.

OUTRAS NOTÍCIAS

Cá dentro, 

destaque ainda para o caso Sócrates, que merece capa do Correio da Manhã e revista Sábado de hoje. O primeiro revela escutas de Sócrates no processo, com o antigo líder socialista apanhado a alegadamente dizer coisas como “se puderes trazer também daquela coisa que gosto muito” ou “podes entregar metade das fotocópias daquela vez”.
 Já a Sábado traz uma revelação algo, como dizer, rocambolesca. O ex-professor de Sócrates na Independente António Morais é acusado de conspirar para manter o antigo primeiro-ministro preso. Confuso? É.

Nas Presidenciais, foi dado o pontapé de saída, com o anúncio de candidatura do empresário socialista desalinhado Henrique Neto. Na mesma sala onde há cinco anos Fernando Nobre apresentou a sua candidatura, Neto lançou-se na tentativa (quimérica) de chegar a Belém. Mas, a julgar pelo entusiasmo gerado pela sua primeira intervenção e pelos apoios já revelados, o Padrão dos Descobrimentos é mesmo o mais perto que vai chegar do Palácio de Belém.À noite, na SIC Notícias, entrevistado por José Gomes Ferreira, jurou que vai levar a candidatura até ao fim e não poupou nos ataques aos governos de Sócrates. Lembrando alias que António Costa fez deles parte.

Hoje é o penúltimo dia da campanha eleitoral na Madeira. Domingo saberemos se o PSD, agora com nova roupagem, continua a dominar a região.

Entre hoje e domingo não temos Passos Coelho por cá. O primeiro-ministro está numa visita ao Japão. Por lá, em Quioto, Passos vai receber o doutoramento honoris causa pela Universidade de Estudos Estrangeiros. O PM já era VIP. Agora também é Doutor.

Lá fora,

Há importantes desenvolvimentos sobre movimentações militares no Iémen, com a intervenção da Arábia Saudita.

E os Estados Unidos estão a atacar postos do Estado Islâmico do Iraque.

Nos Estados Unidos surgiu ainda uma nova polémica envolvendo aexposição de militares a armas químicas na Guerra no Iraque.

Sabe quais são as 10 startups tecnológicas mais valiosas do mundo? Pense um bocadinho, faça a sua lista. E depois leia esta.

Quando é que o preço do petróleo volta a subir? O presidente da Chevron acredita que é já para o ano.

E se o Facebook tomar conta do negócio das notícias? Se é consumidor de informação (e é-o de certeza… está a ler o Expresso Curto) e se utiliza as redes sociais, este é um tema que o vai interessar. É mais um passo no domínio global da empresa de Zuckerberg.

Falando em redes sociais, por aí não se fala de outra coisa, ou melhor, fala-se de muita coisa… mas fala-se mesmo muito disto:  Um dos elementos de uma das Boysband mais famosas do planeta decidiu seguir o seu caminho e ter vida própria, sozinho.

O laboratório CERN viu o seu acelerador de partículas sofrer um curto circuito e agora está parado.

Um asteróide de mais de um quilómetro de diâmetro está a voar em direção à Terra

FRASES

“Sempre que se pretendia fazer um documentário sobre ele, o Herberto telefonava aos amigos a pedir para não falarem…”, assim começa o magnífico texto de Manuel Alegre sobre o poeta falecido terça-feira, na sua página do Facebook. É aberta, vá ler

“A supervisão, se calhar, também devia ter visto mais cedo”, Maria Luís Albuquerque, ministra das Finanças, na comissão de inquérito ao caso BES, atirando responsabilidades para cima de Carlos Costa

“Não considero que Guterres possa regressar a Portugal e fazer as mudanças de que o país necessita”, Henrique Neto, candidato presidencial, em entrevista ao Público

“José Lello decidiu chamar Henrique Neto de ‘Beppe Grillo português’, o que faz tanto sentido quanto Batatinha acusar Henrique Neto de ser um palhaço”, João Miguel Tavares, no Público.

O QUE ANDO A LER 

O meu destaque de hoje vai inteirinho para o livro “The Churchill Factor”, de Boris Johnson, o excêntrico maior de Londres que é já um dos principais candidatos à sucessão de David Cameron nos Conservadores britânicos. Mas Boris Johnson é muito mais que um político ou um autarca (foi responsável pela Spectator), como estas 350 páginas sobre a vida do maior estadista jamais produzido pelos ingleses mostram. Johnson consegue ser interessante, muito, e original num campo, o das obras sobre Churchill, que está mais do que ocupado. O início do livro é magnifíco, com o relato pormenorizado de uma reunião do gabinete de guerra britânico em 1940, escassas três semanas depois de Churchill assumir a chefia do Governo. E mostra como, apesar do cansaço, da falta de confiança que os próprios Tories tinham na sua liderança, e da dificílima situação militar, Churchill não cedeu às vozes (e não eram poucas) que o aconselharam a ceder e a negociar com os alemães (com Mussolini a servir de intermediário). O resto da História é conhecida. Pormenor delicioso do livro é o capítulo sobre os (muitos) falhanços políticos e militares da longa história de vida pública de Churchill. Boris Johnson cria um indíce para avaliar cada um desses momentos, classificando-o de 1 a 10 num "fiascómetro". 

Dois destaques para coisas boas feitas aqui na casa. O livro “350 livros/filmes/discos/obras de arte/ séries de tv que ninguém pode perder” é imprescindível para os maluquinhos das listase parte de um conjunto de trabalhos publicados aqui há uns anos no Expresso. Como extra tem as escolhas de Adolfo Luxúria Canibal, Adriano Moreira, Inês Maria Meneses, Mariano Gago e José Tolentino Mendonça. 
Já o encontra nos kioskes. 

Como também já deve conseguir encontrar o número de abril doCourier Internacional. Destaques de capa da edição deste mês são a diplomacia à moda de Estaline de Putin, as mudanças no Islão, um perfil do grego Varoufakis e ainda os robôs que invadem as fábricas chinesas.

Hoje é quinta-feira, 26 de março.

Faltam 280 dias para acabar o ano. O sol nasceu às 7.31 e põe-se às 19.54. Não esqueça que este fim de semana muda a hora, passamos à hora de verão. E ainda para mais vem aí o calor.

Tenha um grande dia.

Sem comentários:

Mais lidas da semana