Díli,
26 mar (Lusa) - O primeiro-ministro timorense afirmou hoje, sem revelar
detalhes, que a operação conjunta de segurança das forças armadas e polícia timorenses,
no leste do país, está "a correr bem", defendendo, ao mesmo tempo,
este tipo de ações.
"No
que se refere à operação em Baguia (sudeste de Díli), tudo está a correr como
planeado e as duas forças estão empenhadas e em franca coordenação no terreno",
afirmou Rui Araújo.
O
chefe do Governo disse ainda que continua a decorrer o inquérito e as
averiguações sobre o que aconteceu.
Na
sexta-feira passada, o Governo timorense informou que tinha iniciado uma
operação conjunta entre as Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL) e a Polícia
nacional de Timor-Leste (PNTL), com o nome de código Hanita, para
"prevenir e reprimir ações criminosas de grupos ilegais que estão a causar
instabilidade no país".
Segundo
as autoridades, esta operação conjunta é uma resposta aos ataques contra
agentes da polícia ocorridos em Laga, a leste da capital, a 15 de janeiro, e em
Baguia, a sudoeste de Díli, a 08 de março passados.
O
Governo garante que as F-FDTL e a PNTL vão "atuar com profissionalismo e
dentro das suas rigorosas e já estabelecidas regras de empenhamento de forma a
responder a elementos de crime organizado, identificados, que têm como objetivo
criar instabilidade no país".
Esta
semana a fundação timorense Mahein (FM) apelou ao Governo para moderação no uso
da força na operação policial e militar considerando que as autoridades
recorrem excessivamente a este tipo de ações no país.
Na
mesma nota, a FM considera que "também é negligenciada a importância do
setor da Justiça, como evidencia a prevalência de operações conjuntas para
resolver todos os assuntos, grandes e pequenos".
Questionado
sobre a nota da FM, Rui Araújo rejeitou a opinião de que este tipo de operações
não seja uma solução, recordando que a lei de segurança prevê "este quadro
legal para poder atuar nesse sentido".
"Quando
existe caso de atentado à ordem pública, à ordem constitucional nos termos da
lei de segurança interna, o governo deve atuar nestes moldes. Está
perfeitamente correto e é o que deve fazer", disse.
ASP
// JCS
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