segunda-feira, 27 de abril de 2015

Portugal. PATRÕES QUE SÃO ESCÓRIA ESCLAVAGISTA E LADRÕES NÃO FALTAM


Bocas do Inferno

Mário Motta, Lisboa

Quando as entidades patronais não pagam dias de trabalho  aos empregados o que são? Quando não pagam as horas a mais que os trabalhadores fazem e lhes dão lucros, o que são? Ladrões. Tão ladrões como quem rouba um relógio ou muitos relógios numa relojoaria, por exemplo.

Quando vimos nos centros comerciais a selva que por ali foi instalada para a exploração dos trabalhadores e as horas que têm de cumprir muitas vezes sem possibilidade de utilizarem as casas de banho para fazerem necessidades fisiológicas que mais tarde têm repercusões na sua saúde, o que chamar a esses patrões? Negreiros, esclavagistas.

Aproveitando a “competividade” tão propalada pelos governantes e abandalhamento da legislação de trabalho imposta pelo governo de Cavaco-Passos-Portas os abusos são enormes. Os trabalhadores estão cada vez mais a ser vistos como verdadeiros escravos que têm de se sujeitar às vontades empresariais e trabalhar que nem mouros se tugir nem mujir. Para esses empresários são vistos e tratados copmo objetos descartáveis que de uma hora para a outra caem no desemprego por dispensa no serviço. Sem direito a nada e por somente terem manifestado uma discordância ou estarem doentes, ou não poderem ficar a trabalhar mais umas horas para além do horário normal (que já é anormal). Emergências ou responsabilidades familiares não contam para muitas entidades patronais, mesmo que só esporadicamente, muito esporadicamente. O que são estes patrões senão escória desumana que anda à solta e a cometer impunemente as maiores barbaridades.

E a fiscalização do trabalho onde está? Quem a vê, por exemplo, nas empresas a fazer o que devem? Que instruções têm da tutela para não atuarem? Quem são os esclavagistas que no governo assume as responsabilidades inerentes ao descalabro da atual situação?

Jovens. São trabalhadores que nem sabem sobre os seus direitos. Que até votaram pela primeira vez na sua vida nas anteriores eleições legislativas. Que votaram em Passos Coelho (PSD) por via das milhentas mentiras do negreiro que hoje ainda é primeiro-ministro. E ali os vimos nos call center a trabalharem muitas vezes de borla porque ao fim de duas ou três semanas os mandam embora e ficam com os resultados positivos dos seus desempenhos. Não lhes dão um cêntimo porque dizem que nada conseguiram afinal.

E é assim que de um modo ou de outro acontece aqui e ali, nesta a naquela empresa. Roubam os jovens trabalhadores que andam de porta em porta a angariar clientes para as empresas distribuidoras de TV e Internet, para a “eletricidade mais barata da concorrência” que acaba por sair ao mesmo preço ou ter uma diferença que é ínfima – para além das confusões que algumas vezes são geradas e que acabam por sair muito caras a quem está em sua casa e é ludibriado ao mudar de fornecimento para alternativas à EDP. EDP que rouba que se farta, que mama e abusa como ninguém e que depois oferece ordenados e prémios de milhões aos seus principais quadros. Um nome, um exemplo: Melancia.

Esta é a selva laboral que foi extraordinariamente alargada com este governo de raízes fascistas (o termo não é exagerado para aqueles que das suas medidas são vítimas). A selva laboral de um presidente da República que vai para a história como o presidente de meia-dúzia de uma elite que esbulha os portugueses e os tem empurrado para a exploração esclavagista e para a miséria.

Tanto que sobre isto havia a expor acerca dos atropelos que são vastos nas várias atividades económicas e laborais. O esclavagismo anda à solta. Patrões sem escrúpulos, desumanos, ladrões, andam à solta. Presidente da República e ministros andam à solta e a prejudicar sobremaneira os reais interesses das populações, dos trabalhadores, do país. Portugal está transformado num país liderado por ladrões morais, materiais, patrimoniais e intelectuais.

Um exemplo do esclavagismo, da desumanidade. vem mais em baixo. Já a seguir o exemplo de coragem de uma funcionária que deixa o recado adequado aos seus patrões… Aos negreiros que a usaram na qualidade de patrões que são escória. Semelhante escória que anda à solta na presidência da República, no governo, na maioria sentada na AR e no empresariado.

Pergunte-se: Quanto está a passar de mais e maiores dificuldades a empregada que teve a coragem de demitir-se deixando a carta exemplar que pode ler a seguir? Provavelmente no desemprego, sem direito a subsidio de desemprego, sem direito a nada nesta sociedade dita desenvolvida e democrática. Desenvolvida no esclavagismo e democrática só para aqueles que fazem parte do esbulho aos portugueses. Do roubo descarado aos empregados e desempregados portugueses. Responsabilidade que vai direitinha para os que económica e politicamente conduziram o país a esta situação de atropelo constante à Constituição, aos Direitos do Trabalho, aos Direitos Humanos. Esses, os principais, chamam-se Cavaco Silva, Passos Coelho, Paulo Portas e mais uns quantos nas suas ilhargas. (MM / PG)

Emprego. Jovem demite-se e deixa carta a dar 'raspanete' aos patrões

A jovem estava a passar por um momento difícil na sua vida. A empresa em nada compreendia a sua posição e foi por isso que ela resolveu dar uma lição aos seus patrões.

“Peço desculpa que a minha madrasta tenha morrido por causa de um cancro. Peço desculpa por não ser um robot e ficar emocionalmente afetada pela morte dela e ter faltado ao trabalho", começa por escrever esta jovem.

O site Metro dá conta de que a jovem aborrecida pela falta de compreensão dos patrões, decidiu despedir-se, mas antes de fazê-lo, queria deixar uma lição importante: a falta de humanidade que existe nas empresas.

"Peço desculpa por ter ficado doente e não ter conseguido trabalhar e por não ter contagiado ninguém. Trabalho 47,5 horas por semana, sem receber horas extras, que legalmente deveria receber. E que por isso tenha pouco tempo para marcar as minhas consultas médicas", lê-se na carta.

Ainda em tom irónico, deixou o conselho. "Claramente, sou uma empregada horrível e por isso, peço desculpa. Sei que odeiam que lhes digam como devem fazer o vosso trabalho, mas sugiro que comecem à procura de um substituto para mim. O mais rápido possível”.

Notícias ao Minuto

Sem comentários:

Mais lidas da semana