A
Guiné Equatorial está-se a tornar num importante epicentro de investimento da
China em África, quando vai completar o seu primeiro aniversário como membro da
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, embora não sendo ainda membro do
Fórum Macau.
Da
recente visita de cinco dias a Pequim do presidente da Guiné Equatorial,
Teodoro Obiang, resultaram uma linha de crédito de 2 mil milhões de dólares e o
lançamento de projectos de pelo menos 3 grandes grupos empresariais chineses,
numa altura em que o país africano se debate com dificuldades devido à quebra
do preço do petróleo, seu principal produto de exportação.
O
primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, afirmou que a Guiné Equatorial tem-se
“desenvolvido relativamente bem”, com o governo a “apoiar a expansão de
investimentos no desenvolvimento de infra-estruturas, de que o país tem grande
necessidade.”
Na
visita, que marcou também o 45º aniversário do estabelecimento de relações
diplomáticas entre os dois países, foram assinados acordos com empresas chinesas
para projectos de produção de electricidade e desenvolvimento da indústria,
essenciais no objectivo governamental de diversificação da economia para lá do
petróleo.
Central
para este objectivo é a linha de 2 mil milhões de dólares que o Banco
Industrial e Comercial da China, o maior banco chinês por activos, concedeu à
Guiné Equatorial a fim de poder financiar as obras que as empresas chinesas
estão a efectuar no país, ao abrigo de um mecanismo formalizado pelos
presidentes dos dois países.
O
Ministério das Minas, Indústria e Energia assinou três acordos para o
desenvolvimento de projectos no país, incluindo com a China Dalian
International Cooperation Group (CDIG) para iniciar estudos técnicos de
desenvolvimento da cidade industrial da Mbini, que o governo pretende tornar
numa referência económica naquela região africana.
A
China State Construction Engineering Corporation vai também participar no
desenvolvimento de instalações petrolíferas na cidade de Luba, ampliando o
porto local para torná-lo num pólo logístico para a indústria de petróleo e gás
e outras actividades industriais.
A
chegar à Guiné Equatorial está também a China Sinohydro Corporation,
responsável pelo estudo de uma central hidroeléctrica no rio Wele, para que a
capacidade de produção de energia acompanhe as perspectivas de maior actividade
industrial.
A
adesão da Guiné Equatorial à CPLP foi confirmada na mais recente cimeira da
organização, em Julho de 2014 em Dili, numa altura em que mantinha laços
económicos importantes sobretudo com o Brasil.
A
entrada do país veio acrescentar perto de 20 mil milhões de dólares ao PIB
conjunto dos países de língua portuguesa, que representa hoje perto de 4% do
total mundial, com tendência de crescimento. (Macauhub/CN)
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