terça-feira, 19 de maio de 2015

Linhas de crédito e grandes grupos empresariais da China chegam à Guiné Equatorial




A Guiné Equatorial está-se a tornar num importante epicentro de investimento da China em África, quando vai completar o seu primeiro aniversário como membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, embora não sendo ainda membro do Fórum Macau.

Da recente visita de cinco dias a Pequim do presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, resultaram uma linha de crédito de 2 mil milhões de dólares e o lançamento de projectos de pelo menos 3 grandes grupos empresariais chineses, numa altura em que o país africano se debate com dificuldades devido à quebra do preço do petróleo, seu principal produto de exportação.

O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, afirmou que a Guiné Equatorial tem-se “desenvolvido relativamente bem”, com o governo a “apoiar a expansão de investimentos no desenvolvimento de infra-estruturas, de que o país tem grande necessidade.”

Na visita, que marcou também o 45º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas entre os dois países, foram assinados acordos com empresas chinesas para projectos de produção de electricidade e desenvolvimento da indústria, essenciais no objectivo governamental de diversificação da economia para lá do petróleo.

Central para este objectivo é a linha de 2 mil milhões de dólares que o Banco Industrial e Comercial da China, o maior banco chinês por activos, concedeu à Guiné Equatorial a fim de poder financiar as obras que as empresas chinesas estão a efectuar no país, ao abrigo de um mecanismo formalizado pelos presidentes dos dois países.

O Ministério das Minas, Indústria e Energia assinou três acordos para o desenvolvimento de projectos no país, incluindo com a China Dalian International Cooperation Group (CDIG) para iniciar estudos técnicos de desenvolvimento da cidade industrial da Mbini, que o governo pretende tornar numa referência económica naquela região africana.

A China State Construction Engineering Corporation vai também participar no desenvolvimento de instalações petrolíferas na cidade de Luba, ampliando o porto local para torná-lo num pólo logístico para a indústria de petróleo e gás e outras actividades industriais.

A chegar à Guiné Equatorial está também a China Sinohydro Corporation, responsável pelo estudo de uma central hidroeléctrica no rio Wele, para que a capacidade de produção de energia acompanhe as perspectivas de maior actividade industrial.

A adesão da Guiné Equatorial à CPLP foi confirmada na mais recente cimeira da organização, em Julho de 2014 em Dili, numa altura em que mantinha laços económicos importantes sobretudo com o Brasil.

A entrada do país veio acrescentar perto de 20 mil milhões de dólares ao PIB conjunto dos países de língua portuguesa, que representa hoje perto de 4% do total mundial, com tendência de crescimento. (Macauhub/CN)

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