Mohamed
VI é acompanhado por cerca de 500 pessoas e "obrigou" o Presidente da
República a deixar o palácio.
Lassana
Casamá – Voz da América
A
Guiné-Bissau parou virtualmente no dia em que o Rei de Marrocos Mohamed VI chega
aquele país lusófono. Uma visita real que mobilizou todo o país, paralisando as
actividades comerciais e administrativas.
Mercados
e escolas encerradas, funcionários públicos e privados dispensados dos seus
serviços, bandeira nacional retirada do Palácio Presidencial, cujo edifício
totalmente restaurado, e substituída pela dos Marrocos, rádios pública e
privadas com trasnmissões em Directo é o cenário que envolve a visita do
monarca marroquino. Mohamed VI vai ficar no Palácio da República, enquanto José
Mário Vaz estará noutra residência até o rei deixar o país.
É
uma visita caracterizada de muito simbolismo para os guineenses que saíram à
rua para receber e acenar a Mohamed VI, que, por sinal, é muito conhecido por
jovens formados em Marrocos. É que nas últimas décadas, Marrocos tem oferecido
bolsas de estudo ao Estado guineense.
Vladmir
Jorge Mendes, jovem recém-formado nos Marrocos e que preside actualmente a
associação dos quadros formados naquela país, não tem dúvidas o quanto a
Guiné-Bissau pode tirar proveito desta visita.
Durante
a estada do rei Mohamed VI, está prevista a assinatura de vários acordos entre
Bissau e Rabat.
Para
Alain Iero Embaló, jornalista especializado em Marrocos, a Guiné-Bissau
deve saber tirar proveito dos convénios que serão rubricados e da experiência
marroquina em vários domínios.
Mohamed
VI é o 23o. governante da dinastia alauita, cujo reinado começou em meados do
século XVII. Descendente directo do profeta Maomé, foi entronizado a 30 de
Julho de 1999. E isso é que explica, de um lado, a grande mobilização
comunidade muçulmana guineense.
O
monarca, que é acompanhado de centenas de empresários, numa delegação com um
total de quase 500 pessoas, tem encontros com diferentes titulares de orgãos
públicos e da sociedade civil, perante uma segurança que deixa quase
inoperantes os agentes guineenses.
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