sexta-feira, 12 de junho de 2015

Angola. OS AGENTES ECONÓMICOS



Jornal de Angola, editorial

O combate ao desemprego continua a ser uma grande batalha no nosso país. Combater o desemprego é uma das mais difíceis tarefas de qualquer governo, mas as nossas autoridades estão dispostas a realizar programas exequíveis que permitam que milhares de jovens possam encontrar trabalho.

Um desses programas é o que tem a ver com a formação profissional da juventude, em escolas especificamente criadas para dar competências e habilidades aos jovens que  procuram o primeiro emprego.

A estrutura e a dinâmica do mercado de trabalho impõem que os jovens tenham alguma  formação para serem absorvidos pelas empresas que são cada vez mais exigentes nos seus critérios de recrutamento e selecção. 

É com o conhecimento destas exigências que as entidades do Estado encarregadas de organizar a formação profissional decidiram apostar num programa, o “Angola Avança”, por via do qual os jovens conseguem adquirir, em variados cursos, competências para terem um emprego ou trabalharem por conta própria.

O programa “Angola Avança” é parte  do pacote de cursos ministrados pelo Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional, afecto ao Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social. O programa já beneficiou 885 jovens, número que pode dobrar até ao final do ano. 

Manuel Mbangui, chefe do Departamento de Trabalho e Empreendedorismo do Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, indicou que “os jovens que terminam a formação profissional não vão apenas à procura de emprego em pequenas e médias empresas, também podem criar o próprio negócio, por possuírem habilidades que permitem desenvolver actividades nas áreas em que são formados”.

É de destacar o facto de as autoridades prestarem uma atenção particular aos jovens, proporcionando-lhes oportunidades para poderem avançar profissionalmente e poderem dar o seu contributo ao desenvolvimento do país. Afinal os jovens, pelo seu dinamismo, podem gerar iniciativas positivas que ajudem o país a prosperar. 

O importante é que não se subestimem essas iniciativas, devendo haver mesmo vontade para as apoiar, sobretudo quando se tratar de resolver problemas que afectam a juventude, que constitui a maioria da nossa população. Os cursos profissionais são uma importante via de combate, não só ao desemprego, mas também à pobreza. Combater a pobreza é uma das grandes tarefas que o nosso Governo está incansavelmente a executar, por via da redução do desemprego.

É uma boa opção do Governo incentivar a criação de empresas, de modo a que haja muitos postos de trabalho nas diferentes províncias do país. As empresas são o motor  de qualquer economia. Não há economia que cresça sem empresas de diferentes dimensões. Um país deve ter muitos agentes económicos privados, que tenham projectos produtivos. 

A diversificação da economia que queremos realizar vai implicar o surgimento de muitos agentes económicos privados. E que esses agentes económicos trabalhem em todas as províncias do país. Em todo o país há jovens empreendedores que podem  fazer com que Angola tenha micro e pequenas empresas em grande quantidade, para produzir uma grande diversidade de bens e serviços. 

É bom para o país que se multipliquem os negócios em toda a extensão do nosso território. Que as infra-estruturas que se estão a criar sirvam de incentivo aos nossos  potenciais empresários para avançar para projectos que sejam sólidos. Que os jovens  não percam de vista que é necessário estudar para que possam conduzir com êxito os seus projectos produtivos.

A formação é essencial para relançar a produção em várias áreas de actividade. Se à formação se juntarem o espírito de iniciativa e o dinamismo, podemos ter no futuro uma classe de grandes empresários.

E o país deve ter grandes empresários em todo o território nacional, a fim de se fazerem bons negócios, de Cabinda ao Cunene. O desenvolvimento do país deve abranger todo o nosso território e convém que se  apoie todas as boas iniciativas que surjam em qualquer ponto da nossa terra.

A batalha contra o desemprego vai ser vencida por todos nós. Que haja vontade para superarmos as dificuldades no difícil e longo processo de diversificação da economia. O Estado está a fazer a sua parte, construindo, por exemplo, infra-estruturas, para dar sustentabilidade aos projectos produtivos dos agentes económicos privados. Que os empresários ou potenciais empresários aproveitem as oportunidades que o actual ambiente económico proporciona para relançarem os seus projectos, no interesse de toda a comunidade. 

Os angolanos têm  capacidade para transformar  economicamente o país , devendo  haver  empenho, organização  e persistência  na realização dos projectos que hão-de tornar  Angola num  país de progresso. O bem-estar dos angolanos passa pelo empreendedorismo dos agentes económicos, que são um indispensável segmento da nossa sociedade.

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