quarta-feira, 3 de junho de 2015

PREPAREM OS CALABOUÇOS PARA OS VIP DE BELÉM, DE SÃO BENTO E ARREDORES


Bocas do Inferno

Mário Motta, Lisboa

Está aqui. Está logo a seguir a esta “entrada”. Mais uma lista VIP. O governo nega. Claro. Outra coisa não será de esperar. Já chega de tanto escândalo de tanta miséria semeada, de tanto golpe baixo, de tanta ilegalidade cometida. Preparem os calabouços para os VIP… De Belém, de São Bento e arredores. Estamos fartos de tanta vigarice, de tanta impunidade. Urge responsabilizar os que têm responsabilidades em tudo que tem sido cometido e configura atos ilegais. Basta!

Ministério da Economia. Governo nega lista VIP na ASAE, assim como fiscalização proibida

O Ministério da Economia diz ser "absolutamente falsa" a existência de uma lista VIP da inspeção económica e recusa as acusações feitas pelo sindicato da ASAE de ter sido proibida a fiscalização a determinados agentes económicos.

A reação do ministério surge na sequência da denúncia feita hoje pela Associação Sindical dos Funcionários da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASF-ASAE) sobre casos em que os inspetores foram proibidos de inspecionar determinados agentes económicos e de as brigadas terem sido mandadas retirar dos locais que estavam a fiscalizar.

Para a associação sindical, estas situações revelam, "em abstrato, uma 'lista VIP' da inspeção Económica".

Questionado pela Lusa, o gabinete do Ministério da Economia (ME) "esclarece que é absolutamente falsa e desprovida de qualquer fundamento, a notícia que denuncia a existência de uma "lista VIP" da inspeção económica".

Além disso, o gabinete do ministério diz ainda que "em momento algum foi proibida a fiscalização a determinados agentes económicos".

O ME nega também as acusações da associação de não ter respondido ao pedido de esclarecimentos sobre alegadas interferências na ação inspetiva: "Após averiguações efetuadas no sentido do esclarecimento dos factos alvos de denúncia, foram prestadas àquela Associação Sindical todos os esclarecimentos, por Ofício enviado a 27.05.2015, pelo que deverá ser do perfeito conhecimento do destinatário", refere o gabinete do ministério.

Lembra ainda que a ASAE é um serviço central da administração direta do Estado, dotado de autonomia administrativa e dirigido por um Inspetor-geral.

"Nas áreas de atividade de fiscalização, investigação e técnico-pericial, planeamento operacional e de instrução processual e contraordenações, o tipo de organização interna da ASAE obedece a um modelo de estrutura matricial, a cuja chefia compete, diretamente, o poder de direção", recorda o ME na resposta enviada para a Lusa.

Já a associação entende que nas inspeções "há claramente uma interferência política gratuita e uma violação de equidade que deve haver para com todos os operadores económicos".

A ASAE é responsável pela fiscalização de cerca de 900 mil empresas e, segundo dados do estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos, entre 2006 e 2012, a ASAE fiscalizou 287.047 operadores, instaurou 13.108 processos-crime e 68.013 processos de contraordenação, deteve 6.257 pessoas e apreendeu 149.476.523 milhões de euros em mercadorias.

Lusa, Notícias ao Minuto

NÃO TAP OS OLHOS

A notícia ronda as cabecinhas “louras” desde esta manhã. Cabecinhas “louras” que têm por missão governar em prol dos interesses de Portugal – governo eleito repleto de promessas que se comprovou serem escandalosamente falsas. Governo de Portugal. Diga-se: Desgoverno de Portugal. A TAP. A TAP, essa fatia que tanto pode render a interesses esconsos, tem sido o pinhão de ataque mais desejado do Desgoverno de Passos com apoio de Cavaco Silva, um suposto eleito para Presidente da República. A TAP. O título que está a ser indigesto para o Desgoverno: “Tribunal aceita nova providência cautelar para travar venda da TAP.

Um pouco da prosa, no Público: “O Supremo Tribunal Administrativo aceitou uma nova providência cautelar interposta pela Associação Peço a Palavra para travar a privatização da TAP. A associação argumenta que o diploma que aprovou a venda da companhia é ilegal por não prever a abertura de um concurso público para escolher os consultores que fizeram a avaliação da situação financeira da empresa.”

Este é mesmo um governo saído das entranhas das patranhas e das ilegalidades. A cada passo do seu percurso, ao longo de quase quatro anos (uma eternidade), foram inúmeras as vezes que se confrontou com e preferiu inconstitucionalidades - contrárias ao respeito e cumprimento pela Constituição que jurou cumprir e fazer cumprir. Só por isso a evidência era bastante para ser demitido, mas qual quê. Cavaco nunca demitiria o seu governo. Que se lixe a Constituição. Um padrinho da máfia não diria melhor nem diferente.

COMO SE ILUDEM NÚMEROS NO DESEMPREGO

É um outro título do dia. Aqui é do Público: “Há 46 mil desempregados a trabalhar para o Estado”. Um pouco da prosa: “A questão há muito que é colocada ao secretário de Estado da Administração Pública. Afinal quantos desempregados trabalham nos organismos públicos ao abrigo dos contratos emprego-inserção (CEI)? A resposta chegou nesta quarta-feira pela voz de José Leite Martins: há 46 mil pessoas nesta situação a trabalhar nas administrações central e local. A questão tinha sido lançada pela deputada do PCP, Rita Rato, quando criticava o envio de pessoas para a "requalificação" ao mesmo tempo que os serviços recorrem a estes CEI. Crítica semelhante foi feita por Mariana Aiveca, do Bloco de Esquerda.”

Tanto perguntaram que veio uma resposta (a verdade?): “46 mil desempregados a trabalhar para o Estado”, quase de borla. Que descarregam assim os índices dos que estão no desemprego. Ou seja: há mais 46 mil desempregados a somar às estatísticas do INE. A esses devem ser somados os que por outras “obras mágicas” o governo faz desaparecer dos registos do desemprego. 

Quem quer mais provas de que estamos perante um governo de aldrabões, de prestidigitadores, que fomentam a miséria e usam de todos os expedientes para a ocultar. Esquecendo-se que a miséria já é tanta, com tal volume, que quando tapam de um lado… destapam do outro.

Cabecinhas “louras” que muito pouco devem à inteligência e à decência, apoiadas por um presidente da República que se comporta como um rei vesgo, senil, infértil e de péssimo desempenho no cargo. Que se tivesse um pingo de vergonha e decência antecipava pelo menos um ano a sua continuidade em Belém, em vez de estar colado ao lugar em prejuízo da justiça, da democracia, das liberdades e direitos retirados aos portugueses.

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