Entre
os que defendem o não no referendo grego, há os mais radicais. Não lhes basta
bater o pé às exigências dos credores. É o caso do movimento Frente do Povo
Unido, que também quer que a Grécia saia do euro e deixe de ter a bandeira
hasteada em Bruxelas.
A TSF escutou, em Atenas, os seus argumentos.
Entre
os que defendem o não no referendo grego, há os que o querem mais carregado.
Não lhes basta bater o pé às exigências que chegam dos que emprestaram dinheiro
ao país. É o caso de um movimento chamado Frente do Povo Unido que também quer
que a Grécia saia do euro e deixe de ter a bandeira hasteada em Bruxelas. A TSF
escutou, em Atenas, os seus argumentos.
Georgis,
porta voz de circunstância, diz que esta é a única oportunidade que os gregos
vão ter de se livrar de um estado de ocupação protagonizado pela União
Europeia.
Para
este cidadão grego e militante do Movimento Frente do Povo Unido, "é uma
guerra económica contra as pessoas, contra a democracia, contra a soberania do
Estado. Neste momento, nós não temos um Estado, como claramente pode verificar.
O que temos é uma terra de escravos".
Mas
Georgis também tem ideias a nível interno, por exemplo, julgar e condenar à
cadeia os políticos que deram cabo do país. Sobre o executivo que agora governa
a Grecia, também não tem louvores a fazer e acha que nisto do referendo, Alexis
Tsipras é um farsante.
"Ele
tem feito tudo para que as pessoas vão votar aterrorizadas". Considera que
ele está a fazer bluff? "O que acho é que quando estiver atrás da cortina,
Tsipras vai votar no sim".
O
militante do movimento Frente do Povo Unido concretiza, dando como exemplo os
pensionistas.
"Ele[Alexis
Tsipras] abriu apenas mil agências onde essas pessoas podem levantar o
dinheiro, que por isso estão a rebentar pelas costuras. E isso é para criar um
sentimento de pânico, de terror".
Por
tudo isto, Georgis milita pelo um não em toda a linha e lamenta que o referendo
não tenha acontecido uma semana mais cedo."Se o referendo tivesse sido no
domingo passado, noventa por cento teria votado não".
Entretanto,
diz Georgis, as coisas mudaram. Nota isso quando vê as notícias nas televisões
gregas, seja a do Estado ou as privadas. Diz que elas só falam dos riscos de
cortar com os credores. É um discurso que promete denunciar até domingo.
Áudio
reportagem: Artur Carvalho, em Atenas, conta-nos o que pensa o movimento Frente Povo Unido – em TSF
TSF,
Artur Carvalho, em Atenas
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