Seis
viaturas da Polícia cercaram os promotores e evitaram a sua participação na
manifestação.
João
Marcos – Voz da América
Membros
do autodenominado Movimento Revolucionário na província de Benguela queixam-se
de ameaças de morte proferidas por agentes da Polícia Nacional.
Na
base das ameaças, conforme a denúncia, estão não apenas as manifestações, mas
também o chamado ‘Jango da Liberdade’, um espaço criado para reflexões sobre a
vida do país.
Neste
sábado, 29, o Movimento Revolucionário viu abortada a manifestação que
pretendia realizar para exigir a libertação dos 15 companheiros detidos em
Luanda.
Os
jovens dizem que foram impedidos de deixar a cidade do Lobito em direcção a
Benguela, onde deveria ter acontecido a manifestação, delineada também em
protesto ao que se considera ser a má governação da província e do país.
Agentes
que se encontravam em seis viaturas da Polícia cercaram os promotores, evitando
a sua deslocação.
Estes
acontecimentos, a par da detenção dos dois jovens na altura da distribuição de
panfletos, levam António Tongoti a falar em clima de intimidação, com ameaças
de morte à mistura.
“Apareceram
(os polícias) lá no ´Jango da Liberdade´, a intimidar e a dizer que algum dia
terão de ficar três cadáveres, mas a Constituição assegura a liberdade de
reunião e de manifestação, por isso não percebemos este comportamento negativo.
Ainda hoje, a informação que recebemos é a de que voltaram a intimidar”,
denuncia.
Ainda
assim, uma nova carta vai ser endereçada ao governador de Benguela, Isaac dos
Anjos, de quem os jovens esperam autorização para a próxima manifestação.
Contactado
pela VOA, o porta-voz do Comando da Polícia, Carlos Mota, diz não ser a pessoa
ideal para tratar deste assunto.
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