domingo, 30 de agosto de 2015

Angola. UM CICLO PARA MANTER



Jornal de Angola, editorial

O nosso país vive um ciclo virtuoso gerado pelo processo de consolidação da paz, da reconciliação nacional e da democracia.

Com a estabilidade conseguida em 13 anos, desde o dia 4 de Abril de 2002, Angola criou um potencial de oportunidades para o seu desenvolvimento económico e social que cria inveja a muitos outros países. Agora é necessário aproveitar esse potencial. Para isso, importa continuar a formar os quadros que são o suporte da administração, das instituições e  da economia.

O 40.º aniversário da Independência Nacional vai ser comemorado com o sentimento de que foram ultrapassados os períodos mais difíceis da História de Angola. No próximo mês de Novembro podemos festejar com toda a força e vibração o dia da Independência porque os angolanos estão hoje em paz e reconciliados e trabalham para o crescimento e o progresso da Nação. Depois de longos anos de conflito armado que destruíram o país, as estradas estão reabilitadas, as populações voltaram às suas regiões de origens e a economia está a recuperar do período de estagnação em que caiu por causa da guerra.

A tranquilidade que as populações sentem hoje no seu dia-a-dia é o maior benefício que podem ter e constitui uma grande conquista. Mas não é o único ganho conseguido. Além das infra-estruturas comunitárias e administrativas do Estado que foram repostas, Angola viu a vida política voltar à normalidade.

As diferenças entre as formações políticas tem um espaço amplo e democrático na Assembleia Nacional e os cidadãos, sejam políticos ou não, têm à sua disposição instrumentos para apresentarem as opiniões, reclamações, queixas e desacordos, ao mesmo tempo que existem já mecanismos nacionais para a resolução de litígios e conflito.

O espaço de exercício do pluralismo de opinião, 40 anos depois da proclamação da Independência, é também mais vasto, garantido tanto pelos órgãos de comunicação social públicos e privados como por outras formas de expressão da liberdade, como a Internet, os telemóveis, os computadores portáteis que se vendem por todo o lado, ou através das redes sociais que surgiram graças ao grande investimento feito pelo Estado angolano na rede de telecomunicações.

As liberdades e direitos consagrados na Constituição estão salvaguardados e protegidos por organismos próprios, aos quais os cidadãos podem recorrer sempre e quando se sentem lesados. O mesmo não pode suceder com o comportamento daqueles indivíduos ou grupos que pretendem fazer valer as suas crenças pela via da violência e da força ou pela incitação à desobediência às autoridades, ao caos social e à desordem, evocando a seu favor os valores da democracia. Nestas condições, apenas se pode estar a desafiar o poder das autoridades policiais e o peso da justiça.

Além dos avanços democráticos verificados no país nos últimos anos e que vamos celebrar em Novembro, dois outros importantes factos de assinalar são o grande número de angolanos que estão hoje a estudar nos estabelecimentos de ensino ou nos centros especializados de formação profissional e técnica e o dinamismo que a actividade económica, comercial e cultural atingiu em todas as províncias.

Esse dinamismo é a maior garantia de que quaisquer que sejam os intentos de voltar a perturbar a paz, a reconciliação e a democracia em Angola, estarão sempre votados ao fracasso. A formação e o emprego são demasiado importantes para as famílias angolanas para serem postos em causa por novas aventuras alimentadas por ambiciosos.

O Governo tem respondido de forma serena e correcta à acção daqueles que, movidos por sentimentos de frustração ou por vingança, querem obter o poder pela via da força.

Ao alargar ainda mais as formas de exercício da democracia, ao reforçar os programas de inserção social dos antigos desmobilizados de guerra, ao promover o combate à fome, à pobreza e ao analfabetismo e ao expandir o empreendedorismo, o Governo angolano mostra que esse é o único caminho que serve às aspirações do povo angolano de progresso, de bem-estar e felicidade.

A resposta tem de continuar a ser a mesma: uma acção de inclusão cada vez mais ampla dos cidadãos na vida política, social e económica e um apoio especial para a formação da juventude e para as famílias mais desfavorecidas.

Ao longo dos anos, essa linha de actuação política e governativa já tirou muita gente da pobreza e mostrou-se adaptada às necessidades reais das famílias angolanas e à diversificação e crescimento da economia.

Após 40 anos de Independência, Angola tem motivos para se orgulhar do caminho percorrido no últimos anos, por ter finalmente reconstruído a Nação dos traumas do passado e acertado o rumo que mais serve o interesse e o desejo dos angolanos.

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