A
Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC) pediu a adesão do território à
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) "como país
Observador-Associado", divulgou hoje o movimento.
O
pedido foi feito pelo comandante António Luís Lopes, presidente da FLEC e do
"governo cabindês no exílio", numa carta dirigida ao secretário
executivo da CPLP, Murade Isaac Murargy, datada de 03 de agosto.
"Nós,
legítimos representantes do povo de Cabinda e de sua justa luta, queremos fazer
parte da CPLP como país Observador-Associado esperando alcançar plenamente a
nossa independência completa", refere a carta.
A
FLEC é um movimento político que luta pela independência de Cabinda, um enclave
e protetorado português que passou a ser uma das províncias de Angola em 1975,
quando o país se tornou independente.
"A
História atesta que o nosso território, atualmente ocupado, ainda é um estado
com maioria católica romana e de expressão Portuguesa" e "todos os
tratados assinados com a monarquia portuguesa e correspondências trocadas foram
escritos em Português", assinala o comandante António Luís Lopes.
"Queremos
contribuir para a promoção desta língua bonita e original que havemos adotado e
privilegiado na nossa luta contra a injustiça e falsificações da História do
nosso país Cabinda", argumenta no pedido de adesão à CPLP.
Criada
em 1996, a CPLP tem como Estados membros Angola, Brasil, Cabo Verde,
Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e
Timor-Leste.
São
observadores associados da organização a Geórgia, as Maurícias, o Japão, a
Namíbia, o Senegal e a Turquia.
De
acordo com informação divulgada no 'site' da CPLP, o estatuto de Observador
Associado permite o "eventual ingresso de Estados ou regiões lusófonos que
pertencem a Estados terceiros, mediante acordo com os Estados-membros".
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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