O
líder da bancada parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, afirmou hoje que PSD,
CDS e PS agitam "a bandeira do medo" para se legitimarem "como o
menor dos males", criticando o "pessimismo reinante".
Pedro
Filipe Soares foi hoje um dos oradores de um dos debates do Fórum Socialismo
2015, a 'rentrée' política do BE, e afirmou que nas eleições legislativas de
2011 o discurso do PSD, CDS e PS era "mais otimista do que agora
têm", acusando-os de utilizar "o discurso do medo".
"A
ideia que existe da parte da maioria é o medo a todas as alternativas que não
as suas escolhas. Do lado do PS é o medo de que a maioria continue no
poder", disse depois aos jornalistas.
Na
opinião do deputado bloquista, "quem agita a bandeira do medo fá-lo para
se legitimar a si próprio como o menor dos males".
Pedro
Filipe Soares destacou o facto de não haver nenhuma proposta positiva quer do
lado da maioria, quer do lado dos socialistas, uma vez que "ambos prometem
cortar salários e ambos prometem ter os impostos nos valores mais elevados de
sempre".
"Quando
ambos têm estas promessas é uma campanha eleitoral muito diferente daquela que
nós tínhamos no passado. Já não prometem melhoria da vida das pessoas, apenas
prometem serem menos maus uns do que os outros", enfatizou.
Na
opinião do líder da bancada parlamentar do BE, os portugueses "não estão
condenados a viver nivelados por baixo, nem a perder constantemente rendimentos
dos nossos bolsos".
"É
essa a promessa de PSD e CDS, é também a promessa do PS e exatamente por isso é
que eles fazem a campanha do medo", justificou.
Pedro
Filipe Soares detalhou o medo passado pelo discurso da maioria: "O medo do
PS: atenção porque vêm aí aqueles que já estiveram e trouxeram a banca rota. O
medo da Grécia: atenção porque se nós não fizermos isto acontece-nos o que
aconteceu à Grécia.
O medo de qualquer alternativa à sua ordem instituída: atenção, se mexerem aqui nós não vamos ter qualquer futuro".
O medo de qualquer alternativa à sua ordem instituída: atenção, se mexerem aqui nós não vamos ter qualquer futuro".
Do
lado dos socialistas, o deputado do BE recorda que o PS que "dizia que era
inconstitucional cortar salários, que dizia que não havia outra alternativa que
não pagar salários e pensões, é o mesmo PS que agora diz que vai cortar
salários pelo menos durante dois anos".
O
fórum Socialismo 2015 começou sexta-feira no Porto e vai decorrer até domingo.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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