domingo, 30 de agosto de 2015

Portugal. Legislativas. Jerónimo de Sousa alerta para "contrabando" e "pantomina"




O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, alertou hoje que, até às eleições legislativas, "vai haver por aí muito contrabando" e "muita pantomina", com o PSD/CDS-PP a procurarem "criar a ideia de que o pior já passou".

"Neste quadro [até às eleições de 04 de outubro] vai haver por aí muito contrabando, muita pantomina, muita falta de verdade por parte daqueles que, mistificando a realidade, procuram criar a ideia de que o pior já passou", avisou o líder comunista, durante um jantar-convívio com militantes e simpatizantes do partido na Feira de Agosto de Grândola.

Mas a verdade, frisou o secretário-geral do PCP, que concorre às legislativas em coligação com o Partido Ecologista "Os Verdes", é que o PSD e o CDS-PP, nos quatro anos de governação, "tiveram a ação mais destruidora", graças à qual o país "recuou muitos e muitos anos".

A coligação PSD/CDS-PP quer "apresentar a sua obra como um mal necessário", mas afirmando que, agora, o país já está "no bom caminho", disse Jerónimo de Sousa, defendendo que é preciso combater esta ideia.

"É preciso acabar com esta mentira porque o que eles querem é, no essencial, se tivessem força e votos para isso, retomar essa ofensiva", alertou.

Ao intervir no final do jantar-convívio na feira da vila alentejana, em que discursou também o cabeça-de-lista pela Coligação Democrática Unitária (CDU) pelo círculo de Setúbal, Francisco Lopes, o líder do PCP lançou igualmente críticas ao PS.

"Também neste quadro surge o PS, com uma imagem retocada, também recauchutado, com dificuldades reais porque não é capaz de se demarcar daquilo que é a linha de orientação por parte do Governo PSD/CDS-PP", afirmou.

O PS, que "está comprometido pelos sucessivos PEC's" e porque "chamou a 'troika'", nos últimos quatro anos, "desertou do combate" e "deixou a CDU sozinha", assim como "o movimento sindical, os trabalhadores e as populações sós, a lutar" contra a política do Governo.
Por isso, é preciso reforçar a votação na CDU nas próximas eleições, defendeu o líder comunista, alertando também que as legislativas não servem para eleger um primeiro-ministro, mas sim os 230 deputados à Assembleia da República.

Lusa, em Notícias ao Minuto

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