O
secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, alertou hoje que, até às eleições
legislativas, "vai haver por aí muito contrabando" e "muita
pantomina", com o PSD/CDS-PP a procurarem "criar a ideia de que o
pior já passou".
"Neste
quadro [até às eleições de 04 de outubro] vai haver por aí muito contrabando,
muita pantomina, muita falta de verdade por parte daqueles que, mistificando a
realidade, procuram criar a ideia de que o pior já passou", avisou o líder
comunista, durante um jantar-convívio com militantes e simpatizantes do partido
na Feira de Agosto de Grândola.
Mas
a verdade, frisou o secretário-geral do PCP, que concorre às legislativas em
coligação com o Partido Ecologista "Os Verdes", é que o PSD e o
CDS-PP, nos quatro anos de governação, "tiveram a ação mais
destruidora", graças à qual o país "recuou muitos e muitos
anos".
A
coligação PSD/CDS-PP quer "apresentar a sua obra como um mal
necessário", mas afirmando que, agora, o país já está "no bom
caminho", disse Jerónimo de Sousa, defendendo que é preciso combater esta
ideia.
"É
preciso acabar com esta mentira porque o que eles querem é, no essencial, se
tivessem força e votos para isso, retomar essa ofensiva", alertou.
Ao
intervir no final do jantar-convívio na feira da vila alentejana, em que
discursou também o cabeça-de-lista pela Coligação Democrática Unitária (CDU)
pelo círculo de Setúbal, Francisco Lopes, o líder do PCP lançou igualmente
críticas ao PS.
"Também
neste quadro surge o PS, com uma imagem retocada, também recauchutado, com
dificuldades reais porque não é capaz de se demarcar daquilo que é a linha de
orientação por parte do Governo PSD/CDS-PP", afirmou.
O
PS, que "está comprometido pelos sucessivos PEC's" e porque
"chamou a 'troika'", nos últimos quatro anos, "desertou do
combate" e "deixou a CDU sozinha", assim como "o movimento
sindical, os trabalhadores e as populações sós, a lutar" contra a política
do Governo.
Por
isso, é preciso reforçar a votação na CDU nas próximas eleições, defendeu o
líder comunista, alertando também que as legislativas não servem para eleger um
primeiro-ministro, mas sim os 230 deputados à Assembleia da República.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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