Patrice
pede reposição do segredo militar e o afastamento dos que lançam influência política
no quartel
Nos
últimos meses foram mais evidentes, o desmoronamento de um dos alicerces da
instituição militar de São Tomé e Príncipe, que a diferenciava do resto da
sociedade, o SEGREDO.
As
quatro vedações de betão armado, que ocultavam a vida militar do resto da
sociedade, tornaram-se transparentes para o país e para o mundo.
Na
abertura da jornada de reflexão sobre as forças armadas, a luz do quadragésimo
aniversário da instituição a ser assinalado no dia 6 de Setembro próximo, o
Primeiro-ministro e Chefe do Governo, Patrice Trovoada, pediu a reposição do
segredo na vida militar. «A reposição do segredo militar, o afastamento dos
portadores impunes de rumores e influências políticas», declarou.
A
Jornada de Reflexão sobre as forças armadas, pretende diagnosticar a origem dos
problemas que assolam a instituição- Problemas que com o passar do tempo e
sobretudo nos últimos 3 anos, retiraram prestígio as forças armadas. Só o
facto da instituição ter conhecido 3 Chefes de Estado Maior no período de 3
anos, fala por si. «Entrar para as forças armadas e dedicar a sua vida pela
defesa da soberania nacional não pode ser um acto qualquer assimilada a busca
de uma situação na função pública», advertiu o Primeiro-ministro.
Patrice
Trovoada considera que muita da melhoria que as forças armadas podem registar
em termos da reposição da ordem, do mando e da disciplina, depende dos oficiais
superiores.
Por
isso apelou a união e solidariedade no seio dos oficiais superiores das forças
armadas. «Apelo ao relacionamento exemplar entre vocês (oficiais superiores).
Um verdadeiro espírito de camaradagem, sincera, em prol da instituição e da
república e em nome do povo que todos juramos defender», afirmou.
As
jornadas de reflexão que decorreram na sexta – feira num hotel na cidade de
Santana, deverão produzir recomendações, que permitam mudar o rumo das forças
armadas. «O importante é que as forças armadas recuperem em termos de
funcionamento, disciplina, e mando», defendeu o Primeiro-ministro.
Segundo
Patrice Trovoada, as jornadas de reflexão são uma iniciativa do Chefe de Estado
Maior das Forças Armadas, o brigadeiro Horácio Sousa.
Reconheceu
também que o Governo não manda nos quartéis. Entre as quatro paredes do quartel
quem governa é o Chefe de Estado Maior, e a respectiva cadeia de comandos.
O
Chefe do Décimo Sexto Governo Constitucional, recordou que segundo a
constituição da república o seu papel é o de definição da política de defesa e
segurança.
Abel
Veiga – Téla Nón (st)
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