O
Governo cabo-verdiano congratulou-se hoje com a subida do país de dois lugares
no índice mundial de competitividade, atribuindo o resultado às reformas em
curso, enquanto a oposição desvaloriza, reclamando melhores prestações.
No
índice mundial de competitividade de 2015-2016, divulgado quarta-feira pelo
Fórum Económico Mundial, Cabo Verde subiu dois lugares em relação ao ano
passado, ocupando agora a 112.ª posição entre 140 países avaliados.
Em
comunicado divulgado hoje, o Governo cabo-verdiano atribuiu o resultado às
reformas em curso, sobretudo nos últimos dois anos, dizendo que o país está no
bom caminho.
O
Executivo liderado por José Maria Neves salientou que é "mais uma prova da
forte aposta que o país, através da reforma do Estado, está a fazer na
modernização da administração pública e na melhoria do ambiente de negócios,
entre outros aspetos ligados à competitividade".
O
índice mundial de competitividade avalia 12 pilares, sendo que Cabo Verde
situa-se em 92.º nos equipamentos básicos, em 122.º no que diz respeito aos
potenciadores de eficiência e em 104.º relativamente aos fatores de inovação e
sofisticação.
Já
nas instituições é 66.º, em infraestruturas ocupa o lugar 94.º, e em ambiente
macroeconómico está em 124.º, mas é na saúde e educação primária que ocupa a
melhor posição: 51.ª.
"Todos
estes aspetos considerados na estratégia reformista deste Governo e que tem
motivado um pacote de medidas reformadoras sem precedentes no país", lê-se
no comunicado governamental.
Outra
leitura é feita por Ulisses Correia e Silva, líder do principal partido da
oposição, o Movimento para a Democracia (MpD), que desvalorizou a subida de
"dois pontinhos" na tabela, reclamando melhores prestações, já que a
classificação revela "alguma falta de competitividade e oportunidade de
emprego no país".
"Cabo
Verde precisa de dar saltos se quer, realmente, fazer a sua economia ser
competitiva, exportar e atrair investimentos. Nós estamos numa posição baixa e
temos de dar saltos, não pequenos incrementos para fazer festa. Isto é motivo
de preocupação", disse.
Entre
2012 - quando foi avaliado pela primeira vez - e 2015, o país subiu 10 lugares,
mas Ulisses Correia e Silva afirmou que o país deveria dar altos de 20 a 30
posições para poder estar em condições de competir no mundo.
Para
o líder do MpD, o Governo "é o grande obstáculo à economia do país",
fazendo com que Cabo Verde tenha uma classificação baixa, principalmente nos fatores
como a competitividade fiscal, o acesso ao crédito e eficiência administrativa.
O
índice mundial de competitividade é liderado pela Suíça, seguida de Singapura e
dos Estados Unidos.
RYPE
// EL
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