Alto
responsável da Antex lamenta o tratamento que tem sido dado aos cubanos.
Os
profissionais cubanos em Angola estão “desiludidos” com o tratamento que têm
recebido no país, confessou um alto responsável da Antex
em declarações ao semanário português Expresso.
“Depois
do que fizemos pelo país, estamos desiludidos com os angolanos”, disse, sob
anonimato, o profissional daquela empresa responsável pela cooperação cubana.
Num
texto intitulado A Baía das Sombras, o semanário faz um retrato do
actual estado do país, falando da crise económica e das implicações que isso
poderá trazer para uma crise social e política.
A
saída dos profissionais cubanos de Angola tem sido um tema delicado, tendo
forçado o governo a aprovar um crédito de USD 53,3 milhões em Agosto para
o pagamento de contratos com a empresa Antex.
Segundo
aquele semanário, os médicos e professores, em serviço no interior do país,
saem de Angola com o pretexto de irem de férias e não regressam por alegada
falta de pagamento dos serviços.
Uma
fonte garantiu ao semanário Nova Gazeta que as primeiras dificuldades
começaram a ser sentidas em 2013, mas agravaram-se no final do ano passado com
a quebra das receitas com a exportação de petróleo, que terá levado o
governo a atrasar o pagamento de USD 300 milhões pelos serviços de mais de
quatro mil profissionais na saúde e educação.
Enquanto
isso, crianças estão em risco nas zonas do interior do país por falta de
assistência médica e desidratação. “A situação começa a assumir proporções
dramáticas”, afirmou ao Expresso o médico J. Malanda, da clínica
Multiperfil.
O governo,
citado pela Lusa, diz que 42 por cento dos médicos e 70 por cento dos
profissionais de saúde no país são cubanos.
Rede
Angola – foto João Gomes/JAImagens
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