Na
carta aberta que escreve ao Presidente angolano, o deputado socialista diz a
José Eduardo dos Santos que, se libertar o ativista que está em greve de fome,
vai ganhar "prestígio e respeito, nacional e internacional de que bem
precisa".
João
Soares espera que o pedido seja atendido, mesmo partindo de um crítico do
presidente angolano: "É sabido que não tenho nenhuma simpatia pessoal pela
forma autocrática pela forma como em Angola as coisas têm sido conduzidas desde
há 40 anos. Sou insuspeito de cumplicidades com o regime e aquilo que peço ao
Presidente José Eduardo dos Santos, que aliás tive oportunidade de conhecer e
com quem já estive por mais de uma vez, que faça aquilo que é elementar em
qualquer país é dar a liberdade a quem está em greve de fome, por uma questão
de respeito pelos mais elementares direitos humanos".
Na
carta que publicou no Facebook, João Soares diz que a morte de Luaty pode agora
acontecer a qualquer momento, o que será um "desastre irreversível para o
regime angolano". O deputado socialista diz que é a vida do ativista a
única coisa que o move.
"Eu
não quero fazer nenhuma espécie de considerações sobre as acusações que foram
feitas, que me parecem absurdas, mas isso é secundário. O que é importante é
que se possa dar um contributo para que uma vida que está em risco muito sério
se possa salvar. Quem conhece Angola sabe que essa decisão só pode ser tomada
por uma pessoa que é. É ele pode dizer 'ponham-no em liberdade ou ponham-no num
avião para Portugal devidamente assistido para que recupere e depois
eventualmente vir a ser julgado em Angola, se se entender que deve ser julgado",
sublinha.
Barbara
Baldaia com Artur Carvalho - TSF
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