Bastonário
dos médicos lamenta arquivamento de oito casos de mortes nas urgências
A
Inspeção-Geral das Atividades em Saúde arquivou os inquéritos por "não
haver matéria para processos disciplinares" e propôs "mudanças de
natureza administrativa".
O
bastonário da Ordem dos Médicos considerou esta quarta-feira lamentável que a
Inspeção-Geral das Atividades em Saúde não tenha instituído processos
disciplinares aos conselhos de administração dos hospitais na sequência das
mortes nas urgências no inverno passado.
José
Manuel Silva comentava, em declarações à agência Lusa, as notícias do
arquivamento dos oito inquéritos abertos após a morte de doentes que, no último
inverno, aguardaram muitas horas nos serviços de urgência hospitalares,
avançadas nas edições de hoje dos jornais Público e Correio da
Manhã.
Os
jornais adiantam que a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) arquivou
os inquéritos por "não haver matéria para processos disciplinares" e
propôs "mudanças de natureza administrativa".
Em
declarações à agência Lusa, o bastonário da Ordem dos Médicos lamentou que a
IGAS não tenha instituído processos disciplinares aos conselhos de
administração dos hospitais e aos diretores clínicos das instituições em causa
para avaliar responsabilidades.
"A
IGAS deveria ter avaliado as suas responsabilidades, que são objetivas nestas
situações, porque os conselhos de administração dos hospitais e as direções
clínicas não prepararam adequadamente os seus serviços de urgência para uma
situação que em todos os invernos é previsível: o aumento da procura dos
serviços de urgência e da necessidade de internamento", explicou.
José
Manuel Silva considerou também que o Ministério da Saúde deveria apresentar já
um plano de contingência para o próximo inverno.
Lusa,
em Diário de Notícias - Título PG
Sem comentários:
Enviar um comentário