O
candidato comunista à Presidência da República, Edgar Silva, defendeu hoje ser
"urgente reafirmar que há uma alternativa", a partir dos valores do
25 de Abril, ao que disse ser o aprofundamento das injustiça sociais e da
exploração.
Num
comício do Partido Comunista Português (PCP) no Instituto Superior de
Engenharia do Porto (ISEP), Edgar Silva disse que "depois de décadas de
governação em confronto com os valores de Abril, aprofundam-se as injustiças
sociais e a exploração e medram a corrupção e a concentração da riqueza".
Numa
frase que pontuou o discurso, o antigo padre realçou que "não foi para
isto que se fez Abril", sublinhando que o país "está a ser saqueado e
destruído pelos especuladores, e os responsáveis pela governação decretaram a
subordinação de Portugal aos mercados, a subserviência ao grande capital
estrangeiro, a subjugação aos especuladores e agiotas".
"Aqui
e agora, é urgente reafirmar que há uma alternativa. 'As portas que Abril
abriu' e a atualidade dos valores de Abril incorporam os valores basilares para
um outro rumo de desenvolvimento, para promover a busca de novos caminhos,
projetos e políticas alternativas", afirmou Edgar Silva.
Durante
um discurso de cerca de 15 minutos que antecedeu o do secretário-geral do PCP,
Jerónimo de Sousa, Edgar Silva repetiu que as suas linhas de atuação centram-se
"no fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa", na defesa
e aprofundamento do regime democrático, na defesa dos direitos, liberdades e
garantias dos trabalhadores, bem como dos direitos sociais.
O
candidato à Presidência da República afirmou que vai procurar, também,
"promover o crescimento económico e o desenvolvimento", "lutar
contra a exclusão social e pela erradicação da pobreza", "garantir
toda a prioridade às crianças e combater o crime da pobreza infantil",
"afirmar um Estado participado e descentralizado, no respeito pelo seu
caráter unitário", "atender à diáspora portuguesa" e
"defender a independência nacional".
"Aqui
me comprometo com políticas que recusem a submissão do país a ditames e
políticas atentatórias dos direitos e interesses do povo português e da
democracia", referiu Edgar Silva.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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