João
Oliveira reagiu em nome do PCP ao anúncio de Cavaco Silva, que deixou Passos
Coelho encarregue de procurar uma “solução governativa” para o país.
O
Presidente da República, Cavaco Silva, já falou ao país no pós-eleições,
declarando que encarregou Passos Coelho de procurar uma “solução de Governo”
que preserve a estabilidade política.
Em
nome do PCP, João Oliveira falou aos jornalistas a partir da Assembleia da
República, começando por salientar que “o Presidente está a ignorar que no
passado domingo houve eleições e o governo perdeu a sua maioria”. Na perspetiva
do PCP, Cavaco Silva está, deste modo, a “insistir na formação de um governo
com a mesma composição política que foi derrotada nas urnas”.
Nas
críticas apresentadas ao Presidente da República, o PCP considerou ainda que
Cavaco “está objetivamente a passar por cima de todos os partidos”, já que a
sua decisão foi tomada sem ter falado "com todas as forças
políticas".
Cavaco
Silva “patrocinou a manutenção do governo” e está a “insistir na perpetuação da
política que vinha sendo executada”, insistiu João Oliveira, acrescentando que
a decisão do chefe de Estado passa por um “compromisso para a formação de um
governo que deve respeitar a lógica de submissão externa”. Isto quando “aquilo
que os portugueses disseram é que não queriam” a continuação destas políticas,
defendeu o deputado comunista.
O
PCP referiu ainda estar à espera de saber se existe a “mesma perspetiva do PS
para interromper este ciclo de governação PSD/CDS”, já que a “estabilidade”
invocada por Cavaco Silva é algo que “tem de ser discutido mais a fundo”,
afirmou João Oliveira, argumentando que a estabilidade, na perspetiva do PCP,
diz respeito à “vida das pessoas”.
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