Elias
Samo Gudo, da AIM
Pemba (Moçambique) 09 Out (AIM) O Presidente tanzaniano, Jakaya Kikwete, disse esta sexta-feira na cidade de Pemba, capital da província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, que o povo está cansado de guerra, pelo que urge o diálogo para a restauração de uma paz efectiva no país.
Kikweti, que se encontra a efectuar uma visita de dois a Moçambique, com início na quinta-feira da semana corrente, proferiu estas declarações durante um comício realizado em Pemba, no qual foi o orador principal, na companhia do seu homólogo moçambicano e anfitrião, Filipe Nyusi.
O povo moçambicano está cansado de guerra. O povo moçambicano não quer guerra, mas sim o desenvolvimento. O povo também quer hospitais, escolas, estradas, desenvolvimento para que possa ter dinheiro nos bolsos, a juventude quer emprego e isto é que interessa, disse Kikweti, para de seguida receber uma grande salva de palmas dos presentes.
Por isso, disse que o povo e governo tanzaniano lamentam e ficam muito tristes quando assistem tentativas de minar a paz em Moçambique.
O estadista tanzaniano referia-se a recusa da Renamo em reconhecer os resultados das últimas eleições gerais e, por isso, exige a criação de autarquias provinciais nas seis províncias (Sofala, Manica, Tete, Zambézia, Nampula e Niassa) onde reclama vitória eleitoral, sob ameaça de tomar o poder à força.
Kikweti explicou que na quinta-feira, seu primeiro dia de visita a Moçambique, teve a oportunidade de ser recebido em audiência pela Presidente da Assembleia da República, o parlamento moçambicano, e os três partidos ali representados, nomeadamente a Frelimo, partido no poder e a Renamo e o MDM, o primeiro e segundo maiores partidos da oposição no país.
Durante a visita explicou aos deputados sobre a importância do seu papel para garantir a paz em Moçambique.
Se eles negarem a guerra, então não haverá guerra, vincou.
Falando dos benefícios da paz, e tomando Pemba como exemplo, afirmou o seu estágio de desenvolvimento desta urbe nada se compara com aquilo que era há 15 anos, quando teve a oportunidade de visitar aquela urbe na qualidade de ministro dos negócios estrangeiros para participar numa reunião entre a SADC e União Europeia.
Referiu que, na altura, a maioria das casas da cidade de Pemba eram feitas de macuti (um material tradicional de construção, consistindo em tiras de folhas de coqueiro espalmadas, utilizadas ainda hoje para cobertura de casas) algo que já não acontece porque as casas são feitas com material convencional.
Por isso, questionou aos presentes porque é que querem voltar para o lado errado?
Prosseguindo, lançou um apelo dirigido a todo o povo moçambicano para apoiar o Presidente da República no diálogo, para a busca de uma paz efectiva em Moçambique.
Quem dialoga não luta. Os que dialogam evitam que o país resvale para a guerra. Sua Excelência (Filipe Nyusi) estou do lado daqueles que te apoiam a continuar com o diálogo. Deus está do teu lado, rematou.
Falando sobre a cooperação económica entre os dois países, Kikweti manifestou a sua alegria pelo facto de estarem em curso de ambos os lados, tanzaniano e Moçambique, de estradas asfaltadas que dão acesso a Ponte da Unidade, uma infra-estrutura erguida sobre o rio Rovuma, que serve de fronteira natural entre os dois países.
Para a alegria dos presentes, Kikwete anunciou que foi acordado entre ambos os países, no primeiro dia da sua visita, a construção da segunda ponte sobre o rio Rovuma. A referida ponte será erguida na região de Namoto, distrito de Palma, em Cabo Delgado.
Ontem chegamos a um acordo e vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para que a ponte seja construída, para que as nossas populações possam se visitar e fazer tudo juntos, disse.
Nyusi, por seu turno, enalteceu a decisão do seu homólogo tanzaniano, que decidiu respeitar a Constituição do seu pais depois de cumprir o seu segundo e último mandato constitucional. Assim, a Tanzânia terá outro presidente a partir do dia 25 do mês corrente, data agendada para a realização de eleições presidenciais.
Parabéns Presidente Kikweti por ensinar que é preciso respeitar a lei.
Pemba (Moçambique) 09 Out (AIM) O Presidente tanzaniano, Jakaya Kikwete, disse esta sexta-feira na cidade de Pemba, capital da província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, que o povo está cansado de guerra, pelo que urge o diálogo para a restauração de uma paz efectiva no país.
Kikweti, que se encontra a efectuar uma visita de dois a Moçambique, com início na quinta-feira da semana corrente, proferiu estas declarações durante um comício realizado em Pemba, no qual foi o orador principal, na companhia do seu homólogo moçambicano e anfitrião, Filipe Nyusi.
O povo moçambicano está cansado de guerra. O povo moçambicano não quer guerra, mas sim o desenvolvimento. O povo também quer hospitais, escolas, estradas, desenvolvimento para que possa ter dinheiro nos bolsos, a juventude quer emprego e isto é que interessa, disse Kikweti, para de seguida receber uma grande salva de palmas dos presentes.
Por isso, disse que o povo e governo tanzaniano lamentam e ficam muito tristes quando assistem tentativas de minar a paz em Moçambique.
O estadista tanzaniano referia-se a recusa da Renamo em reconhecer os resultados das últimas eleições gerais e, por isso, exige a criação de autarquias provinciais nas seis províncias (Sofala, Manica, Tete, Zambézia, Nampula e Niassa) onde reclama vitória eleitoral, sob ameaça de tomar o poder à força.
Kikweti explicou que na quinta-feira, seu primeiro dia de visita a Moçambique, teve a oportunidade de ser recebido em audiência pela Presidente da Assembleia da República, o parlamento moçambicano, e os três partidos ali representados, nomeadamente a Frelimo, partido no poder e a Renamo e o MDM, o primeiro e segundo maiores partidos da oposição no país.
Durante a visita explicou aos deputados sobre a importância do seu papel para garantir a paz em Moçambique.
Se eles negarem a guerra, então não haverá guerra, vincou.
Falando dos benefícios da paz, e tomando Pemba como exemplo, afirmou o seu estágio de desenvolvimento desta urbe nada se compara com aquilo que era há 15 anos, quando teve a oportunidade de visitar aquela urbe na qualidade de ministro dos negócios estrangeiros para participar numa reunião entre a SADC e União Europeia.
Referiu que, na altura, a maioria das casas da cidade de Pemba eram feitas de macuti (um material tradicional de construção, consistindo em tiras de folhas de coqueiro espalmadas, utilizadas ainda hoje para cobertura de casas) algo que já não acontece porque as casas são feitas com material convencional.
Por isso, questionou aos presentes porque é que querem voltar para o lado errado?
Prosseguindo, lançou um apelo dirigido a todo o povo moçambicano para apoiar o Presidente da República no diálogo, para a busca de uma paz efectiva em Moçambique.
Quem dialoga não luta. Os que dialogam evitam que o país resvale para a guerra. Sua Excelência (Filipe Nyusi) estou do lado daqueles que te apoiam a continuar com o diálogo. Deus está do teu lado, rematou.
Falando sobre a cooperação económica entre os dois países, Kikweti manifestou a sua alegria pelo facto de estarem em curso de ambos os lados, tanzaniano e Moçambique, de estradas asfaltadas que dão acesso a Ponte da Unidade, uma infra-estrutura erguida sobre o rio Rovuma, que serve de fronteira natural entre os dois países.
Para a alegria dos presentes, Kikwete anunciou que foi acordado entre ambos os países, no primeiro dia da sua visita, a construção da segunda ponte sobre o rio Rovuma. A referida ponte será erguida na região de Namoto, distrito de Palma, em Cabo Delgado.
Ontem chegamos a um acordo e vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para que a ponte seja construída, para que as nossas populações possam se visitar e fazer tudo juntos, disse.
Nyusi, por seu turno, enalteceu a decisão do seu homólogo tanzaniano, que decidiu respeitar a Constituição do seu pais depois de cumprir o seu segundo e último mandato constitucional. Assim, a Tanzânia terá outro presidente a partir do dia 25 do mês corrente, data agendada para a realização de eleições presidenciais.
Parabéns Presidente Kikweti por ensinar que é preciso respeitar a lei.
(AIM) SG/
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