A
casa do líder da RENAMO, Afonso Dhlakama, na cidade da Beira, no centro de
Moçambique, foi invadida esta sexta-feira (09.10) pela polícia. Foram presos
guardas do maior partido de oposição. Há blindados na rua.
Depois
de quase duas semanas em local desconhecido, o presidente da Resistência
Nacional Moçambicana (RENAMO) reapareceu
novamente em público na quinta-feira (08.10), na serra da Gorongosa,
na província central de Sofala.
Afonso
Dhlakama viajou depois para a Beira, onde esta sexta-feira (09.10) era esperada
uma conferência de imprensa na sua residência no bairro das Palmeiras, pelas
09:00 locais.
A
essa hora, forças da Unidade de Intervenção Rápida (UIR) e Grupo Operativo Especial
(GOE) da polícia de Moçambique vedavam o acesso dos jornalistas ao perímetro da
casa de Dhlakama, que permanecia no seu interior, e evacuavam residências
vizinhas, avança a agência de notícias Lusa.
Vários
guardas do partido da oposição foram presos. "Um carro blindado recolheu
toda a guarda de Dhlakama. Os homens da RENAMO estão agora no interior do
blindado", de acordo com Arcénio Sebastião, correspondente da DW África
que se encontra no local.
Segundo
Ivone Soares, deputada da RENAMO que tem estado a acompanhar a situação, a
residência de Afonso Dhlakama está "cercada pelo exército".
No
local encontram-se também Lourenço do Rosário e Dom Dinis Sengulane, mediadores
das negociações entre o Governo moçambicano e a RENAMO. Já estiveram na casa do
líder da RENAMO.
Fontes
do partido da oposição dizem que "há interação entre o chefe de Estado,
Filipe Nyusi, que está em Pemba e Afonso Dhlakama".
A
polícia disparou tiros e lançou gás lacrimogéneo para afugentar a população, de
acordo com o correspondente da DW África.
Dhlakama
não era visto em público desde 25 de setembro, após um incidente com a sua comitiva
no distrito de Gondola, província de Manica. De acordo com o líder da oposição,
nesse dia a sua comitiva foi atacada pelas forças de defesa e segurança. Este
foi o segundo incidente com a sua caravana em menos de duas semanas.
Madalena
Sampaio / Arcénio Sebastião / Lusa – Deutsche Welle
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