O
Presidente da República continua hoje a ouvir os parceiros sociais, estando
agendadas audiências com a CGTP-IN, a UGT e o presidente do Conselho Económico
e Social, entre outras organizações
A
primeira audiência do chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, está agendada para
as 10:30 com a Associação das Empresas Familiares, seguindo-se às 12:00 um
encontro com o Fórum para a Competitividade.
À
tarde, pelas 15:00, o Presidente da República irá ouvir a CGTP-IN e, uma hora
depois, o presidente do Conselho Económico e Social. A última audiência do dia
está marcada para as 18:00, com a UGT.
O
Presidente da República começou na quinta-feira a ouvir os parceiros sociais,
dois dias depois da aprovação de uma moção de rejeição do programa do XX
Governo Constitucional, que, de acordo com a Constituição, implica a demissão
do executivo PSD/CDS-PP.
O
presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), António Saraiva,
considerou que os acordos entre PS, BE, PCP e PEV parecem querer "esvaziar
a concertação social" e ameaçar "alguma da estabilidade"
legislativa, fiscal e laboral.
O
presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, João Vieira
Lopes, defendeu uma solução governativa "que possa tomar decisões" e
disse que a CCP "não simpatiza muito" com governos de gestão.
Já
o presidente da Confederação dos Agricultores (CAP) defendeu a realização de
eleições legislativas antecipadas "o mais rapidamente possível",
considerando que o Presidente da República deve tomar uma "decisão
provisória" que permita esta solução.
Na
última audiência de quinta-feira, o presidente da Confederação do Turismo
Português, Francisco Calheiros, disse que para o setor o mais importante é
existir estabilidade, mas reconheceu que os empresários achariam "mais
natural" ter um Governo da coligação PSD/CDS-PP com o PS.
No
final do primeiro de audiências, a Presidência da República divulgou uma nota no
seu 'site' sobre os encontros que o Presidente da República teve hoje com as
confederações patronais.
"O
Presidente da República ouviu hoje as confederações patronais (CIP, CCP, CAP e
CTP) sobre as perspetivas económicas e sociais do País, no quadro da rejeição,
pela Assembleia da República, do Programa do XX Governo Constitucional e sobre
as orientações de política económica e social consideradas essenciais para que
Portugal mantenha, no futuro, uma trajetória de crescimento da produção e da
criação de emprego", lê-se na nota.
A
moção de rejeição do PS ao Programa do XX Governo Constitucional foi aprovada
na terça-feira com 123 votos favoráveis de socialistas, BE, PCP, PEV e PAN e
teve 107 votos contra provenientes da totalidade dos deputados das bancadas do
PSD e do CDS-PP.
Na
quarta-feira, o chefe de Estado já tinha recebido o presidente da Assembleia da
República que considerou que o prolongamento da atual situação política seria
mau para o país. Ferro Rodrigues, sublinhou, contudo, que é Cavaco Silva que
tem "a decisão e os tempos da decisão" nas mãos.
Também
na quarta-feira, o Presidente da República recebeu o primeiro-ministro para
habitual reunião semanal.
SMA/VAM
// JPS - Lusa
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