Putin
garante que deu exemplos de "pessoas identificáveis" que contribuem
para o financiamento dos terroristas
O
Presidente russo, Vladimir Putin, declarou na segunda-feira que pelo menos 40
países financiam o grupo autointitulado Estado Islâmico, entre os quais alguns
membros do G20.
"O
financiamento, como sabemos, provém de 40 países, entre eles vários países do
G20", disse Putin numa conferência de imprensa, na segunda-feira, na
cidade turca de Anatólia.
Putin
sublinhou que durante a reunião da cimeira do G20 que decorreu na Turquia deu
vários exemplos sobre "o financiamento a várias unidades do Estado
Islâmico por pessoas identificáveis".
Sobre
o mesmo assunto, frisou que durante a cimeira foi abordada a necessidade de se
cumprir a resolução sobre prevenção ao financiamento do terrorismo adotada pelo
Conselho de Segurança das Nações Unidas, por iniciativa da Rússia.
Putin
revelou que apresentou, durante a cimeira, imagens captadas por aviões espiões
em que se "mostra claramente a magnitude que atinge o tráfico ilegal de
petróleo" por parte do Estado Islâmico.
"As
imagens mostram as colunas de camiões cisterna que se estendem por dezenas de
quilómetros", assinalou referindo-se ao tráfico de crude que financia o
califado.
Putin
disse que depois de terem negado cooperação à Rússia na luta contra o
extremismo na Síria, todos os países, incluindo os Estados Unidos, estão agora
a tomar consciência de que o terrorismo só se pode combater com o envolvimento
de todos os países.
"Os
trágicos acontecimentos" ocorridos em Paris "confirmam que temos
razão" ao propor uma coligação antiterrorista internacional, acrescentou
Putin.
Sendo
assim, pediu para que se deixe de discutir a eficácia da operação aérea russa
contra as posições do Estado Islâmico na Síria e a reunir esforços contra o
terrorismo, em concreto para prevenir os atentados em todo o mundo.
"Lamentavelmente,
ninguém está a salvo dos atentados terroristas. Por exemplo, a França estava
entre os países que mantinham uma postura muito firme contra o presidente, Bashar
al Assad", afirmou.
"Isto
salvou Paris dos ataques terroristas? Não" acrescentou o chefe de Estado
russo.
"Parte
da oposição armada síria considera possível iniciar ações armadas contra o
Estado Islâmico caso sejam apoiados pela Força Aérea e nós estamos dispostos a
prestar-lhes apoio", disse.
Diário
de Notícias - Foto EPA / Uri Cochetkov
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