As
autoridades detetaram, este ano, 90 tipos de medicamentos falsos ou fora de
prazo em mercados formais e informais. A fim de combater o extravio de
medicamentos do serviço público, o Governo investe num novo mecanismo.
Em
Moçambique entram medicamentos falsos ou fora de prazo através de agentes
privados. Só este ano, foram detetados 90 tipos desses medicamentos em mercados
formais e informais, segundo o Ministério da Saúde.
As autoridades estimam ainda que cerca de 10% dos medicamentos do Serviço Nacional de Saúde terão sido desviados. A onda de roubos e desvio de medicamentos levou ao encerramento de duas farmácias e aplicaram multas a outras 24.
A fim de combater o problema, o Ministério da Saúde prevê a instalação de centros farmacêuticos em todas as capitais provinciais para registo e inspeção dos medicamentos do Serviço Nacional de Saúde. Além disso, será também apetrechado um laboratório em Maputo, a fim de controlar a qualidade dos fármacos.
As autoridades estimam ainda que cerca de 10% dos medicamentos do Serviço Nacional de Saúde terão sido desviados. A onda de roubos e desvio de medicamentos levou ao encerramento de duas farmácias e aplicaram multas a outras 24.
A fim de combater o problema, o Ministério da Saúde prevê a instalação de centros farmacêuticos em todas as capitais provinciais para registo e inspeção dos medicamentos do Serviço Nacional de Saúde. Além disso, será também apetrechado um laboratório em Maputo, a fim de controlar a qualidade dos fármacos.
A
partir de janeiro de 2016, todos os medicamentos importados pelo Ministério da
Saúde de Moçambique vão trazer consigo um número de identificação. Trata-se de
um dispositivo que permite saber o local e a data do desvio, caso os
medicamentos sejam encontrados em mercados informais e farmácias privadas. A
medida foi anunciada num encontro promovido, na semana passada, pelo Ministério
da Saúde na Beira, capital da província central de Sofala.
Denuncie!
António
Hassane, diretor-geral da central de medicamentos do Ministério da Saúde de
Moçambique, pede que a comunidade denuncie locais com a venda desses remédios.
“Estamos
a trabalhar com muito afinco para atacar a nível de mercados informais; e
estamos a ver que este ano houve redução de desvio [de medicamentos], mas
reconhecemos que é preciso trabalhar muito mais, envolver mais gente [no
processo]”, esclarece Hassane.
Anualmente,
o Governo moçambicano adquire grandes quantidades de medicamentos. Mas devido a
problemas de má gestão e desvio de medicamentos, estes nem sempre estão
disponíveis para os pacientes, explica o vice-ministro da Saúde, Mouzinho
Saide.
“No
domínio de medicamento, o Ministério da Saúde tem responsabilidades nas áreas
de regulamentação e de logística. Nestes domínios, temos que melhorar. Ainda
temos problemas de roubo de medicamentos”, explica Saide.
Remédio
vencido
Mouzinho
Saide reconhece que em Moçambique ainda são adquiridos medicamentos com baixa
qualidade, disponibilizados por algumas empresas fornecedoras: “ Temos
problemas de má gestão de medicamentos dentro dos nossos armazéns e, por isso,
muitas vezes temos medicamentos expirados.”
Nos
últimos anos, têm sido frequentes queixas de pacientes que procuram e não
encontram medicamentos nos hospitais públicos. Razão pela qual o Ministério da
Saúde adoptou um sistema de administração de medicamentos alternativos, como
penicilina e amoxicilina para curar pneumonia.
Arcênio
Sebastiao (Beira) / Lusa – Deutsche Welle
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