Mário Motta, Lisboa
Está
a acontecer corrida ao Banif para obter esclarecimentos e/ou levantar o máximo
possível de dinheiro que os clientes têm nas contas. Na Madeira é a invasão, no
continente tudo se esbate por existirem várias agências ao longo do país. No
entanto os trafulhas dizem que tudo está bem. “O banco tem liquidez”, disse o patrão do Banif, ainda
ontem.
Se
o banco tem liquidez porque vem o governador do Banco de Portugal declarar que o
“Banco de Portugal está a garantir "segurança dos depósitos"? Este não
é filme já visto em que quem paga são os portugueses? O Zé Trolha, o jovem
desempregado, o avô ou avó que tiram dos medicamentos, da boca, das despesas da
casa com água, eletricidade, gás, etc, para proporcionar um mínimo de condições
aos netos e aos filhos que lhe caíram lá em casa por via do desemprego? Pois.
Mas aos banqueiros quem paga é o povinho. Onde foi que já vimos este filme? Basta de causar miséria sempre aos mesmos. Não há dinheiro para nada que alivie a canga aos que estão na miséria mas para os banqueiros salafrários e para os políticos seus cúmplices já há. Aos milhares de milhões.
Por uma vez, tenham vergonha!
Vem
o PCP dizer, sobre o Banif, que “recusa alarmismos e defende solução que
protege depositantes”. Muito bem. E isso quanto é que vai custar? Já agora:
quando é que vimos estes administradores, gestores, negociantes dos produtos tóxicos,
banqueiros, serem incriminados, julgados, condenados e presos?
É
que enquanto os responsáveis não caírem nas prisões o forrobodó não vai parar. O
povinho paga e a impunidade das elites da alta finança e da política salta aos
olhos dos pagantes. Quem paga são sempre os mesmos, os otários, os
permanentemente roubados.
Basta!
Prisão com eles!
MM
/ PG
Clientes
enchem agências do Banif na Madeira
O
balcão da sede do Banif, no Funchal, encontra-se nesta altura cheio de
clientes, que procuram esclarecimentos, depois das notícias que deram conta de
que o Estado está a estudar a aplicação de uma medida de resolução naquele
banco.
Esta
manhã, antes da abertura, formaram-se filas à porta das agências, pelo menos no
Funchal, em Santa Cruz (zona lesta) e na Ribeira Brava (zona oeste), mas não
foi implementada nenhuma medida de reforço da segurança e não se registou
qualquer desordem.
Vários
clientes entraram com a intenção de levantar o dinheiro, mas saíram sem o fazer
e com a garantia de que as contas estavam seguras.
José
Chaves, cliente do Banif há 35 anos, disse aos jornalistas, à porta do balcão
da sede, que foi devidamente esclarecido e não fez nenhum levantamento, apenas
"umas transferências internas".
Por
outro lado, revelou estar tranquilo, mas realçou que "as pessoas estão
escaldadas depois do BES", sublinhando que "quando estas coisas
começam, nunca sabemos como acabam".
Um
casal de antigos emigrantes madeirenses na África do Sul, que não quis revelar
os nomes, saiu um pouco enervado, mas optou por não movimentar os 300 mil euros
de depósitos e aplicações. "Só levantámos um bocadinho para passar o
Natal", disse a senhora.
Durante
a manhã, as agências do Funchal mantiveram-se sempre repletas de clientes, um
cenário que se repete pelo segundo dia consecutivo. Muitos optam por retirar a
senha e voltar mais tarde.
Entretanto,
o presidente executivo do Banif, Jorge Tomé, sublinhou na segunda-feira à noite
que o banco conta com uma posição de "liquidez confortável",
garantindo que "os depositantes e contribuintes podem estar
descansados".
Em
entrevista à RTP-Madeira, Jorge Tomé assegurou que a negociação para a venda da
instituição está a "correr muito bem", recordando que este é um
processo "estruturado" e avançando que há seis investidores
internacionais a analisar a situação do banco.
O
banqueiro admitiu que a notícia de um eventual encerramento veio
"perturbar todo um processo estruturado que está em curso, em que a
posição do Estado está a ser vendida".
As
ações do Banif perderam na segunda-feira mais de 40% na bolsa de Lisboa e hoje
estavam a recuar 12,5% na abertura das transações no mercado, um dia depois das
notícias de que o Governo está a tentar encontrar uma solução para o banco
ainda esta semana.
O
Banco tinha, no final de setembro, cerca de 1.700 trabalhadores em Portugal.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
Banco
de Portugal está a garantir "segurança dos depósitos" no Banif
Regulador
do sistema financeiro português assegura que está “a acompanhar a situação” do
banco madeirense.
Depois
do Ministério das Finanças e da CMVM, o Banco de Portugal emitiu finalmente uma
declaração oficial sobre as notícias avançadas pela TVI que apontam para uma
possível separação do Banif em banco ‘bom’ e banco ‘mau’.
Em
comunicado disponibilizado no site oficial, o regulador do sistema financeiro
português revelou que está “a acompanhar a situação do Banif, garantindo, como
é da sua competência, a estabilidade do sistema financeiro, bem como a
segurança dos depósitos”.
A
instituição liderada por Carlos Costa está a trabalhar “em articulação com o
Ministério das Finanças”, atuando “dentro dos seus poderes e competências
enquanto Autoridade integrada no Mecanismo Único de Supervisão europeu”.
O
Banco de Portugal voltou a assegurar que “o plano de reestruturação do Banif
está a ser analisado pela Comissão Europeia”, lembrando que “em paralelo está a
decorrer um processo de venda internacional da instituição financeira conduzido
pelo Conselho de Administração”.
Notícias
ao Minuto
Banif:
PCP recusa alarmismos e defende solução que protege depositantes
O
secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, disse hoje não acompanhar "o
alarmismo" sobre a situação do Banif mas defendeu que é preciso encontrar
uma solução que defenda os interesses nacionais e os depositantes.
"Não
acompanhando este alarmismo, pensando nos interesses nacionais e depositantes
creio que é necessário encontrar uma solução. Mas insisto nesta ideia, sem um
controlo público, hoje é mais um caso, já existiram outros e outros
existirão", afirmou Jerónimo de Sousa.
O
secretário-geral comunista lembrou que a preocupação do PCP com a situação do
Banif "não é de hoje" e que já tinha questionado o
ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, em três debates quinzenais, sobre
"os dinheiros públicos que poderiam estar em causa" no banco.
"Lembro-me
da resposta de Passos Coelho que dizia que estamos a investir e é dinheiro
garantido porque até ganha juros. Esta foi a resposta. E hoje Passos Coelho
está calado", sublinhou o secretário-geral do PCP, que falava aos
jornalistas à margem de uma visita ao Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
Para
Jerónimo de Sousa, "independentemente da solução que possa ser
encontrada", a situação do Banif "demonstra a necessidade do controlo
público da banca para evitar que se assista mais uma vez a uma sangria de
dinheiros públicos para acudir aos desmandos e aos erros da gestão dos
banqueiros".
A
TVI e o Público noticiaram que o Estado está a estudar a aplicação de uma
medida de resolução na instituição financeira e que poderá haver uma decisão
ainda esta semana.
Essas
informações levaram o Ministério das Finanças a publicar uma nota, ao início da
madrugada de hoje, a afirmar que está a acompanhar a situação do Banif,
nomeadamente a tentativa de venda do banco a um investidor estratégico e a
garantir que irá proteger os depositantes.
Já
o Banif emitiu, pela sua parte, um comunicado ao mercado a dizer que qualquer
cenário de resolução ou imposição de uma medida administrativa não tem
"sentido ou fundamento", após a divulgação de notícias que dão conta de
que o Estado se prepara para intervir no banco.
Na
segunda-feira à noite, o presidente executivo do Banif, Jorge Tomé, sublinhou
que o banco conta com uma posição de "liquidez confortável",
garantindo que "os depositantes e contribuintes podem estar
descansados".
Em
entrevista à RTP-Madeira, Jorge Tomé classificou de "disparate
perfeito" um cenário de encerramento do banco, transmitindo uma mensagem
de confiança aos depositantes da instituição.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
Leia
mais em Notícias ao Minuto
Sem comentários:
Enviar um comentário