Concluído
o último encontro de trabalho no programa de visita do Primeiro-Ministro de São
Tomé e Príncipe, Patrice Trovoada, a Cabo Verde e assinado o Comunicado Comum
referente a estes dois dias de trabalho entre as duas delegações
governamentais, ficou assente o entendimento para a institucionalização de uma
Cimeira bianual entre os dois Governos, para além do reforço do entendimento
para a abertura, já no início do próximo ano, das embaixadas de Cabo Verde em
São Tomé e Príncipe, mas também o compromisso de Cabo Verde em apoiar uma maior
aproximação de São Tomé e Príncipe da CEDEAO.
São
Tomé e Príncipe, adentro da sua estratégia de alargamento das suas relações das
com o resto do continente africano, procura reforçar as parcerias com a CEDEAO
e solicita “os bons ofícios” de Cabo Verde enquanto membro da CEDEAO, no
sentido de facilitar a concretização desse objetivo. O pedido foi imediatamente
aceite pelo Chefe do Governo de Cabo Verde”, lê-se no comunicado final.Mais uma
vez, agora por escrito, as duas partes comprometeram-se a institucionalizar um
Cimeira bianual, como “Mecanismo de Consultas Bilaterais, ao mais alto nível,
com o objectivo de dar maior ímpeto Às relações bilaterais entre os dois
países.
Esta
visita terá servido ainda para pôr em perspectiva os acordos já assinados e ou
concordados e rever formas para o seu reforço ou materialização em áreas como
“as pescas, agricultura, segurança social, formação, saúde e promover ações de
desenvolvimento conjunto, nomeadamente, nos sectores da economia marítima,
mobilização e gestão de água, turismo, reforma do estado, que inclui, a
governação eletrónica, a administração pública e tributária, serviços
financeiros, aviação civil, entre outras áreas de interesse mútuo”.
“Cabo
Verde comprometeu-se a enviar uma delegação técnica interministerial integrada
por técnicos do Ministério do Desenvolvimento Rural, do Ministério das
Comunidades, da Policia Judiciária e dos Serviços de Informação da República
para conjuntamente com as instituições homólogas de São Tomé e Príncipe
identificarem formas e vias de acelerar a implementação do acordado entre as
partes”, refere o comunicado final.
Sublinhada
ainda a vontade dos dois países em aproveitar todos os canais de reforço da sua
cooperação e aproximação com outros membros dos blocos onde estejam inseridos,
nomeadamente os Pequenos Estados Insulares africanos, e não só.
Aqui,
as preocupações com os efeitos das alterações climáticas, os seus efeitos
nesses países bem como medidas e soluções preventivas dão o mote.
Os
dois países querem aproveitar ainda as possibilidades que se abrem para a sua
cooperação no âmbito da CPLP, e sublinham “a necessidade de acelerar o processo
de adoção da nova visão estratégica da CPLP”.
As
duas partes querem ver incrementadas, “de forma significativa e sistematizada,
visitas, trocas de experiências e de informações, em particular, em aspetos
relevantes da política externa” no seio bilateral e da CPLP, assim também como
nos planos regional e multilateral, “particularmente no quadro do Fórum PALOP,
da CPLP, da União Africana e das Nações Unidas”.
A
Nação
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