Diário
alemão “Die Welt“, afirma que número de imigrantes ilegais no bloco europeu em
2015 é o mais alto em 28 anos chegando 1,28 milhão
Correio do Brasil, com agências internacionais – de Berlim/Bruxelas
O
jornal alemão Die Welt, publicou nesta segunda-feira uma reportagem que
afirma que 1,28 milhão de pessoas cruzaram ilegalmente as fronteiras da União
Europeia entre janeiro e novembro de 2015.
O
jornal cita um relatório da Comissão Europeia, que deverá ser divulgado nesta
terça-feira, onde consta que, nos últimos 11 meses, a imigração ilegal atingiu
o nível mais alto em 28 anos. O estudo registra um aumento significativo em
relação ao período de 2009 a 2014, quando foram contabilizadas 813 mil entradas
ilegais.
Segundo Die
Welt, o relatório da Comissão Europeia pede maior eficiência no gerenciamento
das fronteiras externas da EU e alerta que a estratégia em vigor “se provou
totalmente insuficiente para garantir a segurança efetiva e integrada de nossas
fronteiras”.
O
documento alerta para as centenas de milhares de refugiados que conseguiram
entrar ilegalmente no bloco europeu sem serem identificados, registrados e sem
passar por verificações de segurança.
A
Comissão Europeia adverte que a crise migratória ameaça o futuro do acordo de
Schengen, que eliminou os controles nas fronteiras entre os países do bloco
europeu, e conclama os líderes europeus a garantir “uma política comum e
fortalecida para assegurar as fronteiras externas, com base nos princípios da
responsabilidade comum compartilhada”.
IFW
prevê aumento do desemprego na Alemanha
Também
nesta segunda-feira, o jornal alemão Bild sugeriu que, até 2017, o
fluxo migratório poderá aumentar em 376 mil o número de pessoas registradas
como desempregados na Alemanha.
A
reportagem, baseada em dados do instituto econômico IFW, da cidade alemã de
Kiel, afirma que apenas 94 mil destes terão a possibilidade de conseguir
trabalho em tempo integral.
O
IFW prevê que a Alemanha deverá receber um total de 1,1 milhão de refugiados em
2015, e mais um milhão em 2016 e 2017. Destes, em torno de 600 mil poderão
chegar à condição de requerente de asilo, o que lhes permitiria permanecer no
país.
O
jornal afirma que, apesar de 470 mil desse total estarem em idade ativa, a
maioria irá enfrentar dificuldades para encontrar trabalho permanente.
Bélgica
e ONU
A
Comissão Europeia (CE) e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os
Refugiados (Acnur) lançaram nesta segunda-feira um plano de ação que
permitirá receber mais 20 mil pessoas candidatas a asilo e recolocação na
Grécia, por
meio de acolhimento no setor privado.
Com
uma contribuição de 80 milhões de euros, do orçamento comunitário de 2016, as
duas instituições formalizaram o compromisso assumido durante a cúpula dos
líderes dos Balcãs ocidentais, que ocorreu em outubro, em Bruxelas.
A
comissária europeia para o Orçamento e os Recursos Humanos, Kristalina
Georgieva, garantiu que esse novo processo possibilitará um “abrigo adequado”,
lembrando que apesar de ser um apoio temporário, a Bélgica continua a trabalhar
nas soluções de longo prazo.
O
representante do Acnur Okoth-Obbo disse que o plano para responder à crise dos
refugiados precisa de uma solução de emergência.
Com
a contribuição monetária da comissão, o Acnur vai garantir 20 mil lugares na
Grécia, por meio de programas de subsídios de renda e acolhimento por famílias.
Entre
2015 e 2016, o financiamento total da União Europeia para refugiados deve
chegar a 10 bilhões de euros. A Grécia tem sido um dos Estados-Membros a
receber mais refugiados, registrando mais de 790 mil chegadas até 10 de
dezembro.
As
autoridades gregas comprometeram-se a criar os chamados hotspots, equipes
de gestão e registro de refugiados, nas ilhas de Lesbos, Kos, Leros, Chios e
Samos.
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