João
Dias – Jornal de Angola
Isaías
Samakuva, líder da UNITA, maior partido da oposição, aspira ao poder para
efectivar o seu projecto de sociedade. Em entrevista ao Jornal de Angola, fala
do que pensa sobre a realidade socio-política e económica do país e responde às
críticas que lhe são feitas.
Samakuva
acredita no processo de diversificação económica e concorda com o apelo lançado
pelo Presidente da República na mensagem do final de ano, mas propõe uma nova
abordagem e uma metodologia para que os resultados sejam atingidos.
Samakuva reafirma uma convicção na força transformadora da paz e no valor do diálogo, propondo-o como fórmula para os jovens que reclamam direitos, que devem continuar a ser ouvidos para se compreender a essência das suas inquietações.
Jornal de Angola – A paz é uma das grandes divisas conseguidas pelo povo angolano há 13 anos. O que representa para si este inestimável bem?
Isaías Samakuva – A paz é um elemento fundamental para a realização daquilo que pode ser útil para o cidadão. Há necessidade de promover a conservação da paz e esta é uma questão que tem de ser sempre tida em atenção. Mas é fundamental considerar que a paz não é apenas a ausência da guerra. A paz é o emprego mas é também a capacidade que a pessoa tem de resolver os seus problemas mínimos. Caso contrário, vive permanentemente preocupada e na aflição. Nestas circunstâncias, devo dizer, não há paz. A paz deve se traduzir na capacidade de se materializar as aspirações básicas do dia-a-dia.
Jornal de Angola – Acusam-no de uma clara e insofismável falta de sentido de Estado, pois tende a levar assuntos do país para o exterior. Como tem encarado isso?
Isaías Samakuva – Tenho lido e ouvido acusações do género e muitas vezes acho-as interessantes. Porém, chego à conclusão que essas acusações só podem vir de pessoas que ou são à partida meus detractores ou ignoram o facto de Angola ser hoje parte do concerto das nações. É ingenuidade pensar que o que fazemos aqui não é conhecido no mundo. Temos aqui embaixadas e muita gente que se movimenta, escreve e tira imagens que leva para fora. É quase “tapar o sol com a peneira” calarmo-nos quando as situações que reportamos realmente existem. O que dizemos aqui dentro chega lá fora e o que dizemos lá fora chega cá dentro. Por isso, considero essas acusações fortuitas, porque elas não têm nada de especial. O nosso discurso é o mesmo aqui e lá fora. Não creio que estejamos a lavar roupa suja lá fora. Se alguém sabe que o que estamos a fazer é sujo, o melhor é não fazer, pois uma vez feito, passa a ser conhecido lá fora. Estou confortável em relação a este aspecto. Os próprios governantes tratam de questões do país lá fora, igualmente. Onde está a diferença?
Jornal de Angola – A diferença está provavelmente no facto de o senhor levar para fora apenas as coisas negativas e dificilmente mencionar as realizações positivas que ocorrem no país?
Isaías Samakuva – Não há nada que eu tenha levado para fora que nunca tenha sido dito aqui no país. A única questão é que aquilo que digo aqui dentro é de alguma forma abafado. Levantamos situações negativas e de uma forma geral levantamo-las para chamar a atenção, como críticas positivas, a ver se conseguimos parar com estas situações, mas ninguém as menciona. Elas são levadas ao conhecimento mas morrem ali. É, como se costuma dizer, “morrem no deserto”. O problema é que de uma forma geral, as pessoas gostariam de não ouvir aquilo que fazem de negativo. Isto é o que incomoda.
Jornal de Angola – Está agora no quarto mandato como líder do seu partido. Está confortável com esta caminhada política e o que representam para si os valores da democracia e as maiorias absolutas?
Isaías Samakuva – Sinto-me confortável estando no quarto mandato na direcção do meu partido, porque não violei nem normas partidárias nem normas nacionais ou internacionais. Agradeço-lhe por ter levantado esta questão porque na verdade sinto que há uma deturpação de conceitos e muita gente agarrou-se a estes conceitos e confunde as coisas, quando na realidade a democracia é acima de tudo, tal como a própria palavra significa, o poder do povo para o povo e tem características que constituem o seu significado. A democracia traduz o cumprimento de normas, reflecte o Estado de Direito, envolve a participação dos cidadãos, o respeito pelos direitos humanos e obriga-se à separação de poderes. Nos partidos políticos, ao contrário do que acontece no Governo, não há limitação de mandatos. Se for a fazer a sua pesquisa vai encontrar que todos os estatutos dos partidos estão sem quaisquer cláusulas de limitações de poderes.
Jornal de Angola – É reconfortante haver exemplos desse género pelo mundo fora fundamentalmente para justificar uma posição muito criticada?
Isaías Samakuva – Não vejo por que razão para um europeu tal não representa problema algum e os problemas surgem quando tal acontece com um africano. Se o partido tivesse uma cláusula que limitasse o mandato, naturalmente essa cláusula seria cumprida. Mas deixe-me que, para este contexto, mencione alguns exemplos. A chanceler alemã Angela Merkel está no seu 15.º ano como presidente do Partido Democrata Cristão Alemão (CDU) e no terceiro mandato como chanceler. Outro exemplo é do presidente Lula que esteve quatro mandatos à frente do seu partido até vencer as eleições. A Alemanha tem outro caso, que é o de Helmut Kohl, que esteve à frente do seu partido durante 16 anos e na Inglaterra o caso de Margareth Tatcher que esteve três mandatos na direcção do seu partido.
Jornal de Angola – A componente ética não é aqui chamada?
Isaías Samakuva – Pergunto-me porquê apelar à questão ético-moral? Eu não me impus. Curiosamente, desde o primeiro mandato, tenho passado pelas eleições com uma maioria significativa. Outros há que dizem: “perdeu as eleições gerais e agora devia deixar a cadeira”. Quando perdi as eleições em 2008, apresentei a minha demissão numa reunião do comité permanente. Mas ao invés de aceitarem a minha demissão, sai dessa reunião com grande apoio. Estou completamente à vontade. Porém, temos limites fisiológicos e acho que aqueles que pensam que Samakuva quer estar à frente da UNITA até morrer enganam-se. Só se morrer agora. Mas se Deus me der mais uns dez anos, neste período não estarei certamente à frente da UNITA.
Jornal de Angola – Esta é uma tentativa de enviar um sinal de que é um líder que segue à risca um dos princípios que pretende subordinar a política à ética?
Isaías Samakuva – Absolutamente. Mas como a ética coloca questões de violações do bem e do mal, deviam dizer-me onde é que violei a ética. Assim o debate seria outro.
Jornal de Angola – Que sinal a sua vitória no maior partido da oposição envia à juventude anggolana, que, quer queiramos quer não, passou a fazer alguma leitura dos tempos?
Isaías Samakuva – O que vejo é a juventude a aplaudir e a encorajar a minha vitória. Mas existirão aqueles que criticam a continuidade de Samakuva exactamente nos termos em que falamos aqui porque acham que estamos a violar normas democráticas. Mas digo: não ha violação de normas democráticas. A porção da juventude que me encorajou a continuar é significativa. Temos de saber que nunca encontraremos consensos na totalidade, mas vamos orientar-nos pela posição das maiorias. Tanto no partido como fora dele vejo isso.
Jornal de Angola – Uma das grandes matrizes do partido passa por caracterizar-se como um projecto de sociedade em si. Continua a reiterar isso e como pensa efectivá-lo, uma vez que este projecto já vai nos seus 50 anos?
Isaías Samakuva – A UNITA é um projecto de sociedade. Os princípios que enformam esse projecto são aqueles em que acreditamos e que fariam uma Angola diferente daquela em que estamos a viver. Dura quase 50 anos. Mas existem projectos que duraram muito mais tempo antes de poderem impor-se. A luta dos sul-africanos com o projecto de criarem uma África multirracial levou muito tempo. O facto deste projecto levar este tempo não significa que não seja válido. Hoje vemos que aqueles que rejeitavam a UNITA começam a abraçar os seus ideais porque acham que são os mais justos e os que mais se preocupam com a vida do cidadão. É uma questão de tempo.
Jornal de Angola – Enquanto líder do maior partido da oposição faz grande fé no processo de diversificação económica ou alinha pelo eixo dos cépticos?
Isaías Samakuva – Acredito nesse processo. Penso que a economia deve ser diversificada, mas já devia ter sido feito. Só não acredito que ela venha a acontecer da forma como está a ser teorizada presentemente. Fiquei, de certa forma, satisfeito ao saber que o senhor Presidente da República chegou também a esta conclusão. Estamos a falar da diversificação, mas ela não está acontecer. Ela nunca há-de acontecer só pelo facto de criarmos mais uns projectos agrícolas.
Não chega. Tanto mais que estes projectos estão a ser criados numa lógica de latifúndio, que mais uma vez pertencem a uma certa elite, que por sinal nem o faz com vista à diversificação económica mas visando os seus lucros. Pensamos que a diversificação deve ser feita. No sector minério, não podemos olhar apenas para o diamante ou para o petróleo, temos de olhar para o ouro, o fosfato, o cobre, o urânio, entre outros.
Jornal de Angola – O que propõe em concreto?
Isaías Samakuva – Proponho que as inteligências ou as mais-valias que temos no país sejam de facto utilizadas. Angola tem recursos humanos que poderiam ajudar significativamente o processo de diversificação económica, mas encontram vários obstáculos. É ainda difícil criar uma empresa dadas as dificuldades impostas pela burocracia e acesso ao crédito. Temos um banco de desenvolvimento que, penso, devia fazer mais. A burocracia deve diminuir. Esta é uma área que tem sido melhorada, mas que ainda não chega. Conheço países onde podem ser criadas empresas em uma ou duas horas. Além do que já mencionei, existem algumas questões políticas que também impedem que os angolanos possam participar com o seu saber e as suas energias na economia e na diversificação.
Jornal de Angola – Questões políticas, o que quer dizer exactamente?
Isaías Samakuva – Falo de questões políticas que acabam por ser mecanismos discriminatórios que impedem pessoas que não sejam do partido que sustenta o poder de desenvolver os seus projectos, não conseguindo também o apoio de bancos. Todo este conjunto de situações precisa de ser melhorado ou alterado. Sempre pensei que com a conquista da Independência fosse reduzir-se ao mínimo possível o sofrimento do povo, mas constato que na realidade depois da Independência esse sofrimento não só se mantém como se avoluma.
Jornal de Angola – Como avalia o contexto socio-político e económico que o país atravessa?
Isaías Samakuva – O actual contexto está difícil. Está difícil para aqueles que procuram envolver-se em projectos e que não conseguem e está também difícil para os que tinham projectos em marcha e que de um momento para outro se viram afectados pela chamada crise. Penso que é uma situação que ainda vai continuar por algum tempo. Mas acredito na capacidade realizadora dos angolanos e creio que é uma fase que vai passar. Há quem diga que talvez tenha sido melhor o emergir desta fase, pois parece que também está a ser uma escola. Oxalá tiremos sérias lições para evitar que situações do género venham a repetir-se no futuro.
Jornal de Angola – Sente que a forma como se posiciona na política distancia-se muito pouco da que foi a filosofia de Jonas Savimbi ou tem uma abordagem muito mais original e própria?
Isaías Samakuva – Não sei se é verdade dizer que me distancio muito pouco da filosofia do Dr. Jonas Savimbi. O que sei é que a linha política que a UNITA segue é aquela que foi traçada desde os primórdios da sua fundação, assente nos princípios do que chamamos Projecto de Muangai, que continua válido até hoje. É importante considerar que as épocas são completamente diferentes. O Dr. Savimbi dirigiu o partido num período de conflito armado. Nessa situação havia necessidade de se aplicar um determinado número de normas com algum rigor e força. Isto não pode ser feito agora numa fase de paz e em que buscamos a reconciliação e procuramos o diálogo com todas as franjas da sociedade. Não faz sentido aplicarmos a metodologia daquela época quando buscamos a harmonia e uma convivência pacífica. Aqui o discurso tem de ser diferente daquele que se utilizava na época passada. Temos de ter em consideração a época que vivemos, os objectivos que pretendemos atingir.
Jornal de Angola – Se a UNITA fosse convidada a formar uma frente única para o pleito de 2017 estaria receptiva e favorável ao “ecumenismo político”?
Isaías Samakuva – Não vamos esperar que sejamos convidados. Nós é que estamos a trabalhar no sentido de convidar os outros no futuro e vamos continuar. A UNITA tem convidado os outros partidos a ensaiar os primeiros passos para uma frente comum. Demos estes passos em 2004 quando tentámos criar uma plataforma, que, devo dizer, não foi bem sucedida. Em 2008, após as primeiras eleições em tempo de paz, voltámos a convidar os partidos com vista a atingir objectivos concretos, como foi no caso da elaboração da Constituição de 2010 e também da nova Lei Eleitoral. Porém, mesmo ali onde os objectivos eram claros, em determinada altura vimos que não foi alcançado como desejávamos. Continuamos com a cooperação com outros partidos com ou sem assento na Assembleia Nacional. Na política é a necessidade do momento que determina a acção.
Jornal de Angola – A Assembleia Nacional, à semelhança de outras instituições, representa o pilar da democracia. Sente que o papel para o qual foi criado ou existe está a ser bem cumprido?
Isaías Samakuva – Já manifestei a minha posição sobre o desempenho da Assembleia Nacional e devo dizer que não tem cumprido o seu verdadeiro papel. Acho que tem estado, de certo modo, a seguir a marcha do Executivo e não se tem projectado como um contra-poder. Por isso tenho estado a dizer que não existe ainda separação de poderes no país. Quero acreditar que à medida que o tempo passa os deputados assumam essa responsabilidade e revejam a maneira como funcionam. O Executivo terá sempre a tentação de rebocar a Assembleia Nacional. Dependerá dela própria manter a sua autonomia e saber que tem de haver uma interdependência . A Assembleia Nacional tem de saber que é um outro poder e que deve exercer esse poder como tal. Na minha opinião, isso não tem acontecido. A Assembleia Nacional devia manter a sua autoridade, enquanto um poder diferente do Poder Executivo.
Jornal de Angola – Com toda a franqueza, como vê o desempenho do Executivo?
Isaías Samakuva – Penso que o desempenho do Executivo explica a situação que vivemos. Se estiver satisfeito com a situação que estamos a viver poderá dizer que o desempenho do Executivo é bom, mas se o desempenho traduz aquilo que vemos na prática, aí já é outra questão. Estive a ver uma peça de televisão que retratava a degradação da estrada entre o Nzeto e o Soyo, uma situação vivida todos os dias há dez anos. Sempre que chove aquela estrada está assim, e trata-se do Soyo, que produz petróleo. O que diremos do desempenho do Executivo? Onde está? Existe? Já não falo do desempenho. Eu pergunto se existe? Vejamos o que se passa com o lixo e com a questão da água. Tenho denúncias de pessoal médico do Hospital Maria Pia que me dizem que a unidade de saúde não tem Raio X porque está avariado. A ser verdade, pergunto: o que falta, vontade política ou não existem condições de trabalho? O que falta aos meus compatriotas, muitos deles meus conhecidos e até com quem tenho boas relações. Como é que permitem situações dessa natureza?
Jornal de Angola – Tem apregoado o diálogo. O que diria para os jovens que tendem a usar fórmulas de protestos pouco ortodoxas ou mesmo até subversivas para se fazerem ouvir sempre que sentem os seus direitos ameaçados?
Isaías Samakuva – Acho que os homens deviam desenvolver cada vez mais capacidades para o diálogo. O diálogo deixa as pessoas conversarem, conhecerem-se e entenderem-se. Mesmo no dia-a-dia, quando temos apetência para o diálogo, empenhamo-nos para ouvir o outro. Ganhamos sempre alguma coisa e corrigimos mal entendidos. Os jovens não são maus. Só precisam de ser entendidos para que depois passem a entender os outros. Não existe outra fórmula senão o diálogo. Se por um lado este diálogo é abrangente a todas as faixas etárias e sectores da sociedade, por outro lado sinto que as gerações mais adultas precisam de entender os fenómenos da actualidade, o comportamento e as atitudes dos jovens. É preciso estreitar a distância que nos separa dos jovens. Eles são sempre irrequietos, radicais e procuram fórmulas mais rápidas para os seus objectivos. Por isso, precisamos antes de mais de entender esta maneira comportamental dos jovens para compreendermos o que fazem e a partir daí ouvi-los. Isto deve acontecer nas famílias, na comunidade e entre governantes e governados. Creio que se isso acontecer, evitaremos muitos problemas.
Jornal de Angola – Este novo ano traz um legado de dificuldades de 2015, mas é apesar de tudo um ano de pré-campanha. Que desafios espera enfrentar?
Isaías Samakuva – É um ano de pré-campanha com certeza e a UNITA precisa de mobilizar os angolanos para que acreditem no seu projecto. Ela precisa de dizer aos angolanos que percam o medo. Se tiverem medo o país não vai avançar para a mudança.
Jornal de Angola – É de facto o que quer dizer? Acha que estamos, nós os jovens angolanos, impregnados de medo?
Isaías Samakuva – Não todos, existem alguns que não seguem por este caminho. Mas a maioria está impregnada de medo, medo de dizer as verdades e até de escutá-las. É preciso alguma coragem na ordem e no sistema democrático estabelecido, o grande problema é que muitas vezes o sistema está estabelecido mas não se faz cumprir. É preciso que trabalhemos para que a juventude deixe de ter medo e para que o cidadão acredite que existem histórias contadas no passado quenão são verdadeiras. É preciso escutar mas também é preciso dialogar.
Jornal de Angola – Economia, emprego, classe média e ambiente. O que representam para si estas palavras para o contexto em que o nosso país se encontra?
Isaías Samakuva – Falar de economia é falar de desenvolvimento, tranquilidade, ambiente e falar também de política, mas é fundamental que nos sintamos estáveis, e quando digo estáveis falo numa banca que funcione de facto e onde não exista falta de “sistema”. Estabilidade é também saber que quando alguém acaba os estudos pode trabalhar e pode ter uma casa confortável para o seu nível. Para o nosso contexto, tudo isso precisa de ser reavaliado e reajustado para que nos sintamos num país verdadeiramente em paz e estável. Caso contrário, as palavras estarão despojadas do seu sentido real.
Jornal de Angola – A UNITA é o único partido da oposição que integra a Internacional Democrática do Centro. Que vantagens busca o seu partido ao filiar-se nesta organização?
Isaías Samakuva – Depois da guerra procurámos aliar-nos a outros partidos. Olhando para a nossa linha ideológica, achámos que estávamos com credenciais para estar na Internacional Democrática do Centro e na Internacional Socialista, mas nesta última já estava o MPLA com uma candidatura. A nossa ideia de pertencer a essa família política não teve sucesso. Aproximámo-nos da Internacional Democrática do Centro e fomos admitidos há 13 anos e conseguimos conquistar uma das vice-presidências da organização. No seio da organização damos a conhecer aos partidos de 92 países que pertencem a esta família política o que a UNITA faz para a promoção de valores e de princípios universalmente consagrados. Na última reunião, do México, falámos sobre a proliferação do terrorismo, do fundamentalismo e de questões climáticas. Devo dizer que a nossa presença tem sido positiva nessas reuniões e estamos certos que, embora se diga o contrário, procuramos elevar o nome do nosso país.
Foto:
Santos Pedro
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