"Houve
negociações, houve discussões, o sindicato optou pela greve, mas nós sempre
dissemos que estamos abertos para a discussão, acho que o sindicato também está
disponível para regressar à mesa que abandonaram e segunda-feira vamos
sentar-nos e vamos discutir", disse Patrice Trovoada, no seu regresso de
uma visita a Marrocos.
Desde
o dia 26 deste mês que o Sindicato dos Professores e Educadores de São Tomé e
Príncipe (SINPRESTEP) decretou uma paralisação em todos os centros de ensino do
país, que promete manter "por tempo indeterminado" enquanto não vir
satisfeitas as suas reivindicações.
Os
professores reivindicam a melhoria da sua "situação sócio económica
precária", a necessidade de "dignificação da classe docente" e
criticam a "falta de condições de trabalho".
"A
greve é um direito, a greve visa efetivamente defender os interesses
socioprofissionais de quem faz a greve, tomando em conta também o interesse da
economia nacional. Não sou eu quem o diz, é a lei que o determina. Por
conseguinte, vamos continuar a trabalhar, a negociar e vamos ver até onde
podemos chegar a um ponto de acordo", sublinhou o governante.
Durante
cerca de uma semana de paralisação, a que aderiram por pelo menos 90% dos
professores, governo e sindicato trocaram acusações, com o principal partido da
oposição, o Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido Social
democrata (MLSTP-PSD) a acusar o executivo de falta de capacidade para lidar
com as reivindicações dos professores.
"A
maior das nossas preocupações como Governo e a minha pessoalmente é com as
nossas crianças, a educação e o futuro que estamos a preparar para os jovens
são-tomenses. Estamos preocupados também como os professores, com a qualidade
do ensino, com as infraestruturas escolares", disse o primeiro-ministro
são-tomense.
MYB
// VM - Lusa
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