COMUNIDADE
INTERNACIONAL RECONHECE FALTA DE VONTADE AO DIÁLOGO PARA SOLUÇÃO DA CRISE
POLÍTICA GUINEENSE
O
representante do Secretário-Geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, Miguel
Trovoada reconheceu esta sexta-feira, 29 de Janeiro 2016, que não há sinal de
uma vontade política para estabelecimento do diálogo com vista a encontrar
solução para actual crise política no país.
O
diplomata Santomense falava a’O Democrata à saída de encontro de auscultação
que o Presidente da República, José Mário Vaz manteve com os representantes dos
corpos diplomáticos acreditados no país.
Para
Miguel Trovoada, não há sinal de uma vontade política clara e inequívoca para o
estabelecimento de diálogo.
“Eu
tenho recebido muitas representações de partidos políticos, sociedade civil e
titulares de órgãos da soberania, mas a verdade é que esta dinâmica de diálogo
em busca de soluções ainda não se desencadeou”, contou o representante da ONU
em Bissau, considerando de seguida que pouco importa nesse momento identificar
o culpado, mas sim encontrar soluções para actual crise.
Na
sua visão, Trovoada defende que “enquanto as entidades competentes e os
responsáveis políticos do país não se sentarem à mesa e discutirem a fundo as
causas desta crise não será possível encontrar soluções imediatas”.
O
Representante da UNO no país, chamou atenção pelo facto que os problemas da
Guiné-Bissau devem ser resolvidos pelos guineenses através dos responsáveis que
receberam mandatos do povo.
“A comunidade internacional não foi eleita pelo povo guineense e nem dispõe da legitimidade para resolver os problemas da Guiné-Bissau. A comunidade Internacional, apenas escuta, concorda e acompanha”
Na
mesma ocasião, Representante da União Africana (UA), Ovídio Pequeno disse que a
UA está com dúvidas se existem condições para que haja um clima de diálogo no
seio da classe política guineense.
“Na
verdade nós temos algumas dúvidas se há, de facto, condições criadas para que
haja um clima de diálogo e em que condições esse diálogo poderá ser feita”
questionou.
Momentos
antes de receber os corpos diplomáticos acreditados no país, José Mário Vaz
recebeu a comunidade religiosa e poder tradicional, também no quadro de
auscultações as forças vivas do país com vista a encontrar saída para actual
crise política.
O
Presidente da República, poderá reunir nos próximos dias o Conselho de Estado,
órgão consultivo, antes de se pronunciar.
Alcene
Sidibé – O Democrata
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