Furacão
Alex a 80 quilómetros da ilha Terceira
Há
"uma elevada probabilidade de sofrer o impacto direto do furacão"
O
furacão 'Alex' estava às 11:00 dos Açores (mais uma hora em Lisboa) a 80
quilómetros a sul da Terceira, ilha que tem "uma elevada probabilidade de
sofrer o impacto direto do furacão".
Segundo
o meteorologista Carlos Ramalho, da delegação regional dos Açores do Instituto
Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), às 11:00 "o furacão estava a 80
quilómetros a su-sueste da Terceira, deslocando-se para norte, a cerca de 39
quilómetros/hora".
"Isto
significa na próxima hora, no máximo duas horas, um aumento significativo do
vento, em especial na ilha Terceira, que tem uma elevada probabilidade de
sofrer o impacto direto do furacão", explicou o responsável.
Carlos
Ramalho adiantou que nesta ilha do grupo central "é expectável que o vento
médio sopre de 100 a 120 quilómetros/hora [km/h] e a rajada seja de 150 a 170
kms/hora".
O
meteorologista referiu que "o olho do furacão poderá passar pela Terceira
cerca das 13:00, sendo que durante a sua passagem pode haver melhoria
temporária do tempo, mas depois agrava novamente".
O
grupo central compreende ainda as ilhas de São Jorge, Faial, Pico e Graciosa.
"Quando
ao grupo oriental [ilhas de Santa Maria e São Miguel], o vento médio já atingiu
os 72 kms/hora, o equivalente a uma tempestade tropical, e as rajadas foram na
ordem dos 100 kms/hora", esclareceu.
O
furacão 'Alex' é o primeiro fenómeno meteorológico desta natureza a acontecer
no mês de janeiro em quase 80 anos, de acordo com meteorologistas norte-americanos,
motivando a emissão de avisos vermelhos para vento, agitação marítima e chuva
para os dois grupos, que vigoram até ao início da tarde.
O
aviso vermelho é o mais grave numa escala de quatro e representa uma situação
meteorológica de risco extremo.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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