sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Guerra em Moçambique com requintes de terrorismo segue dentro de momentos



Como consta no título, a guerra em Moçambique ganha forma, os requintes de terrorismo talvez superem os do passado recente. Nas estradas a Renamo prepara-se para emboscar viaturas civis e assassinar ou ferir os seus ocupantes. Foi assim antes e será assim dentro de momentos, dentro de dias, de semanas ou meses. É para isso que se prepara Afonso Dlhakama, o líder da Renamo. Ao que ele chama guerra não é mais nem menos que requintes de terrorismo. É disso que se trata e é sobre isso que elaborámos um compacto de notícias de hoje, da Agência Lusa, sobre o tema. Só duas das notícias não correspondem ao tema da guerra mas relacionam-se com Moçambique.

O tema aborda a disposição do líder da Renamo em prosseguir nos seus intentos de possuir um bando de homens armados a que chama exército da Renamo mas que não passam de marginais terroristas que sem mais o que fazer se acoitam ao terrorista-mor, Afonso Dlhakama. Líder da oposição que alega que pretende o diálogo com o governo mas que se refugia nas desculpas mais esfarrapadas para não permitir que o diálogo persista. Diz ele que pretende a democracia para Moçambique para a seguir argumentar que quer dividir o país ao arrepio dos moçambicanos. Democrata de pacotilha, para não avaliar ainda pior.

Desfrute o constante em compacto a seguir.

Redação PG / LV

Angola e Moçambique assinam acordo de facilitação de vistos

Os ministros do Interior de Moçambique e da Angola assinaram hoje em Maputo um acordo para a facilitação de vistos para passaportes ordinários dos cidadãos dos dois países.

"Este acordo vai permitir um incremento de visitas e troca de experiências a nível dos dois países", disse o ministro do Interior de Moçambique, Jaime Basílio Monteiro, falando à imprensa, momentos após a assinatura do acordo com o seu homólogo angolano, Ângelo de Barros.

Destacando a importância do mecanismo para "dois países que partilham laços históricos", Jaime Basílio Monteiro sublinhou que o acordo vai dinamizar as relações entre os estados no que respeita às atividades do setor privado.

"É nosso desejo que os homens de negócios não experimentem mais dificuldades nas operações que envolvem os dois estados", sublinhou o governante, acrescentando, sem muitos detalhes, que os dois países estão a envidar esforços para aumentar o nível de cooperação na segurança.

Por sua vez, o ministro do Interior da Angola disse que o acordo irá permitir o crescimento da movimentação de pessoas entre os dois estados, aproximando os dois povos no âmbito do fortalecimento das relações bilaterais.

"No quadro desta visita, identificámos novas áreas para a cooperação e é nossa ambição fortalecer essa relação", afirmou Ângelo de Barros, que manteve também um encontro hoje com o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi.

O governante angolano observou ainda que "este tipo de cooperação entre os países africanos é muito importante e deve continuar", apontando também a área da segurança como uma das prioridades para as partes.

"Nós queremos aumentar a cooperação a nível de formação de quadros na área policial, uma forma de aumentarmos a cooperação no que respeita à segurança", declarou Ângelo de Barros, sublinhando que as autoridades moçambicanas e angolas têm mantido contacto regularmente.

A assinatura deste acordo acontece após a visita de Estado que o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, realizou a Angola, em novembro passado.

EYAC // PJA - Lusa

Novos ataques da Renamo no centro de Moçambique - Polícia

Homens armados da Renamo protagonizaram três ataques a viaturas civis em Muxúnguè e Maringué, centro de Moçambique, ferindo três pessoas, uma das quais com gravidade, disse hoje à Lusa fonte policial.

Sididi Paulo, oficial de imprensa no comando da Polícia de Sofala, disse que no princípio da manhã de hoje, entre as 07:00 e as 09:00 (menos duas horas em Lisboa), três viaturas civis foram metralhadas em dois ataques na zona de Zove e Gorungudji, no troço Save-Muxúnguè, junto à N1, a principal estrada que liga o sul, centro e norte de Moçambique.

O ataque resultou em duas pessoas feridas e que foram tratadas no hospital rural de Muxúnguè.

Segundo a polícia, já perto das 11:00 locais, a quase 300 quilómetros a norte do local dos primeiros ataques, uma viatura foi atingida por balas no distrito de Maringué, no troço Nhamapadza-Caia, na mesma N1, feriu com gravidade o motorista do carro, tendo os restantes ocupantes saído ilesos.

"As forças de defesa e segurança, que condenam estas ações, estão no terreno, e prontas para garantir a ordem, segurança e tranquilidades públicas", destacou Sididi Paulo, adiantando ser ainda prematuro para se falar na reativação de colunas de escoltas militares a viaturas civis nos troços sob ameaça.

Sididi Paulo referiu que a situação mantém-se calma e controlada nas duas regiões dos ataques de hoje e que a polícia está a tentar neutralizar e responsabilizar os respetivos autores.

Na quinta-feira, a polícia moçambicana acusou a Renamo de ter protagonizado dois ataques a cinco viaturas junto à N1, no troço Save-Muxúnguè, em Sofala, que resultou no ferimento de três pessoas por estilhaços de vidros.

A Renamo, através do seu departamento de defesa e segurança, anunciou a pretensão de implantar postos de controlo nas principais estradas do centro de Moçambique, para travar a onda de raptos e execuções de seus membros, segundo fontes do partido.

A medida, saída de uma reunião entre antigos generais e oficiais militares da Renamo e o líder Afonso Dhlakama, pretende fiscalizar viaturas suspeitas, para parar execuções, deter os raptores e entregá-los à polícia.

O porta-voz da Renamo, António Muchanga, disse entretanto à Lusa que os postos de controlo só serão erguidos se continuar a alegada perseguição a membros do seu partido.

Em 2013, a Renamo bloqueou a circulação rodoviária no troço Save-Muxúnguè (Sofala), junto a N1, com frequentes ataques a viaturas civis e militares.

A situação condicionou a circulação à existência de colunas de escoltas militares naquele troço e só terminou com a assinatura do acordo de cessação das hostilidades, a 05 de setembro de 2014.

Moçambique vive uma situação de incerteza política há vários meses e o líder da Renamo ameaça tomar o poder, a partir de março, em seis províncias do norte e centro do país, onde o movimento reivindica vitória nas eleições gerais de 2014.

Nas últimas semanas, o país tem conhecido uma escalada de violência política, com relatos de confrontos militares e denúncias de raptos e homicídios de membros das duas partes.

AYAC // VM - Lusa

Primeira-dama escolhida para liderar organização feminina da Frelimo

A primeira-dama de Moçambique, Isaura Nyusi, foi escolhida na noite de quinta-feira presidente da Organização da Mulher Moçambicana (OMM), órgão da Frelimo, anunciou hoje o partido no poder.

Isaura Nyusi foi escolhida no quarto congresso da OMM e sucede à antiga primeira-dama Maria da Luz Dai Guebuza, que esteve nove anos no cargo.

"Quero assegurar às camaradas que, juntamente convosco, tudo faremos para dar a nossa contribuição para a elevação contínua e acelerada da mulher moçambicana", prometeu a nova presidente da OMM.

Lusa

Líder da Renamo reaparece e insiste que vai governar seis províncias em Março

O líder da Renamo recebeu quinta-feira um grupo de jornalistas numa base militar no sopé da serra da Gorongosa, centro de Moçambique, para acabar com especulações sobre o seu paradeiro e insistiu que governará seis províncias em março.

Afonso Dhlakama reapareceu magro na base militar da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana) de Sadjundjira, na Gorongosa, província Sofala, onde ele afirmou ter chegado em janeiro, depois de caminhar dois meses e meio desde a cidade da Beira, após o cerco à sua residência, a 09 de outubro, numa operação policial de alegada entrega de armas em posse do maior partido de oposição.

"O objetivo é sem dúvida continuar a lutar pela democracia", justificou Afonso Dhlakama ao grupo de jornalistas, entre os quais a Lusa, sobre o seu regresso a Sadjundjira, enquanto exibia a esteira, onde afirma dormir todas as noites.

Num tom de reconciliação, Afonso Dhlakama afirmou que o seu regresso às matas da Gorongosa "não é vingança", mas complemento da luta iniciada em 1977, para "ensinar a África e ao mundo a democracia", recusando a ideia de reiniciar uma guerra.

"Não vim para pegar a luta e armas", declarou o líder do principal partido da oposição, acrescentando que não pretende "mostrar capacidade belicista, mas demonstrar a capacidade de um líder, pacifico e ainda com vontade de negociar".

Comparando-se apenas a Nelson Mandela, antigo Presidente da África do Sul, Afonso Dhlakama disse que está comprometido com o futuro de Moçambique, considerando as estratégias de sua luta como normais e que pode cumprir os seus objetivos a partir da sua base militar, onde garante sentir-se mais seguro.

"Como o [Presidente Filipe] Nyusi dizia, queremos buscar o presidente [Afonso] Dhlakama para vir para uma vida normal. Eu estou na vida normal. A vida normal para o Nyusi é estar no palácio em Maputo, com meia dúzia de pessoas, sem apoio, e eu estou aqui com milhões e milhões", declarou Afonso Dhlakama, para quem o regresso à Gorongosa é motivo de satisfação para as famílias rurais.

O líder da Renamo reafirmou o seu plano de governar a partir de março nas seis províncias do centro e norte de Moçambique, onde o partido de oposição reclama vitória nas últimas eleições gerais, e só depois negociar com o Governo.

O aquartelamento militar que acolhe Afonso Dhlakama fica a um escasso quilómetro da sua antiga base, agora controlada por uma posição das Forças Armadas, que em outubro de 2013 tomaram de assalto a unidade e desalojaram o líder da Renamo.

O presidente da Renamo não era visto em público desde 09 de outubro, quando a polícia cercou a sua residência na Beira, alegadamente numa operação de recolha de armas, no terceiro incidente grave em menos de um mês envolvendo a comitiva do líder da oposição.

No dia 20 de janeiro, o secretário-geral da Renamo, Manuel Bissopo, foi baleado por desconhecidos no bairro da Ponta Gea, centro da Beira, província de Sofala, centro de Moçambique e o seu guarda-costas morreu no local, num caso que continua por esclarecer.

Apesar da disponibilidade para negociar manifestada pelo Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, o líder da Renamo diz que só dialogará depois de tomar o poder em seis províncias do norte e centro do país (Tete, Niassa, Zambézia, Nampula, Sofala, Manica), onde o seu movimento reivindica vitória nas eleições gerais de 2014.

AYAC // PJA - Lusa

Dhlakama diz que perdeu total confiança no Governo moçambicano

O líder da oposição da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), Afonso Dhlakama, afirmou que perdeu total confiança no Governo de Moçambique e apenas estará disponível para eventuais negociações em nome do futuro da democracia no país.

Falando para um grupo de jornalistas, entre os quais a Lusa, numa base militar da Renamo no sopé da serra da Gorongosa, centro de Moçambique, Dhlakama disse que os recentes incidentes com a sua comitiva, a invasão da polícia moçambicana à sua casa na Beira e as denúncias de raptos e assassínios de membros do seu partido condicionam a sua disponibilidade para o diálogo.

"Depois do que aconteceu nos dias 12 e 25 de setembro [incidentes com a sua comitiva na província de Manica], não há confiança. Uma coisa é atacar a base, mas atacar a minha viatura a andar, qualquer ser humano, mesmo que tivesse acontecido com o papa, colocaria a condição de segurança e confiança para o diálogo", declarou.
Lusa

Governo moçambicano não permitirá "o mais mesquinho sinal de interrupção das estradas"

O ministro do Interior de Moçambique disse hoje que não permitirá "o mais mesquinho sinal" de interrupção das estradas devido a alegados ataques da Renamo, avançando que já há "resultados positivos" nas operações policiais.

"Não será permitido o mais mesquinho sinal de interrupção das estradas nacionais", afirmou Jaime Basílio Monteiro, falando à imprensa, momentos após um encontro com ministro do Interior angolano, Ângelo de Barros, para a assinatura de um acordo de facilitação de vistos para passaportes ordinários entre Angola e Moçambique, em Maputo.

A Polícia moçambicana acusou a Renamo [Resistência Nacional Moçambicana] de ter protagonizado dois ataques a cinco viaturas nas primeiras horas da quinta-feira na estrada nacional N1, entre o rio Save e o posto administrativo de Muxúnguè, no centro de Moçambique, numa região onde o partido de Afonso Dhlakama ameaça instalar postos de controlo caso continuem as alegadas perseguições aos seus membros.

Destacando que é da responsabilidade das forças de defesa e segurança garantir a proteção das populações, o ministro do Interior de Moçambique disse que as autoridades foram instruídas para não poupar esforços nas ações de recuperação da "estabilidade ameaçada", classificando como "errante" o comportamento dos autores dos alegados ataques.

"Já decorrem ações de perseguição e neutralização destes elementos e já há resultados positivos", declarou o Jaime Basílio Monteiro, prometendo para mais tarde detalhes sobre a operação.

"As nossas operações para garantir a paz e estabilidade continuarão", reiterou o governante, que garante que as forças de segurança de Moçambique "não vão poupar esforços nem diligências".

Nos últimos meses, Moçambique tem conhecido um agravamento da violência política, com relatos de confrontos entre o braço militar da Renamo e as forças de defesa e segurança, além de acusações mútuas de raptos e assassínios de militantes dos dois lados.

Em menos de um mês, a polícia moçambicana responsabilizou o braço armado do maior partido de oposição por três ataques a civis.

O presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, não é visto em público desde 09 de outubro, quando a polícia cercou a sua residência na Beira, alegadamente numa operação de recolha de armas, no terceiro incidente grave em menos de um mês envolvendo a comitiva do líder da oposição.

No dia 20 de janeiro, o secretário-geral da Renamo, Manuel Bissopo, foi baleado por desconhecidos no bairro da Ponta Gea, centro da Beira, província de Sofala, centro de Moçambique, e o seu guarda-costas morreu no local, num caso que continua por esclarecer.

Apesar da disponibilidade para negociar manifestada pelo Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, o líder da Renamo diz que só dialogará depois de tomar o poder em seis províncias do norte e centro do país, onde o seu movimento reivindica vitória nas eleições gerais de 2014.

EYAC (AYAC/HB) // VM - Lusa

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