Como
consta no título, a guerra em Moçambique ganha forma, os requintes de terrorismo
talvez superem os do passado recente. Nas estradas a Renamo prepara-se para
emboscar viaturas civis e assassinar ou ferir os seus ocupantes. Foi assim
antes e será assim dentro de momentos, dentro de dias, de semanas ou meses. É para
isso que se prepara Afonso Dlhakama, o líder da Renamo. Ao que ele chama guerra
não é mais nem menos que requintes de terrorismo. É disso que se trata e é
sobre isso que elaborámos um compacto de notícias de hoje, da Agência Lusa, sobre o tema. Só duas das notícias não correspondem ao tema da guerra mas relacionam-se com Moçambique.
O
tema aborda a disposição do líder da Renamo em prosseguir nos seus intentos de
possuir um bando de homens armados a que chama exército da Renamo mas que não
passam de marginais terroristas que sem mais o que fazer se acoitam ao
terrorista-mor, Afonso Dlhakama. Líder da oposição que alega que pretende o
diálogo com o governo mas que se refugia nas desculpas mais esfarrapadas para
não permitir que o diálogo persista. Diz ele que pretende a democracia para
Moçambique para a seguir argumentar que quer dividir o país ao arrepio dos moçambicanos.
Democrata de pacotilha, para não avaliar ainda pior.
Desfrute
o constante em compacto a seguir.
Redação
PG / LV
Angola
e Moçambique assinam acordo de facilitação de vistos
Os
ministros do Interior de Moçambique e da Angola assinaram hoje em Maputo um
acordo para a facilitação de vistos para passaportes ordinários dos cidadãos
dos dois países.
"Este
acordo vai permitir um incremento de visitas e troca de experiências a nível dos
dois países", disse o ministro do Interior de Moçambique, Jaime Basílio
Monteiro, falando à imprensa, momentos após a assinatura do acordo com o seu
homólogo angolano, Ângelo de Barros.
Destacando
a importância do mecanismo para "dois países que partilham laços
históricos", Jaime Basílio Monteiro sublinhou que o acordo vai dinamizar
as relações entre os estados no que respeita às atividades do setor privado.
"É
nosso desejo que os homens de negócios não experimentem mais dificuldades nas
operações que envolvem os dois estados", sublinhou o governante,
acrescentando, sem muitos detalhes, que os dois países estão a envidar esforços
para aumentar o nível de cooperação na segurança.
Por
sua vez, o ministro do Interior da Angola disse que o acordo irá permitir o
crescimento da movimentação de pessoas entre os dois estados, aproximando os
dois povos no âmbito do fortalecimento das relações bilaterais.
"No
quadro desta visita, identificámos novas áreas para a cooperação e é nossa
ambição fortalecer essa relação", afirmou Ângelo de Barros, que manteve
também um encontro hoje com o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi.
O
governante angolano observou ainda que "este tipo de cooperação entre os
países africanos é muito importante e deve continuar", apontando também a
área da segurança como uma das prioridades para as partes.
"Nós
queremos aumentar a cooperação a nível de formação de quadros na área policial,
uma forma de aumentarmos a cooperação no que respeita à segurança",
declarou Ângelo de Barros, sublinhando que as autoridades moçambicanas e
angolas têm mantido contacto regularmente.
A
assinatura deste acordo acontece após a visita de Estado que o Presidente
moçambicano, Filipe Nyusi, realizou a Angola, em novembro passado.
EYAC
// PJA - Lusa
Novos
ataques da Renamo no centro de Moçambique - Polícia
Homens
armados da Renamo protagonizaram três ataques a viaturas civis em Muxúnguè e
Maringué, centro de Moçambique, ferindo três pessoas, uma das quais com
gravidade, disse hoje à Lusa fonte policial.
Sididi
Paulo, oficial de imprensa no comando da Polícia de Sofala, disse que no
princípio da manhã de hoje, entre as 07:00 e as 09:00 (menos duas horas em
Lisboa), três viaturas civis foram metralhadas em dois ataques na zona de Zove
e Gorungudji, no troço Save-Muxúnguè, junto à N1, a principal estrada que liga
o sul, centro e norte de Moçambique.
O
ataque resultou em duas pessoas feridas e que foram tratadas no hospital rural
de Muxúnguè.
Segundo
a polícia, já perto das 11:00 locais, a quase 300 quilómetros a norte do local
dos primeiros ataques, uma viatura foi atingida por balas no distrito de
Maringué, no troço Nhamapadza-Caia, na mesma N1, feriu com gravidade o
motorista do carro, tendo os restantes ocupantes saído ilesos.
"As
forças de defesa e segurança, que condenam estas ações, estão no terreno, e
prontas para garantir a ordem, segurança e tranquilidades públicas",
destacou Sididi Paulo, adiantando ser ainda prematuro para se falar na
reativação de colunas de escoltas militares a viaturas civis nos troços sob ameaça.
Sididi
Paulo referiu que a situação mantém-se calma e controlada nas duas regiões dos
ataques de hoje e que a polícia está a tentar neutralizar e responsabilizar os
respetivos autores.
Na
quinta-feira, a polícia moçambicana acusou a Renamo de ter protagonizado dois
ataques a cinco viaturas junto à N1, no troço Save-Muxúnguè, em Sofala, que
resultou no ferimento de três pessoas por estilhaços de vidros.
A
Renamo, através do seu departamento de defesa e segurança, anunciou a pretensão
de implantar postos de controlo nas principais estradas do centro de
Moçambique, para travar a onda de raptos e execuções de seus membros, segundo
fontes do partido.
A
medida, saída de uma reunião entre antigos generais e oficiais militares da
Renamo e o líder Afonso Dhlakama, pretende fiscalizar viaturas suspeitas, para
parar execuções, deter os raptores e entregá-los à polícia.
O
porta-voz da Renamo, António Muchanga, disse entretanto à Lusa que os postos de
controlo só serão erguidos se continuar a alegada perseguição a membros do seu
partido.
Em
2013, a Renamo bloqueou a circulação rodoviária no troço Save-Muxúnguè
(Sofala), junto a N1, com frequentes ataques a viaturas civis e militares.
A
situação condicionou a circulação à existência de colunas de escoltas militares
naquele troço e só terminou com a assinatura do acordo de cessação das
hostilidades, a 05 de setembro de 2014.
Moçambique
vive uma situação de incerteza política há vários meses e o líder da Renamo
ameaça tomar o poder, a partir de março, em seis províncias do norte e centro
do país, onde o movimento reivindica vitória nas eleições gerais de 2014.
Nas
últimas semanas, o país tem conhecido uma escalada de violência política, com
relatos de confrontos militares e denúncias de raptos e homicídios de membros
das duas partes.
AYAC
// VM - Lusa
Primeira-dama escolhida para liderar organização feminina da Frelimo
A
primeira-dama de Moçambique, Isaura Nyusi, foi escolhida na noite de
quinta-feira presidente da Organização da Mulher Moçambicana (OMM), órgão da Frelimo,
anunciou hoje o partido no poder.
Isaura
Nyusi foi escolhida no quarto congresso da OMM e sucede à antiga primeira-dama
Maria da Luz Dai Guebuza, que esteve nove anos no cargo.
"Quero
assegurar às camaradas que, juntamente convosco, tudo faremos para dar a nossa
contribuição para a elevação contínua e acelerada da mulher moçambicana",
prometeu a nova presidente da OMM.
Lusa
Líder
da Renamo reaparece e insiste que vai governar seis províncias em Março
O
líder da Renamo recebeu quinta-feira um grupo de jornalistas numa base militar
no sopé da serra da Gorongosa, centro de Moçambique, para acabar com
especulações sobre o seu paradeiro e insistiu que governará seis províncias em
março.
Afonso
Dhlakama reapareceu magro na base militar da Renamo (Resistência Nacional
Moçambicana) de Sadjundjira, na Gorongosa, província Sofala, onde ele afirmou
ter chegado em janeiro, depois de caminhar dois meses e meio desde a cidade da
Beira, após o cerco à sua residência, a 09 de outubro, numa operação policial
de alegada entrega de armas em posse do maior partido de oposição.
"O
objetivo é sem dúvida continuar a lutar pela democracia", justificou
Afonso Dhlakama ao grupo de jornalistas, entre os quais a Lusa, sobre o seu
regresso a Sadjundjira, enquanto exibia a esteira, onde afirma dormir todas as
noites.
Num
tom de reconciliação, Afonso Dhlakama afirmou que o seu regresso às matas da
Gorongosa "não é vingança", mas complemento da luta iniciada em 1977,
para "ensinar a África e ao mundo a democracia", recusando a ideia de
reiniciar uma guerra.
"Não
vim para pegar a luta e armas", declarou o líder do principal partido da
oposição, acrescentando que não pretende "mostrar capacidade belicista,
mas demonstrar a capacidade de um líder, pacifico e ainda com vontade de
negociar".
Comparando-se
apenas a Nelson Mandela, antigo Presidente da África do Sul, Afonso Dhlakama
disse que está comprometido com o futuro de Moçambique, considerando as
estratégias de sua luta como normais e que pode cumprir os seus objetivos a
partir da sua base militar, onde garante sentir-se mais seguro.
"Como
o [Presidente Filipe] Nyusi dizia, queremos buscar o presidente [Afonso]
Dhlakama para vir para uma vida normal. Eu estou na vida normal. A vida normal
para o Nyusi é estar no palácio em Maputo, com meia dúzia de pessoas, sem
apoio, e eu estou aqui com milhões e milhões", declarou Afonso Dhlakama,
para quem o regresso à Gorongosa é motivo de satisfação para as famílias
rurais.
O
líder da Renamo reafirmou o seu plano de governar a partir de março nas seis
províncias do centro e norte de Moçambique, onde o partido de oposição reclama
vitória nas últimas eleições gerais, e só depois negociar com o Governo.
O
aquartelamento militar que acolhe Afonso Dhlakama fica a um escasso quilómetro
da sua antiga base, agora controlada por uma posição das Forças Armadas, que em
outubro de 2013 tomaram de assalto a unidade e desalojaram o líder da Renamo.
O
presidente da Renamo não era visto em público desde 09 de outubro, quando a
polícia cercou a sua residência na Beira, alegadamente numa operação de recolha
de armas, no terceiro incidente grave em menos de um mês envolvendo a comitiva
do líder da oposição.
No
dia 20 de janeiro, o secretário-geral da Renamo, Manuel Bissopo, foi baleado
por desconhecidos no bairro da Ponta Gea, centro da Beira, província de Sofala,
centro de Moçambique e o seu guarda-costas morreu no local, num caso que
continua por esclarecer.
Apesar
da disponibilidade para negociar manifestada pelo Presidente moçambicano,
Filipe Nyusi, o líder da Renamo diz que só dialogará depois de tomar o poder em
seis províncias do norte e centro do país (Tete, Niassa, Zambézia, Nampula,
Sofala, Manica), onde o seu movimento reivindica vitória nas eleições gerais de
2014.
AYAC
// PJA - Lusa
Dhlakama
diz que perdeu total confiança no Governo moçambicano
O
líder da oposição da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), Afonso
Dhlakama, afirmou que perdeu total confiança no Governo de Moçambique e apenas
estará disponível para eventuais negociações em nome do futuro da democracia no
país.
Falando
para um grupo de jornalistas, entre os quais a Lusa, numa base militar da
Renamo no sopé da serra da Gorongosa, centro de Moçambique, Dhlakama disse que
os recentes incidentes com a sua comitiva, a invasão da polícia moçambicana à
sua casa na Beira e as denúncias de raptos e assassínios de membros do seu
partido condicionam a sua disponibilidade para o diálogo.
"Depois
do que aconteceu nos dias 12 e 25 de setembro [incidentes com a sua comitiva na
província de Manica], não há confiança. Uma coisa é atacar a base, mas atacar a
minha viatura a andar, qualquer ser humano, mesmo que tivesse acontecido com o
papa, colocaria a condição de segurança e confiança para o diálogo",
declarou.
Lusa
Governo
moçambicano não permitirá "o mais mesquinho sinal de interrupção das
estradas"
O
ministro do Interior de Moçambique disse hoje que não permitirá "o mais
mesquinho sinal" de interrupção das estradas devido a alegados ataques da
Renamo, avançando que já há "resultados positivos" nas operações
policiais.
"Não
será permitido o mais mesquinho sinal de interrupção das estradas
nacionais", afirmou Jaime Basílio Monteiro, falando à imprensa, momentos
após um encontro com ministro do Interior angolano, Ângelo de Barros, para a
assinatura de um acordo de facilitação de vistos para passaportes ordinários
entre Angola e Moçambique, em Maputo.
A
Polícia moçambicana acusou a Renamo [Resistência Nacional Moçambicana] de ter
protagonizado dois ataques a cinco viaturas nas primeiras horas da quinta-feira
na estrada nacional N1, entre o rio Save e o posto administrativo de Muxúnguè,
no centro de Moçambique, numa região onde o partido de Afonso Dhlakama ameaça
instalar postos de controlo caso continuem as alegadas perseguições aos seus
membros.
Destacando
que é da responsabilidade das forças de defesa e segurança garantir a proteção
das populações, o ministro do Interior de Moçambique disse que as autoridades
foram instruídas para não poupar esforços nas ações de recuperação da
"estabilidade ameaçada", classificando como "errante" o
comportamento dos autores dos alegados ataques.
"Já
decorrem ações de perseguição e neutralização destes elementos e já há
resultados positivos", declarou o Jaime Basílio Monteiro, prometendo para
mais tarde detalhes sobre a operação.
"As
nossas operações para garantir a paz e estabilidade continuarão", reiterou
o governante, que garante que as forças de segurança de Moçambique "não
vão poupar esforços nem diligências".
Nos
últimos meses, Moçambique tem conhecido um agravamento da violência política,
com relatos de confrontos entre o braço militar da Renamo e as forças de defesa
e segurança, além de acusações mútuas de raptos e assassínios de militantes dos
dois lados.
Em
menos de um mês, a polícia moçambicana responsabilizou o braço armado do maior
partido de oposição por três ataques a civis.
O
presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, não é visto em público desde 09 de
outubro, quando a polícia cercou a sua residência na Beira, alegadamente numa
operação de recolha de armas, no terceiro incidente grave em menos de um mês
envolvendo a comitiva do líder da oposição.
No
dia 20 de janeiro, o secretário-geral da Renamo, Manuel Bissopo, foi baleado
por desconhecidos no bairro da Ponta Gea, centro da Beira, província de Sofala,
centro de Moçambique, e o seu guarda-costas morreu no local, num caso que
continua por esclarecer.
Apesar
da disponibilidade para negociar manifestada pelo Presidente moçambicano,
Filipe Nyusi, o líder da Renamo diz que só dialogará depois de tomar o poder em
seis províncias do norte e centro do país, onde o seu movimento reivindica
vitória nas eleições gerais de 2014.
EYAC
(AYAC/HB) // VM - Lusa
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