terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Moçambique. GOVERNO CRIA PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO PARA REFUGIADOS



Maputo, 22 Fev (AIM) - O Governo moçambicano vai levar a cabo um Plano de Desenvolvimento Integrado ao longo da fronteira com o Malawi, de modo a melhorar as condições de vida das populações que se têm refugiado `aquele país vizinho.

A informação foi avançada hoje, em Maputo, pelo vice-ministro da Administração Estatal e Função Pública, Roque Samuel, à margem do encontro de Reflexão sobre os Refugiados no Malawi, que uniu vários membros do governo, incluindo o Chefe do Estado moçambicano.

Dentro deste plano integrado será desenvolvido um conjunto de infra-estruturas ainda em falta para permitir que a vida da população volte a normalidade, disse o vice-ministro.

Ele avançou que
para tal, há um conjunto de condições que deve ser analisado, tendo em conta as razões reais da deslocação daquelas pessoas para o Malawi.

Os primeiros moçambicanos chegaram ao Malawi em Junho de 2015, situação que tem vindo a preocupar a agência das Nações Unidas para os Refugiados.

É preciso analisar a situação das pessoas que estão no Malawi, pois algumas têm suas residências e, assim sendo, vão precisar de qualquer tipo de apoio, disse Samuel, frisando que o Governo vai continuar a envidar esforços nesse sentido.

Segundo dados oficiais, encontram-se refugiados no Malawi cerca de 5.000 moçambicanos.

Nas províncias da Zambézia e Niassa (centro e norte) continua aquele movimento normal de populações, tanto de Moçambique para Malawi e vice-versa, onde alguns vão à busca de serviços de saúde em função da proximidade entre os dois países, disse o vice-ministro da Administração Estatal e Função Pública.

Não obstante a existência de 5.000 moçambicanos refugiados no Malawi, segundo a fonte, grande parte das populações que vive em zonas de confrontações, se encontra ainda no país.

Num universo de 1 milhão de pessoas que vive nas zonas de conflito, grande parte dessa população ainda se encontra em Moçambique, disse o governante, adiantando que se está a trabalhar na normalização da vida das populações ameaçadas pela crise.

Várias correntes associam esta onda de refugiados com o recrudescimento dos ataques protagonizados por supostos homens da Renamo, o maior partido da oposição no país. 

(AIM) AHM/mz

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