terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Persistência da pobreza em Moçambique contrasta com melhorias noutras regiões




Uma leitura feita pelo Standard Bank, no seu boletim económico refe­rente ao mês de Fevereiro, revela que enquanto o mundo apresen­ta avanços importantes na redu­ção da pobreza dos seus povos, Moçambique mantém taxas ele­vadas de miséria. “A persistência de elevados índices de pobreza em Moçambique contrasta com melhorias noutras regiões do globo.

O Banco Mundial estima que a taxa de pobreza na popu­lação mundial tenha reduzido para abaixo de 10% em 2015 (9.6%, correspondentes a 702 milhões de pessoas) com a maio­ria a viver na África Subsaariana e no sul da Ásia”, lê-se no docu­mento.

Para sustentar este posiciona­mento, o Standard Bank recor­re aos resultados do Inquérito aos Agregados Familiares (IOF 2014/15), recentemente publi­cados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), e que indicam que 69.7% dos chefes dos agre­gados familiares ocupam-se de actividades nos sectores da agri­cultura e pescas, e que do pon­to de vista laboral, 73.1% dos chefes dos agregados familiares trabalham por conta própria e sem empregados; os agregados familiares efectuam, em média, uma despesa mensal de 1406 meticais por pessoa, com 60% da população a canalizar mais de 50% da sua despesa mensal per-capita (por pessoa) para a compra de alimentos, o que as­sociado ao baixo nível de uso de electricidade para iluminação (24.8% da população) indica alto nível de pobreza; a taxa de analfabetismo baixou de 49.9% (em 2008/09) para 44.9%, de­pois de 53.6% em 2002/03 e de 60.5% em 1997. Apesar da redu­ção, estas taxas revelam uma si­tuação ainda preocupante.

Leia mais na edição impressa do «Jornal O País»

Sem comentários:

Mais lidas da semana