Uma
leitura feita pelo Standard Bank, no seu boletim económico referente ao mês de
Fevereiro, revela que enquanto o mundo apresenta avanços importantes na redução
da pobreza dos seus povos, Moçambique mantém taxas elevadas de miséria. “A
persistência de elevados índices de pobreza em Moçambique contrasta com
melhorias noutras regiões do globo.
O
Banco Mundial estima que a taxa de pobreza na população mundial tenha reduzido
para abaixo de 10% em 2015 (9.6%, correspondentes a 702 milhões de pessoas) com
a maioria a viver na África Subsaariana e no sul da Ásia”, lê-se no documento.
Para
sustentar este posicionamento, o Standard Bank recorre aos resultados do
Inquérito aos Agregados Familiares (IOF 2014/15), recentemente publicados pelo
Instituto Nacional de Estatística (INE), e que indicam que 69.7% dos chefes dos
agregados familiares ocupam-se de actividades nos sectores da agricultura e
pescas, e que do ponto de vista laboral, 73.1% dos chefes dos agregados
familiares trabalham por conta própria e sem empregados; os agregados
familiares efectuam, em média, uma despesa mensal de 1406 meticais por pessoa,
com 60% da população a canalizar mais de 50% da sua despesa mensal per-capita
(por pessoa) para a compra de alimentos, o que associado ao baixo nível de uso
de electricidade para iluminação (24.8% da população) indica alto nível de
pobreza; a taxa de analfabetismo baixou de 49.9% (em 2008/09) para 44.9%, depois
de 53.6% em 2002/03 e de 60.5% em 1997. Apesar da redução, estas taxas revelam
uma situação ainda preocupante.
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