O
primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, criticou em São Tomé os
regimes que alteram a Constituição para "favorecer interesses de partidos
políticos ou presidentes no poder".
"A
Constituição deve transformar-se numa cultura, num dado adquirido e não se
deve, de nenhuma forma, subverter a regra do jogo após as eleições",
defendeu o primeiro-ministro de Cabo Verde, que está a efetuar uma visita de
trabalho de quatro dias a São Tomé e Príncipe.
As
declarações de José Maria Neves foram proferidas, terça-feira à noite, numa
palestra na capital são-tomense sobre Democracia.
Em
declarações aos jornalistas, o chefe do Governo cabo-verdiano disse "ter
algumas reservas" e não concordar com "mudanças das regras de
jogo" durante os mandatos dos agentes políticos.
"A
Constituição é a principal base de consenso que garante a legitimidade do
exercício do poder e portanto não se deve mexer nesse consenso após as
eleições", acrescentou.
José
Maria Neves, que iniciou no domingo uma visita de trabalho de quatro dias a São
Tomé e Príncipe reuniu-se já com o seu homólogo são-tomense, Patrice Trovoada,
foi recebido pelo presidente da Assembleia Nacional e visitou empresas e
unidades de produção agrícola.
Teve
ainda vários encontros com as comunidades cabo-verdianas da Ponta Figo e
Agostinho Neto, ambas na região norte do arquipélago e deslocou-se hoje à ilha
do Príncipe onde permanecerá 24 horas e manterá encontros as autoridades
locais.
O
regresso a Cabo Verde está marcado para quinta-feira, depois de ser recebido
pelo Presidente são-tomense, Manuel Pinto da Costa.
MYB
// EL – Lusa
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