Gertrudes
Dala confirmou que já tem em sua posse algum do material retirado pelo SIC ao
activista. Dala não vai parar a greve de fome enquanto não entregarem à sua
irmã uma procuração.
Alguns
dos objectos do activista Nuno Álvaro Dala estão desde ontem em posse dos seus
familiares. Nesta segunda-feira, 11 de Abril, data em que completou 33 dias em
greve de fome, as autoridades decidiram devolver a mochila, cartões multicaixa,
telefone, impressora, o Bilhete de Identidade, uma maquina fotográfica e os
livros do investigador, o que corresponde a uma parte dos materiais pelo qual
tem estado a reivindicar, deixando a sua vida em
perigo eminente.
Segundo
Gertrude Dala, irmã do activista, os bens foram entregues ontem na 14ª
Secção dos Crimes Comuns do Tribunal Provincial de Luanda, na presença de um
dos responsáveis dos Serviços Prisionais, António Fortunato, e de dois
agentes do Serviço de Investigação Criminal.
As
autoridades não fizeram a devolução do computador por ser considerado como uns
do materiais do crime. O equipamento informático está no Laboratório Central de
Criminalística.
“Ontem
fomos ao tribunal, com o director dos Serviços Prisionais e dois agentes do
SIC, buscar as coisas dele. Não deram todos os materiais. Falta a driver,
computadores e também alguns cartões de multicaixa”, explicou.
Gertrudes
Dala contou hoje ao Rede Angola que o activistas recusou-se em parar
com protesto que já está no 34º, mesmo sabendo da devolução. De acordo com a
irmã, Nuno Álvaro Dala solicita que as autoridades emitam uma procuração,
documento pelo qual poderá facilitar os familiares a fazerem algumas
movimentações bancária em quanto está preso.
“Depois
de lhe mostrar as coisas, disse-me que não vai parar com a greve porque as
autoridades sabem que teriam dado os materiais juntamente com a procuração para
movimentar as contas, uma vez que ele está preso”, contou.
O RA esteve
hoje no Hospital Prisão de São Paulo, onde o activistas está internado. Devido
à assistência médica a que estava a ser submetido não foi possível falar
com o professor universitário, um dos integrantes dos 15+2 condenados por
crimes de actos preparatórios de rebelião e associação de malfeitores.
Naquele
momento, segundo os agentes prisionais, para não ficar desidratado, os técnico
de saúde explicou que estão aplicar soro glicose na veia do Nuno. Os guardas do
Hospital de São Paulo afirmaram também que o professor universitário continua a
depender da cadeira de rodas.
Na
foto: Nuno Dala em pé durante o julgamento
Borralho
Ndomba. – Rede Angola
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