O
ex-Presidente do Brasil Lula da Silva comparou a crise política no país ao
surgimento do fascismo e do nazismo e disse que não ficou surpreendido com a
aprovação do pedido de 'impeachment' (impugnação) da Presidente Dilma Rousseff.
Num
encontro com artistas e intelectuais no Rio de Janeiro, esta segunda-feira à
noite, Lula da Silva mostrou preocupação com a rejeição àclasse política no
Brasil, que marcou os protestos a favor do 'impeachment'.
"Em
São Paulo, não deixaram o [Geraldo] Alckmin e o Aécio [Neves] falarem, porque
quem fala por eles [organizadores dos protesto] é o democrata [Jair] Bolsonaro.
Foi assim que nasceu o nazismo na Alemanha e o fascismo na Itália",
comparou, citado pela imprensa brasileira.
Lula
da Silva sublinhou que está pronto para defender a democracia do país até ao
fim, em palavras dirigidas aos que querem "dar um golpe na companheira
Dilma".
"Quando
saímos para a rua a defender o mandato da Dilma, é importante ter a clareza de
que não estamos defendendo apenas o direito de uma mulher a ser Presidente da
República. Estamos a defender a honra das mulheres brasileiras, que sempre
foram tratadas como objeto de cama e mesa neste país", referiu.
O
ex-chefe de Estado minimizou a aprovação do processo de impugnação de Dilma
Rousseff esta segunda-feira na comissão especial da Câmara dos Deputados criada
para o efeito, com 38 votos a favor e 27 contra.
"Isso
não quer dizer nada. Então, o que nós temos de ter clareza é domingo no
plenário. E nós sabemos que temos de conversar com os deputados", disse.
O
pedido de destituição segue agora para o plenário da Câmara dos Deputados e, se
for aprovado, será depois votado no Senado.
Lula
da Silva referiu também que a sua sucessora "aprendeu uma lição" ao
propor um ajuste fiscal no ano passado.
"[Dilma]
Fez uma proposta de ajuste que nenhum companheiro gostou, porque foi para
atender o mercado. O mercado dela não é o banqueiro, é o povo consumidor, é o
trabalhador, o cara que vai comprar carne. É o cara que vai no
supermercado", afirmou.
Na
segunda-feira à noite, artistas e intelectuais lançaram um manifesto em que
falam num "golpe em andamento" contra o Governo.
ANYN//
MP - Lusa
1 comentário:
Nossa, como esse cara fala asneira. E ESTÁ PRESTES A IR PARA A CADEIA. Quero ver com este site dará essa notícia.
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