Pequim
criticou hoje a violência policial e violação dos direitos humanos nos Estados
Unidos, em resposta às acusações à China no relatório anual de direitos humanos
do Departamento de Estado norte-americano, publicado na quarta-feira.
"O
governo norte-americano recusa olhar-se ao espelho e tem necessidade dos outros
para fazer isso", ironiza a China num relatório sobre o tema dos direitos
humanos hoje publicado, de acordo com a agência Nova China, citada pela AFP.
Esta
troca de críticas e acusações ocorre todos os anos, em consequência da
publicação do relatório anual dos direitos humanos do Departamento de Estado
norte-americano, que nunca poupa Pequim. A China responde, desta feita, com um
documento que visa exclusivamente os Estados Unidos.
O
ministério chinês dos Negócios Estrangeiros também denunciou o relatório do
Departamento de Estado numa conferência de imprensa, em que a apelou a outros
países para se absterem de comentar os assuntos internos da China. "Nenhum
país deveria utilizar a questão dos direitos humanos para se imiscuir nos
assuntos internos de outros países", declarou o porta-voz do ministério,
Lu Kang, citado pela AFP.
No
documento publicado hoje, o Conselho chinês dos Assuntos de Estado denuncia o
papel do dinheiro na política norte-americana e a violência com armas de fogo.
Para Pequim, foi a "grande frequência dos tiroteios o que mais
profundamente marcou o mundo a propósito dos Estados Unidos em 2015".
No
relatório do Departamento de Estado norte-americano considera-se que a pressão
sobre os militantes dos direitos civis e políticos na China "aumentou
sensivelmente" em 2015, referindo nomeadamente a existência de uma
repressão "intensa" sobre os advogados de acusados em casos de
assuntos sensíveis.
APL//
APN - Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário