Oficiais
militares guineenses na reserva e elementos de organizações não-governamentais
estão a tentar convencer o governo da Guiné-Bissau demitido a abandonar a sede
do executivo, disse à Lusa fonte ligada ao processo.
Segundo
referiu a mesma fonte, os comandantes da Guarda Nacional e da Polícia de Ordem
Pública compareceram no domingo no local para libertar as instalações ocupadas
como protesto contra a nomeação de um novo primeiro-ministro, mas os membros do
executivo continuaram no local, reafirmando que, perante a lei da Guiné-Bissau,
"têm legitimidade para estar no palácio, até à entrada em funções de um
novo Governo".
Para
hoje está prevista uma nova ronda negocial com "uma equipa de boa
vontade" constituída por alguns oficiais militares guineenses na reserva e
elementos de organizações não-governamentais, nomeadamente uma plataforma das
mulheres e de jovens.
O
governo do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC)
liderado por Carlos Correia e demitido a 12 de maio pelo Presidente guineense,
José Mário Vaz, acusam o chefe de Estado de estar a violar a Constituição.
Em
causa, o facto de o Presidente ter dado posse a um novo primeiro-ministro,
Baciro Djá, deputado dissidente do PAIGC, em vez de devolver ao partido a
tarefa de escolher um novo elenco governativo.
Desde
quinta-feira que o executivo demitido ocupa o Palácio do Governo como forma
pacífica de protesto.
LFO/MB
// JMR - Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário