O
Ministério da Defesa de Moçambique afastou hoje em Maputo um eventual
envolvimento militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC)
para a resolução do conflito militar no país, assinalando que a situação ainda
está sob controlo interno.
"A
situação (militar) ainda não atingiu um extremo que levante a possibilidade de
intervenção da SADC, ainda é possível o controlo interno da situação",
disse à imprensa o chefe do Gabinete de Cooperação do Estado Maior das Forças
Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), Chongo Vidal.
Falando
à margem da 24.ª Reunião do Subcomité de Defesa da SADC, Vidal afirmou que os
tratados da organização sobre intervenção militar têm regras que neste momento
não se aplicam à atual situação de Moçambique.
Sobre
a reunião que hoje se iniciou, o chefe do Gabinete de Cooperação do Estado
Maior das FADM afirmou que a mesma se insere nos esforços da SADC de ter a sua
força regional apta para contribuir para a Força da União Africana em Estado de
Alerta, que deve estar pronta até finais do ano em curso.
"Como
sub-região africana, a SADC deve dar a sua contribuição para a
operacionalização da Força da União Africana em Estado de Alerta, uma entidade
que se quer continental e sustentada por contribuições dos estados
africanos", sublinhou Chongo Vidal.
Vidal
destacou que a criação de uma força visa dotar o continente de um mecanismo de
defesa apto a intervir contra ameaças à paz e estabilidade em África, acabando
com a dependência em relação à comunidade internacional em relação a missões de
paz.
O
centro de Moçambique é neste momento palco de confrontos entre as forças de defesa
e segurança e o braço armado da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo),
principal partido de oposição, e vários troços da principal estrada do país são
alvo de ataques atribuídos ao movimento, sendo a circulação nesses trajetos
acompanhada de escolta militar.
A
Renamo exige governar nas seis províncias do norte do país onde reivindica
vitória nas eleições gerais de outubro de 2014.
PMA
// EL - Lusa
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