segunda-feira, 30 de maio de 2016

MINISTÉRIO DA DEFESA MOÇAMBICANO DIZ QUE CONFLITO MILITAR ESTÁ SOB CONTROLO



O Ministério da Defesa de Moçambique afastou hoje em Maputo um eventual envolvimento militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) para a resolução do conflito militar no país, assinalando que a situação ainda está sob controlo interno.

"A situação (militar) ainda não atingiu um extremo que levante a possibilidade de intervenção da SADC, ainda é possível o controlo interno da situação", disse à imprensa o chefe do Gabinete de Cooperação do Estado Maior das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), Chongo Vidal.

Falando à margem da 24.ª Reunião do Subcomité de Defesa da SADC, Vidal afirmou que os tratados da organização sobre intervenção militar têm regras que neste momento não se aplicam à atual situação de Moçambique.

Sobre a reunião que hoje se iniciou, o chefe do Gabinete de Cooperação do Estado Maior das FADM afirmou que a mesma se insere nos esforços da SADC de ter a sua força regional apta para contribuir para a Força da União Africana em Estado de Alerta, que deve estar pronta até finais do ano em curso.

"Como sub-região africana, a SADC deve dar a sua contribuição para a operacionalização da Força da União Africana em Estado de Alerta, uma entidade que se quer continental e sustentada por contribuições dos estados africanos", sublinhou Chongo Vidal.

Vidal destacou que a criação de uma força visa dotar o continente de um mecanismo de defesa apto a intervir contra ameaças à paz e estabilidade em África, acabando com a dependência em relação à comunidade internacional em relação a missões de paz.

O centro de Moçambique é neste momento palco de confrontos entre as forças de defesa e segurança e o braço armado da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido de oposição, e vários troços da principal estrada do país são alvo de ataques atribuídos ao movimento, sendo a circulação nesses trajetos acompanhada de escolta militar.

A Renamo exige governar nas seis províncias do norte do país onde reivindica vitória nas eleições gerais de outubro de 2014.

PMA // EL - Lusa

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