O
tempo é de folia para os que se despedem desta vida, já aqui está dito na
postagem anterior. Por causa da folia quem se tem lixado é o Página Global, sem
postagens há dois dias (ou mais). Regressamos a 14 ou 15, dependendo do grau de
ressaca. Os que se sentem velhos e não optam pela folia, pelos excessos, pelo
convívio e gozo com os amigos do peito, da porta ao lado, da janela em frente,
dos que se cruzam connosco nas ruas resplandecendo de ares de foliões, esses, já
gastos e velhos que optam por ficar “escondidos” em casa com a cabeça a
fervilhar de “problemas” têm tudo a perder. Tão certo quanto já terem perdido a
juventude. Fora! Rua! Venham dar pontapés nas estrelas, apesar do reumatismo e
outras maleitas. Despeçam-se da vida porque a morte é certa e um dia virá. Tenham
pressa e constância, caprichem, em mimar, acarinhar, conversar e divertirem-se
com os que estimam, com os que nos cruzamos ao longo da vida. Despachem-se. Sejam
felizes e partam felizes.
E
agora outra conversa: sabem que a maioria da sardinha que anda por aí a ser
vendida e servida é uma verdadeira merda? Desculpem o termo mas dizer assim é
que é adequado. Sardinha de 22 centímetros, fresca, não há ou é muito rara. A não
ser congelada, mal congelada, “ardida”, merdosa. Sardinha mais pequena mas
fresca pode encontrá-la na Costa da Caparica, nos arredores de Lisboa, depois
de atravessar o rio Tejo. Cuidado, por que para encontrá-la não vai ser fácil. Mas
há. Bom apetite, boa caixa – se a comprar por atacado.
No
jornal Público, que em baixo reproduzimos, com a “problemática” da sardinha, é
referida a sardinha do Algarve. Pois. Mesmo assim recorra ao “quem sabe, sabe”.
E há quem saiba bem sobre estas coisas. Informe-se.
Ao
que chegámos, quase que já nem de sardinha de jeito dispomos. Aguardemos o São
João, com “sardinha gorda a pingar no pão”. Queriam? Pois, mas parece que “adeus
mundo, cada vez pior”.
Anime-se
e parta para as febras, os enchidos, a carne vermelha (que faz mal, dizem).
Tudo faz mal excepto o fast food dos MacDonalds e outras trampas congéneres?
Grelhe
tudo e já não faz mal. Um tinto alentejano ou do Dão, ou simplesmente um tinto
ou um branco bons… Lá vai disto. É só saúde.
Leia
o Público com a história sobre a merda de sardinha que anda aí à venda mas que
nem digna de dar a comer aos porcos é.
Coma
boa sardinha, ela anda por aí. É preciso sabedoria e perseverança. Paciência
também dá jeito. E amigos entendidos sobre isso e muito mais.
Divirtam-se.
Desculpem lá qualquer coisinha, neste blogue que até nem é tendencialmente
pessoal mas sim coletivo. Desbundem.
O
amor não existe, é uma grande treta, mas a amizade e a humanidade são ouro. Vivam
os amigos(as)!
Mário
Motta / PG
Mais
de 60% da sardinha que Portugal importa é congelada
Ana
Rute Silva - Público
Para
conseguiu suprir as necessidades de consumo é preciso recorrer a fornecedores
externos, sobretudo Espanha e Marrocos.
Cerca
de 64% da sardinha consumida em Portugal - não só à mesa, mas também nas
fábricas de conservas - é importada. E a larga maioria da que nos chega do
estrangeiro é congelada.
Para
conseguir suprir as necessidades de consumo é preciso recorrer a fornecedores
externos, sobretudo Espanha e Marrocos. As importações da espécie sardina
pilchardus, a mais popular dos arraiais e a principal matéria-prima da
indústria, chegam de duas formas: fresca e refrigerada ou congelada. No ano
passado, 63,6% da sardinha que chegou de fora veio congelada, percentagem que
se mantém estável nos últimos anos. Analisando apenas os primeiros três meses
de 2016, verifica-se que a proporção de peixe congelado aumentou e representou
76,3% do total importado, quando no mesmo período de 2015 valia 65,2%.
A
indústria das conservas absorve quase metade das capturas da frota nacional e é
também a que mais precisa da versão importada e congelada para colmatar as
falhas na matéria-prima. A definição de quotas para preservar este peixe na
costa nacional levou a um aumento expressivo das importações. Os dados mais recentes
do INE mostram que a quantidade de sardinha adquirida ao estrangeiro é quase o
dobro da que é capturada pelos pescadores portugueses (25.279 toneladas, contra
13.726 toneladas, dados de 2015). As importações, diz o INE, têm crescido a um
ritmo médio anual de 11,6% entre 2010 e 2015. E, nos primeiros três meses de
2016, Portugal comprou ao estrangeiro perto de 4300 toneladas de sardinha, 29%
acima do verificado no mesmo período do ano passado.
Outro
efeito das quotas é a queda abrupta da sardinha nas 16 lotas nacionais e o
aumento do preço: em 2015 nunca se pagou tão caro por um quilo de sardinhas. O
preço médio negociado nas lotas nacionais chegou aos 2,19 euros por quilo, o
mais elevado dos últimos 20 anos. Em 1995 o valor negociado era de 0,31 euros
por quilo. Nos últimos quatro anos, o preço médio quase triplicou face ao
registado entre 1995 e 2011.
No
ano passado, foram transaccionadas 13.729 toneladas, a quantidade mais baixa
desde que há registos estatísticos por espécie. Entre 1995 e 2015, as descargas
variaram a um ritmo médio anual de -8,5%. E, nos últimos quatro anos, a
quantidade média pescada, na ordem das 22 mil toneladas, foi 65,6% inferior à
média descarregada no período anterior (64 mil entre 2005 e 2011).
O
Governo reclama um aumento da quota ibérica de captura de sardinha para as 19
mil toneladas, mais cinco mil em comparação com os actuais limites. Os últimos
indicadores científicos são favoráveis ao aumento da quota e espera-se que na
próxima reunião do Conselho Internacional para a Exploração do Mar (ICES, uma
organização intergovernamental que avalia periodicamente os recursos de pesca)
a posição de Portugal seja tida em conta.
As
quotas à captura de sardinha não são definidas pela União Europeia: Portugal e
Espanha gerem directamente o recurso, baseando-se num plano de gestão traçado
em 2012 e acordado entre os dois países. Este documento inclui limitações à
captura anual e implica, por exemplo, que cada embarcação não possa pescar mais
de 180 dias. O tamanho mínimo da sardinha é de 11 centímetros e está
regulamentado a nível europeu.
Os
limites à pesca desta espécie têm o “aval” do ICES que define o chamado TAC, o
total admissível de captura. E é com base nessa recomendação que Bruxelas
aceita, depois, as quotas decididas por Portugal e Espanha.
Por
cá, a pesca da sardinha tem sido limitada por despachos governamentais que
atribuem quotas periódicas para cada organização de produtores. O que está
agora em vigor determinou que, entre 1 de Março de 2015 e 31 de Julho deste
ano, a quota seja de 6800 toneladas, por exemplo.
O
Instituto Português do Mar e da Atmosfera diz que esta é uma “das pescarias
mais importantes e mais antigas de Portugal” e remonta ao tempo dos romanos.
Cerca de 98% da sardinha é capturada com a arte do cerco, um método de pesca em
que a rede é largada ao mar de modo a cercar o peixe. Foi a primeira do Sul da
Europa a ser certificada, em 2010, como ambientalmente sustentável pelo MSC
(Marine Stewardship Council), mas a diminuição deste peixe na costa portuguesa
levou à criação, nesse mesmo ano, de uma comissão de acompanhamento,
responsável pela elaboração do plano de gestão dois anos depois.
Reportagens
Quatro peixeiras, poucos clientes e os
preços a baixar na Praça da Ribeira
A sardinha do Algarve é fresquinha, mas o preço chega “salgado” a Lisboa
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